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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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God bless you mami

femen2222.jpg(Para contrariar os piropos machistas, mamas ao léu feministas em França: um exemplo de feminismo, infelizmente, ainda não seguido pela Beyoncé)

 

Eis que há um vídeo que faz furor: na Slate deliram. Um único vídeo, qual estudo sociológico, demonstra o dia a dia de todas as mulheres: estas são oprimidas de uma forma brutal no espaço público, vítimas que sempre são (quando a Solange Knowles agride o Jay Z em público o caso é logo desvalorizado, coisa que não seria em situação inversa: por motivos que se compreendem, a partir do momento em que há recurso à violência, o homem consegue causar sempre maiores estragos do que a mulher, mas este debate também nos levava precisamente às diferenças inevitáveis, até a nível de forma de estar na sociedade, entre membros de cada um dos sexos: ao homem é exigido que faça uma repressão da violência que, pelos vistos, não se impõe de igual forma à mulher), elas vivem em constante medo assim que metem o pé na rua (no caso em apreço, na cidade de Nova Iorque, quiçá quase a caminho de se tornar uma cidade indiana onde um violador espreita a cada esquina). E assim, como que de repente, o piropo vira discussão por tudo quanto é lado e parece que é a pior coisa a seguir ao ébola (lembram-se da minha conversa sobre a criminalização do mesmo). Como o operário da construção civil é especialmente versado na arte do piropo, já temo pelo que lhe possa acontecer no futuro: enquanto, a bem do igualitarismo, não se instalarem quotas para mulheres nesta área específica do mercado de trabalho, de forma a dar-lhe alguma sensibilidade feminina (é preciso criar um grupo de pressão para trabalhar este caso e rapidamente), o ambiente do trolha é particularmente incentivador a que as coisas não melhorem: grupos exclusivos de homens, suados (ainda que não a modos da hora cora cola light), num trabalho essencialmente físico e destinado sobretudo a quem não teve a oportunidade de ter a melhor das educações, mais facilmente faz sobressair o lado animalesco do ser humano (a tentativa de domínio/controlo do espaço público por via dos comportamentos que adoptamos é algo tão, mas tão, humano, cada um usa é as armas que tem e algumas pessoas são particularmente limitadas). E estes homens, que como todos os homens vivem obcecados a pensar em gajas e em sexo (mesmo ignorando a caricatura, a nível sexual e também por questões biológicas, as reacções de homens e mulheres não são de todo semelhantes, o que remete novamente para as inevitáveis diferenças de comportamento), vê uma mulher mais ou menos bonita à sua frente e não se contém, lá dispara o seu piropo. Está mal, é preciso colocar a polícia e o sistema judicial em cima desta gente maligna para a sociedade. A liberdade de expressão deve ser, no caso em apreço, limitada. Até onde? Qual o limite? Não se percebe muito bem. Talvez até onde uma mulher quiser: deixem-nas assumir o controlo (sobre o rumo que estas coisas levam, noutro tópico associado, leia-se isto: Yes means yes, says Mr Brown). Só que, entretanto, note-se que na mesma Slate repararam que os rapazes que aparecem a mandar piropos no vídeo são essencialmente negros e latinos. O trabalho sociológico brilhante de um único video deixa de o ser e o ideal mesmo é mandar o pessoal assistir a um outro vídeo em forma de paródia do Daily Show, onde, ai sim, homens de todas as raças estão representados. Enfim, não fossem os homens brancos, maiores opressores na história universal, pensarem que estavam livres, ainda que sem vídeo, a mesma Slate explica as outras formas com que o malvado do «white men» faz impor o seu assédio e o seu programa de dominação mundial. Por mim, isto era tão mais simples se elas entendessem as palavras sábias de Cheyenne para Jill, interpretada pela maravilhosa Claudia Cardinale, no filme Aconteceu no Oeste [eu queria encontrar especificamente essa cena, mas só encontrei isto]: «You know what? If I was you, I'd go down there and give those boys a drink. Can't imagine how happy it makes a man to see a woman like you. Just to look at her. And if one of them should pat your behind, just make believe it's nothing. They earned it.». Meninas, mais tolerância para com os trolhas, se faz favor.

