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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Metro do Porto e Metro Mondego

"O que seria da cidade do Porto sem STCP ou metro? O que seria a cidade de Lisboa sem a Carris? O que seria o país sem a CP? Isso significaria que introduziríamos no país uma situação praticamente caótica".

Boa pergunta de Assis. Olhemos para o metro do Porto: começou a funcionar em Dezembro de 2002; em 2009, de todas as empresas públicas de transporte de passageiros, a que gere o metro do Porto foi a que apresentou maiores custos operacionais, financeiros e prejuízos por passageiro. O que seria de nós sem o metro do Porto? O Porto desde 2002 deixou de ser caótico, antes era-o? O desemprego na região é que não parou de subir e a evolução dos restantes índices económicos também não foi brilhante.

E Passos Coelho em algum momento terá defendido o fecho dessas empresas? Onde estão tais declarações? Não existem. Continuamos na fantochada e na retórica que procura evitar todo e qualquer tipo de debate. Pura treta, da mais insuportável treta, e pergunto: o que seria da cidade de Coimbra sem o metro Mondego? E é uma pergunta que dá para os dois lados, porque o PS nesse caso parece perceber que o dinheiro é escasso e não dá para tudo, já o PSD anda a clamar pela construção da obra de forma a evitar "custos sociais gravíssimos". Custos sociais, perceberam? Mais outra para acrescentar ao lote de empresas públicas com prejuízo crónico (ah! mas certamente que no PSD também há quem considere que as externalidades positivas mais que compensam os resultados operacionais negativos).

Comediantes! Toda esta gente passa a vida a fazer comédia.

Prejuízos crónicos, privatização, encerramento

Marcelo acredita que “privados podiam gerir melhor” empresas públicas com prejuízos crónicos. Acha? E como é que se privatizaria uma empresa pública com prejuízos crónicos? Que privado estaria disposto a gerir tal empresa sem contrapartidas por parte do Estado? Claro que em algumas das empresas seria possível com uma reestruturação financeira torná-las atractivas para os privados - e, ainda assim, por exemplo na TAP, o senhor Pinto está há anos a adoptar um plano de reestruturação que possibilite a privatização da empresa e até agora nada: dizem que é este ano, aguardemos -, mas é garantido que para muitas empresas não há reestruturação que as salve e para essas é melhor tomar a decisão que se impõe e não andar com conversa da treta típica de quem nada faz, nem nada deixa fazer.

Passos Coelho até tem cuidado no que diz, mesmo porque conhecerá os marcelos, dentro do seu próprio partido, com quem tem de lidar. Vejamos o que Passos diz: i) pede ao governo que identifique as empresas que dão prejuízos crónicos, e que até têm alternativas no sector privado, que pretende encerrar; e ii) que o executivo identifique também o "serviço público" prestado pelas empresas em relação às quais não há alternativa no sector privado. No primeiro caso nem devia existir discussão, se há empresas públicas com prejuízos crónicos a actuar em sectores onde existem ou poderiam existir empresas privadas a prestar igual serviço, feche-se a empresa pública. No segundo caso a ideia será garantir que, naqueles sectores onde o sector privado não constitui alternativa, exista maior racionalidade económica na gestão pública, ou seja, que ninguém desbarate recursos públicos só porque sim e a existirem prejuízos que seja muito bem justificado o porquê de assim ser.

Claro que quer no primeiro, quer no segundo caso, perante qualquer governo socialista a conversa cairá em saco roto. No manual de um bom socialista nunca uma empresa privada poderá fornecer um serviço igual/superior ao prestado por uma empresa pública. No manual de um bom socialista o prejuízo será prova de que o serviço prestado pela empresa pública dá prova de grande utilidade social, até porque tudo o que cheire a lucro é malévolo. No manual do bom socialista todo o desbaratar de recursos que gerem resultados operacionais negativos são justificados com externalidades positivas.

De modo que é assim

Não fazer da derrota de Manuel Alegre uma derrota do PS e do governo, aceita-se. Já fazer da vitória de Cavaco Silva uma vitória do governo socialista é tirar um coelho da cartola que nem a Houdini lembraria. E não lembraria porque o coelho, de gordo, não caberia na cartola. Sendo-nos apresentado como um truque de mágica, mais não estamos do que a ser presenteados com uma palhaçada.

