Pergunta essencial
Que o PSD só apresente o programa depois de conhecer o quadro de ajuda externa parece-me sensato e é a única forma de não cair no ridículo e na farsa que é o programa do PS. Um programa do PS feito em cima do joelho, vazio de conteúdo, e que visa simplesmente servir este propósito. Agora, sendo assim, também podiam acabar com declarações deste género. Conversa eleitoral sem substância alguma que a acompanhe é coisa que não me agrada e suspeito que não deverá tranquilizar o eleitorado, já de si desconfiado em relação a Pedro Passos Coelho. A única garantia que pode ser dada para já é que o grosso da substância do que serão as políticas da próxima legislatura estão a ser cozinhadas pela «troika» e não pelos responsáveis políticos nacionais. É deprimente, mas as coisas são o que são. Ainda assim, reafirmo que há margem para que o próximo Governo tome medidas que moldem o que será o país no longo prazo, pelo que os programas eleitorais não têm de ser necessariamente irrelevantes. Mas deixemo-nos de ilusões, a pergunta essencial para dia 5 de Junho é esta: Sócrates deve ou não ser penalizado pela governação dos últimos seis anos?