Consenso. Alternativa. Coerência.
1. Já não tenho pachorra para a conversa do consenso, o PS que fique no seu canto e mostre-se contra tudo e mais alguma coisa que este Governo faça, muito embora no PS saibam que não conseguiriam fazer melhor, nem diferente. Menos pachorra tenho, nunca tive, para a conversa da alternativa, é que basta olhar para o que este Governo tem feito, agora mais do que nunca, e ver que quase tudo o que faz corresponde ao que o PS sugeria como alternativa num passado recente. Para quê consenso, na óptica do PS pelo menos, se mesmo sem consenso este governo PSD/CDS faz aquilo que um governo PS, com elevadíssima probabilidade, faria? Enfim, não é oficial, mas em todo o caso é o bloco central quem nos governa. Como sempre tem sido. Viva o consenso. Eu preferia a ruptura.
2. A propósito do que afirmo: 1) PPP alvo de imposto se poupança não atingir 300 milhões. Tempos houve em que Seguro foi ao Parlamento e a medida sound bite que levava consigo era a do imposto sobre as PPP, depois deixou de falar dela, mas deve ter sido na lógica de não ferir muito a sensibilidade dos socráticos. Agora, porque a isso é obrigado, o PS vem de novo com ar pomposo assumir a medida como sua, que o é, mas, pasme-se, é logo um gabiru socrático, um tal de Pedro Marques, quem fala em nome do partido. Há quem lide bem com isto porque acha que na política vale tudo, mas a mim estas coisas dão-me, pura e simplesmente, asco. 2) Governo encerra processo de privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Sem comentários.
3. Aproveito e arrumo os assuntos todos que tinha para o dia de hoje num único post: 1) adoro os crescimentistas que detestam Thatcher, estão sempre ai para nos lembrar que o crescimento económico não é tudo; e 2) adoro igualmente a malta de direita que só tem elogios para Thatcher, mas passou os primeiros meses do actual Governo, sobretudo no que toca à política espelhada no OE2012, a malhar na política do mesmo, estão sempre ai para nos lembrar que há políticas que só são boas quando não nos afectam a nós.