We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Tudo somado, dá-nos que a despesa corrente do Estado, em 2009, foi de 44,9% do PIB. Tendo em conta o peso de cada uma das rúbricas, se a opção for cortar na despesa, é impossível diminuir o défice em 2,7% do PIB (de 7,3% para 4,6%) que não seja por via das Prestações Sociais ou das Despesas com Pessoal. A grandeza dos números também deixa a nu a triste realidade de que este modelo económico está esgotado, mas como a alteração do modelo tem custos sociais, económicos e políticos elevadíssimos no curto prazo, nada melhor do que recorrer à opção facilitista do aumento dos impostos. Ou, ainda melhor, como certos sectores parecem advogar, a solução passaria por abdicar do combate ao défice. Tudo em nome de um modelo económico finado há muito e que deita um cheiro nauseabundo insuportável.
Adenda: ainda relacionado, é ler Habilidosos do Miguel Noronha.
Que é como quem diz, entre outras coisas, que a palavra do senhor primeiro-ministro vale zero. Ou que o PSD sabia mais do que o senhor primeiro-ministro. Mas isso acho que já todos devíamos saber.
O governo não deve estar pronto, está prontíssimo. A OCDE é que anda pela pátria lusa, a pedido do governo, para sugerir aos portugueses que devem estar prontos para um aumento dos impostos.
Referem-se a duas rúbricas altamente relevantes na receita e despesa do Estado. Percebem porquê que é urgente debater o essencial? É que ao pretendermos abdicar de uma destas medidas, não podemos abdicar da outra. Por esta altura, isso já devia ser óbvio na mente de todos os portugueses. Dúvido que seja.
Que sinal de esperança pode dar aos portugueses se nos últimos anos lhes foram pedidos sacrifícios no sentido de combater o défice, agora atravessamos uma crise e nos próximos anos, certamente, vão ser necessários novos sacrifícios, no sentido de reduzir uma vez mais os valores do défice?
Não me parece que seja assim. O défice será reduzido com estabilizadores automáticos, não é preciso pedir sacrifícios especiais a ninguém. Se a nossa economia começar a recuperar, aumentam as receitas fiscais.
Aqui, em Maio de 2009. Em Stalag 17, de Billy Wilder, a acção decorre num campo de prisioneiros e um deles recebe uma carta da mulher que se encontra na pátria distante. Ao lê-la, o prisioneiro responde constantemente "eu acredito". Acredita no quê, questiona-se o espectador. Acredita na mulher quando esta lhe escreve: "não vais acreditar no que aconteceu, encontrei um bébé na rua que dá para nossa casa". Porque não haveria de acreditar, ele acredita. E quantos serão os que ainda acreditam neste primeiro-ministro?
Por esta altura, na época passada, com um percurso inferior, certo treinador foi transformado em messias no reino da mitologia encarnada. O messias tratou-se bem e esta época passou a ganhar 200 mil por mês. No reino do dragão, há um sorriso na cara dos seus habitantes.
Perante um cinema actual dominado por pirotecnia e efeitos especiais, onde a grandeza de certos filmes mede-se pelo valor do número do orçamento de que dispõe, é reconfortante e revigorante o visionamento de alguns clássicos. Este é um deles. Uma sala; doze actores, entre os quais o destaque vai para Henry Fond; com Sidney Lumet ao leme e um argumento inteligente; foi quando bastou para fazer uma obra-prima. Os diálogos interpelam-nos e obrigam-nos a pensar. A tensão é permanente. A dinâmica do processo de decisão é influenciada por factores externos como o calor que se faz sentir. 12 homens decidem o destino de outro homem, e o espectador é convidado a tomar uma decisão com eles. Inesquecível.
Por aqui, dá-se conta da opinião de Fernando Madrinha no Expresso:
"Ao fazer um braço de ferro com o Executivo a propósito do Orçamento para 2011, Passos Coelho escolheu o pretexto errado no momento errado."
Já, segundo ilustres opinadores, a proposta de revisão constitucional veio "no momento errado". Afinal, qual o papel reservado ao maior partido da oposição neste momento? Limitar-se a dançar o tango?