Salário do PR e dos gestores públicos

1. Mentes brilhantes lembraram-se de apresentar uma proposta que visa limitar o salário dos gestores públicos ao do Presidente da República. Medida popular, certamente. Mas insatisfeitos com a fasquia do salário do nosso Presidente da República e procurando demonstrar o quanto têm a razão do seu lado, foram ainda mais longe e traçaram comparações entre os salários dos nossos gestores públicos e o salário de Barack Obama, Angela Merkel ou Nicolas Sarkozy. Óptimo. Mas esqueceram-se, naturalmente, de comparar o salário do presidente Obama com o salário dos gestores públicos norte-americanos. Esqueceram-se, naturalmente, de comparar o salário do presidente Sarkozy com o salário dos gestores públicos franceses. Esqueceram-se, naturalmente, de comparar o salário da chanceler Merkel com o salário dos gestores públicos alemães. Esqueceram-se, mas não se deviam ter esquecido, pois a comparação não seria favorável à tese populista que defendem.

2. Os salários dos gestores públicos não constituem um problema em Portugal. A incompetência dos gestores públicos, a maior parte deles com lugar assegurado por via do cartão partidário, esse sim é o verdadeiro problema, associado ao elevado peso que o sector (público) tem na economia nacional. E baixar o salário dos gestores públicos não resolveria o problema, pelo contrário, iria agravá-lo.

3. E, como consideração marginal, convém ponderar se o salário do Presidente da República não é diminuto? A minha opinião é que talvez não seja, até porque não é pelo salário que faltarão candidatos competentes ao cargo, mas também ninguém pode ignorar que a função do Presidente da República, contrariamente à função de um gestor, não é particularmente atractiva pelo rendimento auferido. Há, entre outros factores, muito prestigio envolvido. E só o prestígio já tem um valor considerável. Não entremos, portanto, na demagogia e no populismo que isso não nos leva a lado nenhum, embora possa dar votos a uns quantos partidos.

Má fé ou dificuldade de compreensão

Aqui, de uma tal f. A certa altura diz que o PR, com a opção que toma, "se coloca fora do universo dos que são, usando as suas palavras, sacrificados e injustiçados". Não só não se coloca, como é dos que sofre maior corte nos rendimentos auferidos antes e depois das medidas de austeridade impostas pelo OE2011. Opta pelas pensões invés do salário, certo, mas quando a lei dá a hipótese de escolha é exactamente para que cada um possa escolher a opção que lhe é mais favorável. E só por má fé ou dificuldade de compreensão é que é possível achar que a diminuição dos salários dos funcionários públicos é do domínio dos sacrifícios impostos pela austeridade e que a impossibilidade de acumular salário e pensões já não o será. É-o, para mal do argumentário falacioso da tal f.

Coligação antes de eleições?

Maria João Marques explica aqui porque não quer, nem faz particular sentido, uma coligação entre PSD e CDS/PP antes das eleições. Acredito que Paulo Portas também não a queira. O que o estratega centrista quer é maximizar o resultado do seu partido nas eleições que imagina estarem para breve e nada melhor do que deixar claro para o eleitorado potencial que não há necessidade de centralizar o voto (útil) no PSD, isto porque o CDS/PP será sempre o parceiro natural do PSD no período pós-eleitoral e não será por ele que o país ficará ingovernável. Estranho foi quando o próprio Passos Coelho deu a entender a necessidade de tal coligação - "um futuro Governo de mudança precisa de mais do que um partido" -, estratégia correctamente criticada por António Nogueira Leite: a ignorância é sempre fonte de perplexidade.

Na mesma

No Público: "A Comissão de Inquérito da Crise Financeira, inicialmente constituída por dez membros, acabou por só conseguir que seis subscrevessem o relatório final. A divisão é política, já que só os democratas assinaram o documento". Resumindo: o resultado final do relatório serve para pouca coisa - uma espécie de montanha pariu o rato, à semelhança da comissão de inquérito ao caso BPN. - Também não se perde muito, face àquilo que, lendo a imprensa, são as principais conclusões, constato que esse debate já foi feito há mais de dois anos e a FCIC pouco ou nada acrescenta. Numa crise complexa, com multiplicidade de factores explicativos (nem todos com o mesmo peso, naturalmente), cada lado político tende a favorecer as explicações que colam melhor com as lentes ideológicas a partir das quais olha o mundo. Por outro lado, no Diário Económico, sob o subtítulo Avisos ignorados, é referido que "A Comissão aponta o dedo às autoridades federais norte-americanas, que não impediram comportamentos irresponsáveis por parte dos banqueiros de Wall Street, apontando o dedo a políticas das administrações Bush e Obama". À administração Obama? Quando a crise é anterior à eleição de Obama? Sinto-me baralhado.

A crise era evitável? Pelo menos na dimensão que atingiu, não restariam muitas dúvidas quanto a isso. Infelizmente, também não será o relatório do FCIC a evitar crises futuras.

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