We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
O homem que está indisponível para governar com o FMI deixa o país um nível acima do lixo. Com perspectiva de recessão prolongada e continuação da subida do desemprego. Há quem nos queira convencer que isto deve-se tudo às últimas duas semanas. Não, nem uma minúscula parte do que se passa deve-se às últimas duas semanas. E não é preciso mais do que dois neurónios para perceber isso. Também não se deve tudo a Sócrates, não exageremos, mas isto não andará muito longe da verdade: Sócrates é o pior primeiro-ministro desde 1922.
Se a S&P's atribui BBB- ao país, a Comedians&Fool's atribui um CCC como rating do primeiro-ministro. Sócrates, o primeiro-ministro lixo, do pior lixo.
Na sondagem da Intercampus para a TVI, parece que a maioria dos portugueses está convencida que medidas como as do PEC4 não só são necessárias como serão, muito provavelmente, insuficientes. Têm razão. Mas poucos, muito poucos, imaginarão o que acontecerá à sociedade portuguesa nos próximos anos com um pessimismo que se aproxime do meu. Certo é que o próximo Governo terá uma situação de tal forma terrível à frente dele que pouco mais pode prometer do que dificuldades. Isso é certo: seguem-se anos difíceis e de grande incerteza. Se Ferreira Leite elaborou um programa minimalista, mais minimalista deve ser o programa de Pedro Passos Coelho. Acusá-lo-ão de não ter ideias, de não apresentar medidas, tal como fizeram com sua antecessora, mas Passos deve aguentar firme e não prometer nada que não tenha a certeza absoluta de conseguir cumprir. De igual modo, deve abandonar esta prática de anunciar medidas avulsas. Dizia José Pedro Aguiar Branco a propósito do programa de Ferreira Leite: "Vai ser um programa minimalista, pequeno, na dimensão daquilo que é exequível. É um programa com propostas para serem facilmente sindicáveis pelos portugueses". Assim foi em 2009, por maioria de razão, assim deve ser em 2011.
Para marcar o dia do anúncio de Bagão Félix como o mais recente conselheiro de Estado, um artigo do próprio que merece ser lido. Ontem, na SIC N, passava um documentário sobre a crise irlandesa onde Brian Lenihan, o ministro das finanças do Governo entretanto substituído, dizia, com ar abatido, que o seu partido tinha cometido muitos erros e adoptado políticas erradas. Não ouvi, nem conto ouvir, coisa igual a Teixeira dos Santos. Pelos piores motivos.
Tomás Vasques escreve que a questão central da próxima campanha eleitoral é saber, em substância, o que é que o PSD propõe para a situação presente. Achei que as eleições serviam não só para os partidos anunciarem ao que vêm, mas também para avaliar o Governo cessante, sobretudo quando a figura de proa da governação dos últimos seis anos, com o apoio espectacular de 93% dos do seu partido, é um dos candidatos que vai a jogo. Mas compreendo que para Tomás Vasques a avaliação e responsabilização de José Sócrates pelos resultados obtidos nos últimos seis anos - os que, em parte, nos colocaram na situação presente - não seja propriamente relevante e central. Em nome do PS, se necessário, há quem finja esquecer os princípios mais básicos do jogo democrático.
Ponderemos a questão central colocada por Tomás Vasques: de que forma a situação presente é diferente da de Setembro de 2009? Não é. É a mesma situação com mais um ano e meio em cima, o que torna mais urgente a resolução da mesma, mas não torna a situação presente, no fundamental, diferente da que já se vivia antes do último acto eleitoral. Ora, se Tomás Vasques acha que a questão fundamental nestas eleições é sobre as propostas do PSD para a situação presente, imagino que em 2009 terá igualmente considerado essa a questão essencial que se colocava ao PS e ao PSD. E o que o PS propôs, então? Lembrar-se-á o Tomás Vasques? Imagino que não, até porque do proposto, tirando o casamento entre pessoas do mesmo sexo, nada ou pouco foi levado à prática. Pergunto-me: se as propostas de um partido para a situação presente são tema central numas eleições, como é que devemos lidar com aqueles que já haviam proposto algo e nada do que propuseram levaram à prática? É que, enfim, se continuarmos nesta lengalenga de colocar questões centrais para determinadas eleições, mas depois não penalizarmos, e duramente, aqueles que, tendo sido eleitos, não cumpriram o que deram como resposta, fica bem evidente a treta da identificação de questões centrais na boca de certa gente. Meros jogos florais de retórica para manter o poder e defender os seus. Substância? Nenhuma.
Deixo passar muito do lixo argumentativo que leio no blogue oficioso do governo, mas a isto apetece-me responder. O que impede o PS de tomar a iniciativa de solicitar que as contas públicas sejam auditadas por entidade independente com validação por técnicos internacionais? Afinal, poupariam ao próximo Governo a necessidade de fazer o mesmo que o PS fez em 2005 por via do doutor Constâncio. Já em 2009 só não foi preciso auditoria porque o próprio do PS, tendo continuado no poder, mais do que sabia a dimensão do buraco que tinha andado a esconder. Mas é inegável que teria sido vantajoso que os dois últimos actos eleitorais tivessem sido antecedidos por uma auditoria às contas públicas. Por isso, torno a perguntar: se tudo corre pelo melhor e não há nada a temer, o que impede o PS de tomar a iniciativa? Até porque, no caso da auditoria confirmar as contas do Governo, estaríamos perante um trunfo eleitoral com enorme peso na campanha socrática.
Está percebido que a campanha do PS terá por base um cenário ilusório: "Este é o momento de os portugueses escolherem se querem um Governo com o FMI ou sem o FMI". Já aqui escrevi que uma campanha desse estilo seria inadmissível, mas devia saber que com Sócrates tudo é possível e expectável. E o que acontecerá se o PS ganhar as eleições? José Sócrates é eleito primeiro-ministro; no espaço de um mês o país seria obrigado a recorrer ao FEEF, com FMI acoplado; e José Sócrates, com a cara-de-pau que é a dele, explicaria ao país que nesse mês o mundo tornou a mudar.
Ontem à noite foi anunciado que Bruno de Carvalho seria o novo Presidente do Sporting. Tal notícia foi veiculada - cito apenas os que tenho a certeza de o terem feito - pelo jornal Público; Correio da Manhã; Diário de Notícias; rádio Renascença; página online da SIC; e, naturalmente, pelos três diários desportivos (A Bola; Record; e O Jogo). Errado. Num acto final a recordar a célebre disputa de Truman contra Dewey numas eleições americanas, às seis da manhã todos descobriram que Godinho Lopes seria o novo presidente daquele que é, definitivamente, um clube diferente. A essa hora, Alexandre Pais, director do jornal Record que havia sido o primeiro a anunciar a vitória de Bruno de Carvalho, não satisfeito com a proeza, espalhava notas no twitter sobre provável marosca nas eleições do Sporting. Exemplar sobre o que esta gente entende por jornalismo.
Entretanto, já Godinho Lopes, numa sala onde estava menos gente para aplaudir o novo presidente eleito do que é habitual num Belenenses ou num Boavista, fazia a festa. O BES suspirava de alivio. Menos alivio terá com o anúncio do PSD de que pretende travar a fundo o TGV e as PPP's. Da campanha para eleição do presidente de um clube desportivo, o BES passará imediatamente para outra.