A imprensa internacional não lê os abrantes, nem se deixa influenciar por estes
Um post de Jorge Costa: Financial Times noticía que em Portugal se festeja uma resposta insignificante dos mercados à recompra de dívida. É triste ler a imprensa internacional. Portugal tem os holofotes apontados para si e toda a politiquice nacional tem repercussão nos órgãos de informação europeus e norte-americanos. Não foi preciso aguardar muito para alguns dos nossos governantes serem ridicularizados. Uma ridicularização merecida e que tem impacto negativo na nossa imagem lá fora, com prejuízos sérios e graves para o país que perdurarão muito para além da queda deste Governo. Se a situação económica em que nos encontramos já transparece uma imagem de irresponsabilidade para o exterior, mais irresponsáveis parecemos pela forma como o Governo tem lidado com a situação. Mas o desespero neste momento é de tal forma evidente que os responsáveis governativos já não escondem o plano: estão de mão estendida à espera que a Alemanha se decida a ajudar-nos, pois - na opinião de tão prezados governantes - nós já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. É para isto, nada mais do que isto, que nos deixamos arrastar. E pelo tempo que demoramos a provocar a queda deste Governo - são seis inacreditáveis anos e o tempo contínua a somar -, o país tem o que merece dado ser este o resultado da escolha da maioria. E é irritante observar que, não tendo nenhum português votado na senhora Merkel, haja quem pense pedir responsabilidades pelo que se passa no nosso país à senhora - ela que não tem nenhum mandato que a obrigue a defender os interesses do povo português. É preciso ter lata.