Cenário macroeconómico e a austeridade do PS

Enquanto Passos Coelho vai dando ideias para o PS de Costa aplicar no OE 2016 - a forma como o PS pareceu reagir cautelosamente às declarações de Passos foi muito curiosa -, a um ano de distância, mal posso esperar para ver o cenário macroeconómico que o PS vai meter no OE 2016, isto depois de passar a vida a criticar os cenários macroeconómicos do actual executivo (inclusive aderindo e propagando a balela da espiral recessiva). Um bom cenário macroeconómico facilitará a ausência de medidas muito impopulares no OE 2016, mas esse bom cenário também depende muitíssimo mais do caminho seguido por este governo até aqui do que por qualquer outra coisa que o próximo governo possa fazer. Pela insistência com que o PS diz que este Governo arrasou e continua arrasando a economia nacional, imagino que para o PS não se perspective grande cenário macroeconómico em 2016 e a austeridade o rigor orçamental impopular que está para ser continuado pelos socialistas venha a ser explicado por ai. Ou contará o PS, afinal, que o país entre numa fase de crescimento acentuado e por essa via o país possa se sentir muito menos apertado logo em 2016? Este último cenário, por muito jeito que também dê a um PS no poder, representaria o sucesso absoluto da governação pós-socrática: nele reside a ideia de que a economia do país que será herdada pelo próximo governo estará em muito melhor estado (em melhor estado está certamente) do que a herdada pelo actual executivo de Sócrates. E pouparia a Vieira da Silva a chatice de ter de voltar a apresentar medidas de austeridade como «inevitáveis», «fundamentais» ou até a revelar uma enorme capacidade prospectiva ao afastar o cenário de novas medidas de austeridade para pouco depois estar a apresentar o PEC 4 (e esse é que era, nunca nos esqueçamos disso).

A farsa

«Sempre fizemos tudo para impedir a intervenção estrangeira». Os deputados da maioria recorreram ao riso em resposta a esta estapafúrdia e vergonhosa declaração de um ex-ministro socrático, mas a mim este tipo de discurso apenas causa náusea. Este novo PS retorna ao delírio e não consegue fazer mea culpa em relação aos erros que inegavelmente cometeu quando esteve no poder, coisa que parecia-me indispensável para poder voltar a ele: com este discurso, o regresso ao poder dos socialistas será coisa indigna de um país sério (ainda que reconheça a limitação com que o eleitorado está confrontado: já é tempo de correr com estes que nos governaram no pós-socratismo, mas opções não abundam). Entretanto, algo relacionado, sobre esta coisa da «intervenção estrangeira», convém recordar os discursos do «Portugal é a Grécia com um ano de atraso» ou do «antes fossemos a Grécia»: pois bem, a Grécia «está longe» de poder financiar-se só nos mercados. Ou seja, terá de continuar a sujeitar-se a uma ingerência externa de que nós já nos livramos.

Hollandice

O dr. Santos Silva explica aqui (no penúltimo video), a propósito da oposição às hollandices que toma como o comprometimento à priori com medidas que à posterior se revelem impossíveis de concretizar - em linha com a estratégia seguida até agora por parte de António Costa de nada dizer sobre o que pretende fazer -, que a pergunta mais relevante nas eleições de 2015 não está relacionada com as questões habituais de quem tem as melhores propostas políticas, o melhor programa eleitoral - até porque, está mais do que percebido, o PS se pudesse abdicava de ter um e preferia um cheque em branco -, mas antes sobre quem terá melhor golpe de rins, quem estará em melhor posição para obter através de negociações em Bruxelas uma das muitas soluções disponíveis que nos facilitariam a vida. Tirando isso, para o dr. Santos Silva, tudo o resto são questões menores. Esquece-se de dizer, porque importa alimentar a ilusão e sem essa ilusão o PS pouco mais tem para se diferenciar perante o eleitorado dos partidos da actual maioria, que a relevância de Portugal para o resultado dessa negociação (nunca existirá uma negociação só com e para Portugal) a que faz referência é diminuta, desprezível mesmo, fazendo, portanto, dessa questão uma questão menor. Ou alguém no seu perfeito juízo acha que por Portugal se posicionar mais ao lado da Alemanha ou mais ao lado da França e da Itália fará alguma diferença no resultado dessa negociação europeia de âmbito mais global? Só um tolo pode achar que sim. Mais importante é perceber que as medidas impopulares que Hollande e Renzi estão a aplicar nos seus respectivos países já fazem parte desse jogo de negociação. Talvez Costa, com o seu golpe de rins, queira fazer o favor de sinalizar à priori o tipo de medidas impopulares - por exemplo, no campo orçamental: mais impostos ou menos despesa? - pelas quais terá preferência caso tenha de recorrer a elas. E, excepto se algum factor exógeno de curto-prazo nos ajudar de forma significativa, podem crer que Costa terá de tomar medidas impopulares. E, escondendo-as ou não durante a campanha eleitoral - vai ser engraçado ver como o tema OE 2016 será abordado nessa mesma campanha -, não deixarão de ser o tema dominante da vida política nacional no período imediatamente a seguir às legislativas. Questões menores? Não dá é jeito ter de falar sobre elas.

