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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

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We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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O pânico na direita

Há uma certa sensação de pânico instalada entre alguma malta de direita com as movimentações de Costa em torno do PCP e do BE. Mas pensemos um pouco sobre o assunto. Primeiro, permitam-me repetir que não acredito que um governo saído de tal caldo venha a acontecer e apostava forte em como não acontecerá, mas imaginemos que aconteceria, seria assim tão mau? Trazer o BE e o PCP a jogo não acabaria por ser óptimo para corrigir o erro de base do nosso sistema eleitoral? Tirar uma parte significativa da esquerda da posição de protesto e dar-lhe finalmente responsabilidade - quanto mais não fosse na aprovação de um orçamento que cumprisse as regras do Tratado Orçamental - não seria extraordinário? Como é que ficava essa força de bloqueio chamada CGTP no meio disto tudo? Percebem o impacto benéfico de um acontecimento desse tipo? Sim, a força liderada por Passos é que ganhou as eleições, mas se toda a esquerda se entendesse, eles é que têm a maioria absoluta e respeitar a democracia também passa por respeitar um entendimento desse género. Dir-me-ão que o radicalismo dessa esquerda irá chocar de frente com a realidade e ser nefasto para o pais. Mas quão nefasto? E sendo nefasto, tratando-se de um entendimento a três, previsivelmente instável, quanto tempo acham que duraria? E quais os potenciais efeitos de uma tal decisão, ainda para mais quando a vitória da PàF nas legislativas estará sempre a pairar durante o tempo que esse governo durar? Fuga significativa de algum eleitorado para a direita? Adivinho que sim. Mas, igualmente, fuga de eleitorado do BE e do PCP para o PS, não? Um pouco como aquando da divisão do Syriza na Grécia, a ala mais radical foi aquela que quase foi varrida do mapa. Aliás, um governo PS-BE-PCP não seria o nosso próprio Syriza? Com o P(A)S(OK) tradicional português, entenda-se, os socialistas moderados de centro-esquerda, a serem relegados para uma posição de irrelevância eleitoral? António Costa um dia terá mostrado a Graça Fonseca que «até as vacas podem voar». Nunca vi uma vaca a voar, mas admito que há sempre uma primeira vez para tudo.

Não conseguiram rejeitar a troika, mas rejeitaram os partidos da bancarrota

Eu tenho uma ideia sobre o porquê da Grécia ter voltado a votar Tsipras. Aquilo que vai ter de aplicar é radicalmente diferente do que prometeu na campanha que culminou na sua chegada a primeiro-ministro no ínicio deste ano, mas, afinal de contas, não foi ele que levou a Grécia para a situação de bancarrota em 2010. Bancarrota essa que ainda hoje faz sentir os seus efeitos. Tsipras errou? Sim. Muito? Certamente. Mas a bancarrota não foi sua responsabilidade, mas antes de partidos como o Pasok e a Nova Democracia. E os gregos, apesar de descontentes - notório na subida brutal da abstenção: o Syriza manteve a percentagem de Janeiro, mas teve muito menos votos -, reconhecem isso. É a minha opinião. E é também isso, aparentemente, que pode estar a valer à coligação no embate com o PS. É que nós por cá já nem temos troika, mas temos certamente um partido da bancarrota.

Um problema de confiança

«António Costa está mais virado para fazer acordos com o PSD». Pudera, com o BE a pedir reestruturação da dívida e outras tontices tais. Não é por acaso que a nossa tradição é a de um PS minoritário na governação a precisar sempre da direita para governar. De resto, se há coisa de que António Costa não necessitaria, em caso de vitória eleitoral sem maioria absoluta, era a de acrescentar uma outra ala radical a um possível governo que já terá de contar com alguns jovens turcos. Aliás, se me permitem a brincadeira, ainda que a analogia não seja perfeita: se Tsipras na Grécia livrou-se dos mais radicais do seu partido nestas últimas eleições, a Costa também fazia falta um golpe de asa semelhante. Entre as duas caras do Partido Socialista, uma que tem sido muito representada por Centeno (ou Francisco Assis) e outra pelos jovens turcos (João Galamba, Pedro Nuno Santos, Tiago Barbosa Ribeiro, etc...), o PS já arranjava forma de abandonar o jogo duplo e deixar claro qual o caminho que prefere seguir: o da moderação ou o da radicalização. Eu aposto na moderação, mas com este PS, as coisas nunca são de fiar. E esta indefinição do PS se há coisa que não tem feito é ajudar o partido: porque remete para um problema de confiança (em que PS acreditar?). Confiança que, não por acaso, é a palavra chave em que os socialistas apostam.

