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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Quem excluiu PCP e BE da governação?

Há quem diga que 60% do eleitorado votou contra Passos e Portas. Mas um caso ainda mais forte pode ser feito em torno do argumento de que 70% do eleitorado votou em forças europeístas, partidos que têm a tradição de honrar os nossos compromissos internacionais. Quem faz a interpretação dos resultados eleitorais com base no último caso dirá que o eleitorado excluiu PCP e BE da governação. Essa é, aliás, a posição mais coerente não só com o que tem sido a nossa prática política, mas também com os programas eleitorais dos partidos em causa. Recorde-se, inclusive, que ainda em 2011 quem foi votar fê-lo com a noção de que votar PS, PSD e CDS era aceitar o programa da troika e votar BE e PCP era rejeitá-lo. Portanto, como se depreende da argumentação do Presidente da República, não foi ele que exluiu PCP e BE da governação, foi o eleitorado português. Não julgo que seja difícil compreender esta posição, ainda que alguns, inebriados pela luta político-partidária, façam de conta que a argumentação de Cavaco não é sólida.

A melhor resposta possível que a extrema-esquerda podia dar ao Presidente da República

Invés do discurso de vitimização, a extrema-esquerda, à boleia do PS, só tinha uma resposta a dar a Cavaco para mostrar, perante o eleitorado, o quanto este está errado: governo de coligação a três. Não venham é com o discurso dos coitadinhos que estão a ser excluídos da governação quando são eles próprios que, aparentemente, se excluem disso mesmo. Ou como Cavaco Silva também referiu: «é significativo que não tenham sido apresentadas, por essas forças políticas, garantias de uma solução alternativa estável, duradoura e credível». E é significativo também porque, como os comunistas nem se coíbem de continuar a referir, demonstra que os programas de uns e outros são incompatíveis (voltando a evidenciar a razão do nosso Presidente da República).

Responsabilizar fortemente o PS pelo que se prepara para fazer

Parece-me poucochinho (aliás, como se tem comprovado e o próprio Cavaco Silva fê-lo novamente no seu discurso, Costa reuniu-se com o Presidente ainda sem qualquer acordo para lhe mostrar): o líder socialista tentará formar um Governo com base exclusiva no PS e suportado no parlamento por comunistas, bloquistas e ecologistas. E quando e se as coisas correram mal, este discurso que Cavaco Silva acaba de fazer será relembrado vivamente. O PS prepara-se para dar o seu grande salto em frente, veremos se, como espero, não descobrirá que no fim do salto encontra-se o precipício. De resto, hoje e nos próximos dias muita gente irá criticar Cavaco Silva, a esses é perguntar-lhes onde andavam quando um outro presidente deixou abaixo um outro governo suportado por uma maioria absoluta na Assembleia da República.

A aliança que nunca imaginei possível (e Cavaco também não)

Com acordo escrito entre PS, BE e PCP que desse garantias de estabilidade governativa para toda a legislatura, na minha modesta opinião, Costa devia ser imediatamente indigitado. Sem acordo escrito, tem de ser sujeito à necessidade de derrubar o governo formado por quem teve mais votos e conquistou mais deputados nas eleições. O importante é responsabilizar formalmente e inequivocamente Costa e o PS por qualquer solução que, dos resultados eleitorais, ponha o partido menos votado a governar. A partir dai, PSD e CDS só têm de aceitar tal resultado e assumirem o seu papel de partidos na oposição. Até porque seria inadmissível um governo de gestão. O Cavaco que para tudo avisou, só não imaginou que do resultado das legislativas poderia formar-se uma aliança contra a qual daria imenso jeito ter um Presidente com capacidade para ameaçar com a convocação de eleições antecipadas. Para o PS, com essa ameaça em cima da mesa, teria sido ainda mais difícil avançar para esta aliança improvável e de enorme risco com a extrema-esquerda.

