O Governo tudo fará para cumprir o défice
Tomem nota: no final do ano, qualquer que seja o Governo, existirá recurso a receitas extraordinárias, vulgarmente conhecidas por truques contabilísticos. Isto não é uma novidade, é uma inevitabilidade.
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Tomem nota: no final do ano, qualquer que seja o Governo, existirá recurso a receitas extraordinárias, vulgarmente conhecidas por truques contabilísticos. Isto não é uma novidade, é uma inevitabilidade.
Pensar no desespero profundo que terá levado a isto causa-me uma enorme tristeza.
Talvez sejamos forçados a mais austeridade; a culpa é do preço do petróleo; a culpa é dos erros da Europa; a culpa é da instabilidade gerada pela oposição; desculpas; balelas; e contínua por ai fora; sempre no pressuposto que primeiro-ministro e corte ministerial são génios que têm de enfrentar ondas sucessivas de incompetência externa.
Eu quero que esta gente se *bip*.
Eduardo Pitta identifica o Fine Gael - vencedor das eleições irlandesas que ocorreram recentemente - como um partido de centro-esquerda. Curioso, porque achava que aquilo era uma espécie de CDS/PP irlandês - até a cor do partido é o azul -, sendo mesmo membro fundador do Partido Popular Europeu, do qual PSD e CDS/PP também constam como membros. Mas o Fine Gael é de centro-esquerda... está bem observado, parece que Eduardo Pitta partilha a opinião de muitos portugueses de que na Assembleia da República os partidos representados ocupam o espaço ideológico que vai da extrema-esquerda ao centro-esquerda.
Adenda: O Público dignou-se a rever parte do título da notícia:
À terceira será de vez?
1. O Insurgente faz seis anos. Parabéns.
2. A austeridade é necessária para Portugal sair da crise?, João Rodrigues e Álvaro Santos Pereira trocam argumentos, uma boa iniciativa do blogue Massa Monetária.
Passos diz que PSD se prepara para ser "alternativa de governo que não divida o país". Passos Coelho não quer meter medo aos sectores dos bem instalados. Médicos, professores e magistrados suspiram de alívio. O país corporativo pode descansar que a actual liderança do PSD não representa qualquer mudança significativa. A "alternativa política" tem de ser feita com as pessoas, que pessoas? Finge-se que não existem diferenças irreconciliáveis entre as várias pessoas afectadas nos processos de mudança. O poder político quando escolhe as 'pessoas' com quem faz as reformas tende sempre a favorecer os de dentro do sistema e raramente opta por favorecer as pessoas que o sistema deve servir, muito menos as pessoas que pagam o sistema. Resultado, tende-se a produzir reformas que de reforma pouco ou nada têm. O status quo prevalece e Passos sinaliza que com ele também prevalecerá.
1. Com ministros da defesa do calibre de Paulo Portas - que quis Teresa Caeiro como secretária de Estado do sector recorde-se -, Luis Amado, Severiano Teixeira e Santos Silva - este acompanhado pelo 'especialista' em assuntos militares Marcos Perestrello - alguém estranha a história aqui contada?
2. Se Sócrates elege a estabilidade política como tema da sua moção, seria natural que apresentasse medidas de alteração da Constituição que favorecessem a estabilidade política em legislaturas futuras, certo? Ou a conversa da estabilidade política é só treta para defender o tacho de primeiro-ministro?