Agenda escondida em loop
1. Dois meses antes das últimas eleições legislativas: "O que está em jogo é a disputa entre os que acreditam num Estado Social fundamental e os que, como o PSD, acreditam num Estado imprescindível, que quer dizer mínimo, e tem uma agenda escondida de privatizações"
3. Paulo Mota Pinto explicava em poucas linhas a técnica utilizada: “o PSD está habituado a que uma das estratégias do PS seja distorcer e caricaturar as suas posições para as combater”.
4. A cassete da "agenda escondida" até fazia parte do repertório dos comunistas que, naturalmente, nunca abdicaram dela: PCP diz que PS tem "agenda escondida" e dá exemplo de despedimentos na Qimonda
5. Em 2011, voltamos ao mesmo discurso de campanha eleitoral: Capoulas Santos acusa PSD de ter "agenda escondida". Será que esta palhaçada repetitiva socialista ainda dá frutos?
6. Por fim, e relativamente ao tópico agendas escondidas, o Partido Socialista ganhou as eleições de 2009 com um programa eleitoral que entretanto escondeu numa qualquer gaveta. Se o Partido Socialista governa neste momento com algum programa, no essencial, parte deste derivará do programa minimalista com que o PSD de Ferreira Leite apresentou-se às eleições. O resto do programa é escrito em Berlim pela senhora Merkel, facto que o PS, por muito que se esforce, já não consegue esconder. Por isso não é estranho que de um partido sem ideias próprias que possa defender e apresentar o debate político resvale para a apresentação das ideias dos outros a uma luz negra e distorcida. É o vazio socrático no seu melhor, numa última tentativa de manter o poder pelo poder.