A direita ganhou

Sem levar um acordo fechado a Belém, Costa empurra a decisão sobre a queda ou não do Governo para mais tarde. Mas se levasse um acordo sólido e credível de governo de coligação PS+BE+PCP poderia entalar logo Cavaco Silva e daria uma outra validade à conversa do «a esquerda ganhou e a direita perdeu». Assim, fica mais uma vez em evidência que a direita ganhou e a esquerda e a extrema-esquerda andam a ver se dão a volta a esse resultado eleitoral.

Tempo histórico

Estejamos contentes ou não com a situação política para onde o país se encaminha, agora parece possível afirmar com elevado grau de certeza de que vivemos um tempo histórico. Vem ai uma «experiência» nova, como lhe chamou Almeida Santos, e o país será o laboratório. Acho que à direita, Cavaco Silva incluído, não há muito que inventar. É atirar para cima de Costa, Catarina e Jerónimo toda a responsabilidade possível e deixá-los entretidos na construção e viabilização do seu «governo de esquerda». No final, veremos quanto do estrutural e bom que os últimos quatro anos nos trouxeram se manterá de pé. E, perante isso e os resultados obtidos, todos os que nos conduziram à «experiência» e a levarão a cabo serão julgados em novo momento eleitoral, como sempre acaba acontecendo em democracia. Resta-nos, a todos, ficarmos felizes com isso.

«Go ahead, make my day»

O BE joga ao ataque e decreta o fim do governo de Passos e Portas. Aumentando as expectativas e preparando-se para enterrar Costa e o PS caso estas não sejam cumpridas. Catarina fala com a autoridade de quem já manda no PS e tem o partido de Costa na sua mão. PSD/CDS esperaram pelo fim da reunião para dar as primeiras migalhas a Costa. No PS, ensaia-se o discurso de que o PSD/CDS até já aceitam governar com o programa do PS, narrativa de recuo táctico que dará muito jeito para justificar a não formação do governo de esquerda. Afinal, é preciso referendar o governo de esquerda? Outro sinal de fuga em frente e desresponsabilização da lideranda de Costa. Isto tem tudo para acabar em beleza. Do meu ponto de vista, a posição de PSD/CDS para com este PS costista e a sua ideia de um governo dependente do BE e do PCP devia ser aquilo a que chamaria a posição Dirty Harry. Imaginem só: pelo que vem nas notícias, BE e PCP mais não aceitam do que pôr Costa a governar sozinho em minoria. Ou seja, teríamos a força menos votada nas eleições a governar, enquanto a força mais votada, inclusive o partido que ficará com o maior grupo parlamentar, ficaria na oposição. Para isto, Costa teria de ter e dar garantias explícitas a Cavaco Silva e ao povo português de que um governo destes aguentaria até ao final da legislatura e, verificando-se à posterior outra coisa que não esta, ele e o PS teriam de assumir total responsabilidade pela opção irresponsável que tomaram. Não me parece que estrategicamente, para a direita e tendo em conta os resultados eleitorais, fosse má opção levar Costa a ir a jogo desta forma. Entretanto, um pormenor delicioso sobre o que faz alguns à direita tremerem de medo: «Ou seja, confrontados com a possibilidade de chegar ao governo, muitos socialistas não quererão pôr de lado essa hipótese. “A clientela é muito grande”, aponta-se do lado da coligação onde ganha adeptos a teoria de que Costa pode não estar a fazer bluff». Ou como a clientela do PSD/CDS treme por saber que a clientela do PS pensa como eles.

Nesta estou com Cavaco? Mais ou menos

A melhor solução governativa para o pais no seguimento dos resultados eleitorais era o bloco central (e Cavaco faz bem em começar por pedir a Passos que procure isso ou coisa parecida). Mas não acredito que este venha a ocorrer. Até porque deixar a oposição em exlusividade para o BE e o PCP poderia resultar num problema grave no final da legislatura. O PS neste momento é o partido mais entalado com os resultados eleitorais, mas espero que tenha a arte e o engenho para gerir a coisa com mestria. A mestria que não revelou durante a campanha. E se for para meter a pata na poça que o faça garantindo a curto-prazo novo governo de direita com maioria absoluta na Assembleia da República.

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