Resgate
Líder do PS diz que, a acontecer um segundo resgate a Portugal, isso representaria um «falhanço da política do Governo». E acrescenta o líder socialista que já diz isto há «vários meses». Ora bem, isso e o seu contrário. Ou não é Seguro que tem falado da necessidade de nos darem mais tempo para cumprir o acordado? O que é isso se não a defesa da renegociação do acordo existente e, em bom rigor, um novo resgate? Perceba-se: por cada ano afastados dos mercados, mais dinheiro tem de nos ser emprestado pela troika. A única diferença é que Seguro defendeu um segundo resgate que nos aliviasse as metas e este Governo, se necessitar de um novo resgate (e tal necessidade era previsível desde a assinatura do memorando), deve tentá-lo negociar nas melhores condições possiveis, ou seja, tendo dado provas de que tentou ao máximo e se possível conseguiu cumprir o acordado no memorando de entendimento original (até porque é bom recordar que também é a nossa soberania que está em jogo). O sucesso deste Governo não se medirá pela existência ou não de um segundo resgate, mas sim pelas condições que nos forem impostas aquando desse mesmo resgate. É bom que se perceba isso.
Nota: Your Moment of Zen.