We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
«Eu sobre a recandidatura anunciada pelo próprio diria apenas que o primeiro-ministro está a sonhar acordado, mas que esse sonho do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, seria um pesadelo para os portugueses». Que Passos Coelho vá novamente a votos, parece-me absolutamente natural. Submeterá o seu trabalho à avaliação dos portugueses e estes, estou certo, de bom grado deixarão claro o que pensam do trabalho dele. Mesmo que o Governo não acabasse o primeiro mandato, continuaria a ser natural e nada impediria Passos de se recandidatar, como fez Santana Lopes. É o jogo democrático a funcionar. Dito isto e perante o que se sabe ser a avaliação que os portugueses fazem da actual governação, diria que a sua recandidatura é um sonho para a oposição externa e um pesadelo para a oposição interna do PSD. Ainda assim, estou confiante, terá mais votos do que a dupla bicéfala do BE. Logo, se um segundo mandato de Passos é pesadelo para os portugueses, nas palavras de Semedo, e, ainda assim, existirão mais portugueses a preferi-lo aos sonhadores bloquistas, o quê que isto diz da avaliação que os portugueses fazem destes últimos? Esta malta não se enxerga, é o que é.
Este chama irrealismo à possibilidade de regressarmos aos mercados no próximo ano: optimismo pode ser, mas basta olhar para o gráfico acima para verificar que essa possibilidade existe. «Só há um caminho» que é «reduzir a taxa de juro e reestruturar a dívida a 60 por cento do Produto Interno Bruto»? Este caminho é surreal, por impossível de concretizar, mas se é para fugir à realidade o melhor mesmo é sonharmos com uma reestruturação que coloque a dívida em 0 por cento do PIB. Há, apesar de tudo, uma parte verdadeira: a taxa de juro que o mercado nos cobra tem de baixar para a ele regressarmos, mas é exactamente isso que tem sucedido ao longo de todo o ano de 2012. De resto, quando Semedo parte de uma premissa errada, nomeadamente a de que o défice está a subir quando este está efectivamente a baixar, é normal que chegue a conclusões não condizentes com a realidade.