Decadência académica

A verdade é que isto é uma bela merda de ensaio para uma revista de carácter académico. Além da questão censória ser discutível, chamar «artigo cientifico» àquilo é ofensivo para quem escreve verdadeiros artigos cientificos (o que explica, aliás, porquê que a questão censória é discutível). Além disso, não sei se já vos contei a minha opinião sobre a maior parte da sociologia que se ensina nas universidades e dos sociólogos produto desse mesmo ensino (opinião que não se restringe ao panorama nacional)? Estão ao nível do ensaio em causa. E esta história só reforça essa minha convicção.

Anti-Dilma

Foi a primeira campanha política que acompanhei com alguma atenção que, à luz do que estou habituado, foi do domínio do execrável. Com uma brutalidade e agressividade que não me passa pela cabeça que possa ter lugar num país desenvolvido (coisa que o Brasil ainda não é). Entre a candidata socialista do poder e o candidato social-democrata da oposição (uma luta esquerda vs centro-esquerda que na comparação quase torna Portugal um país maioritariamente "neoliberal"), a vitória deste último tenho para mim que seria melhor para o Brasil, mas não tanto no sentido do que Aécio pudesse fazer, mas mais no sentido da vitória anti-Dilma, da quebra de um poder que já dura há doze anos (sendo que nos últimos quatro com Dilma a comandar, ao contrário do que sucedeu com Lula, o crescimento económico travou). Alternância que seria tão mais bem-vinda quanto menos possível é negar a magnitude da corrupção que grassa neste Brasil petista. Dito isto, apesar de tudo, não conto que o Brasil nos próximos anos siga o caminho da macroeconomia populista de uma Venezuela ou de uma Argentina. Ainda assim, se a economia continuar a arrefecer e depois do que vi nestas eleições por parte da máquina do PT, pode existir a tentação de inventar para segurar o poder a todo o custo. Se tal acontecer, ao preferirem o status quo à mudança nestas eleições, ainda que por escassa margem, os brasileiros só se poderão queixar de si próprios. Como, aliás, em democracia sempre acontece.

Do regime

Depois do BES há cinco anos, agora é a vez dos três grandes do futebol português perderem o apoio da Portugal Telecom. BES e PT, o primeiro na parte de trás das camisolas e o segundo na da frente, chegaram mesmo - julgo não me equivocar - a ter o domínio em simultâneo da publicidade nas camisolas dos três grandes. É certo que o mercado futebolístico português tem características especiais, mas, na verdade, esta simples história diz muito sobre o país. O país tem sido isto e não passava disto. E isto é só mais uma história para ir completando este puzzle: O fim do Império Espírito Santo: Gestores da PT iam a despacho ao BES para receber instruções. Prova que a PT era mesmo uma empresa estratégica, ainda que o «para quem» e «para quê» não seja necessariamente no sentido que outros gostam de atribuir. Continuação de um trabalho jornalístico que já tinha destacado aqui. Já agora, nem de propósito, eis que nesta semana somos brindados com esta notícia: Manuel Pinho exige mais de dois milhões de euros ao BES.

Posição negocial "muita" forte

Porquê que Portugal saiu com o rabo entre as pernas da cimeira europeia dedicada à energia e ao clima no que às interligações diz respeito? Porque a França má do nuclear assim forçou, como conta-nos simplisticamente a nossa bela imprensa? Se beneficia todos e só a França anda a empatar, não devia ser a França a estar isolada na matéria, invés de Portugal (que, pelos vistos, nem de Espanha pôde contar com muita ajuda)? Mas o que será isto: «a primeira - e única - interligação de electricidade a ser construída nessa zona [os Pirinéus], abre em 2015 e tem só 65 quilómetros e uma capacidade de transporte de 2800 MW, mas como incluiu um túnel para soterrar os cabos nas montanhas custou mais de 700 milhões de euros, segundo o Financial Times». Com esta informação começo a suspeitar do porquê da posição negocial de Portugal não ser assim tão forte.

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