O PS a debater com ele próprio

Alguém mais distraído podia pensar que o debate de hoje foi essencialmente entre António Costa e Catarina Martins, mas a jovem actriz esteve muito bem no seu papel de confrontar o PS com a sua própria retórica. Antes disso, ainda esclareceu uma confusão de Costa recente, a de que só a direita questiona o PS: de tal forma que às tantas, no debate sobre a segurança social, até fiquei com medo que Costa atirasse à cara de Catarina, por esta questionar as contas do seu programa económico (o «estudo», como Costa gosta de lhe chamar), que esta era a porta-voz de Passos Coelho. O Porfírio - sempre brilhante, como neste forte ataque a Ricardo Costa - deve ter ido logo investigar se a líder do BE também é sobrinha de Dias Loureiro (um dia chegaremos aos amigos e ex-compadres deste activo tóxico, num país onde a elite dorme toda uma com a outra). Mas a parte mais interessante do debate, aquela onde Costa foi verdadeiramente encostado às cordas, foi quando Catarina Martins atirou-lhe à cara que, tal como ele, também tinha ficado contente com a vitória do Syriza, tendo passado os minutos seguintes a debitar a retórica que os socialistas e os apoiantes de Costa usaram vezes e vezes sem conta contra a governação da actual maioria. Costa fazia sorriso pateta; Catarina esfregava as mãos de contente. Costa lá teve de ir, a contragosto, para a linha mais evidente de ataque ao BE, a mesma que Passos e Portas usaram tão bem: a hecatombe da governação syrizica (Costa tentou usar o debate para demarcar-se da direita, mas acabou colando-se na argumentação a ela). O «choque com a realidade», chamou-lhe Costa. Só que como negar que esse «choque» também serve aos socialistas? Do Pedro «até tremem as pernas» Santos; passando pelo João «sei mais e sou mais arrogante do que o Krugman» Galamba; ao Ferro «manifesto pela reestruturação da dívida» Rodrigues? Disse ainda Costa que quem governa não pode estar preso a retórica fútil e irresponsável: muito bem, mas ao quê que se agarrou o PS nos últimos quatro anos se não a isso mesmo? Ainda se agarra, o que é triste. É uma pena que Costa só se lembre de nos lembrar que a realidade é muito mais complexa do que aquilo que algumas frases tontas proferidas abundantemente por alguns esquerdistas nos querem dar a entender quando apanha a líder do BE pela frente.

Um partido sem narrativa, sem mensagem

Ninguém acredita neste tipo de mensagem. Uma mensagem em tudo semelhante à que o Syriza adoptou na Grécia com os resultados que se conhecem. Nomeadamente, estes. Foi só terem de começar a governar a sério que os discursos vazios com retórica inflamada mostraram aquilo que são: um grande nada. Um golpe de ilusionismo. O problema do PS é que não sabe o que mais dizer.

Não centremos o debate na dívida

Enganam-se, por isso, aqueles que acham que nada devemos fazer senão resignar-nos, assim, como os que acham que a prioridade está em centrar a discussão na dívida. Boa, Costa, deixa-me lá lembrar quem é que assinou o manifesto do 74 (onde nos subscritores internacionais aparecia essa figura de peso na cena internacional de nome Yannis Varoufakis). Ferro Rodrigues, Trigo Pereira, Quintanilha, Galamba, Sampaio da Nóvoa, Carlos César... tanta gente que andava enganada. Felizmente, Costa, que na altura considerou o manifesto «inteligente», existe para nos afastar do engano.

«Si hay que ser torero»

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A Espanha podia transformar-se numa Grécia, é certo, bastava dar a vitória nas eleições a um Podemos. Mas com a actual taxa de crescimento da economia e o partido irmão do Syriza em queda nas sondagens, o nosso país vizinho parece longe de tão má sorte. O que é uma infelicidade para os syrizos que sempre tiveram as legislativas espanholas como um dos seus principais campos de batalha na luta contra a Europa e preparam-se para nova derrota estrondosa.

Algo a perder

Portugal não teve nada que se parecesse com um Syriza, mas, além do BE que contava tirar proveito do descontentamento com os partidos do centrão e cavalgar a onda da vitória da coligação radical na Grécia, o Livre e o PDR espreitavam uma oportunidade para baralhar o sistema. A avaliar pelas últimas sondagens, esses partidos também estão agora com vida muito mais difícil. E não será tudo efeito Syriza, ou contaminação da situação da Grécia na política interna dos países periféricos, é preciso enquadrar o contexto: quer em Portugal, quer em Espanha, o crescimento económico faz-se sentir. Quando a economia dá sinais de melhora, ninguém pretenderá arriscar uma aventura. Há algo a perder.

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