Subsídio de natal e meio
Estado perde 2,4 mil milhões de euros com negócio BPN
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Estado perde 2,4 mil milhões de euros com negócio BPN
Não há melhor título para relembrar velhos fantasmas. E como o próprio corpo da notícia esclarece, era possível fazer melhor e reformular para «nem Salazar cortou como o Governo quer cortar». Mas cortar na despesa do Estado ainda não é coisa de 'fascista', pois não?
Do outro lado está o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, que antes sequer de se sentar à mesa com o ministro da Educação sabe à partida que, se a tutela insistir nas quotas, "é certo e sabido que não haverá acordo". Sem quotas, salvo se houvesse uma mudança radical na organização do nosso sistema de ensino, não existirá avaliação digna desse nome. Sem um mecanismo que force a distinção dos avaliados pelos avaliadores, a tendência será a de avaliar todos por igual e não há sistema mais injusto do que esse. Um ministro da educação que não queira ser mero fantoche de interesses instalados devia saber à partida que teria de fazer braço de ferro com o senhor Nogueira. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos, sabendo de antemão que se a maioria dos professores continuar a alinhar do lado da barricada do senhor Nogueira, ficará cada vez mais claro que estes não se opõem necessariamente a um modelo de avaliação, mas à avaliação em si, qualquer que seja o modelo.
Na capa do Expresso. Para alguma comunicação social, Soares será sempre o Presidente de eleição. E nem os 14,3% que obteve da última vez que se candidatou ao cargo alteraram isso. Por outro lado, se fosse por vontade da maioria da comunicação social, Cavaco nunca teria sido Presidente.
O memorando de entendimento com a «troika» pode não ser um objecto fechado e sujeito a uma única interpretação, mas é óbvio que indica um caminho para o crescimento económico que passa necessariamente por um redimensionamento do peso e da influência do Estado na economia. Quando Seguro lamenta que o novo Governo não dê indicações claras sobre o caminho para o crescimento económico e a diminuição do desemprego, das duas uma: ou não faz ideia do que é e para que serve o memorando de entendimento, ou não concorda com o caminho adoptado por esse mesmo memorando de entendimento. Infelizmente, em qualquer um dos casos, só devemos lamentar a eleição de Seguro como líder socialista, pois o PS foi o primeiro a assinar o memorando em causa e devia ser o primeiro a estar comprometido com o rumo traçado. E assinou-o, é bom lembrar, porque o caminho que estava a ser anteriormente trilhado levou-nos a um beco sem saída. Dito isto, é positivo que Passos Coelho não passe a vida a lamentar-se com o passado, mas será igualmente positivo que Seguro não faça tábua rasa da história recente do partido de que é líder. E por muito que isso custe a alguns socialistas, o memorando de entendimento com a troika deu-nos um novo rumo e pela força da assinatura está tão comprometido com esse rumo o primeiro-ministro como o líder do maior partido da oposição. Conclusão: fica mal a Seguro andar a questionar qual é o rumo, mas mal por mal, antes ter o líder da oposição à nora do que o país inteiro. Valha-nos isso.
Impresa está a fazer tudo para que situação económica "não se torne apavorante”. Tem sido notório, nomeadamente na luta contra a privatização da RTP.
O Governo fixou hoje o limite da despesa primária do Estado em 36.230 milhões de euros para 2012, o que implica uma diminuição nominal da despesa em cerca de 10 por cento, face o valor do Orçamento do Estado de 2011. Para quem não tem noção, estaremos perante uma coisa nunca vista na história da democracia portuguesa. Em Portugal é costume falar-se do trabalho notável levado a cabo por Ernâni Lopes em meados da década de 80. Mas perante aquilo que Vitor Gaspar tem pela frente, é como se o primeiro tivesse conseguido alcançar o topo do Kilimanjaro e o segundo esteja comprometido com a subida do Evereste.
Sempre que o interesse nacional se impõe, as "secretas" podem passar informações a empresas privadas. Isto tem de ser muito bem explicadinho.
A meta do governo é reduzir a despesa pública para 40% do PIB ao longo da legislatura. Se a conseguirem atingir, terão feito um bom trabalho. É que com desvio ou sem desvio, estaremos sempre a falar de um trabalho colossal.