We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Líder do PS diz que, a acontecer um segundo resgate a Portugal, isso representaria um «falhanço da política do Governo». E acrescenta o líder socialista que já diz isto há «vários meses». Ora bem, isso e o seu contrário. Ou não é Seguro que tem falado da necessidade de nos darem mais tempo para cumprir o acordado? O que é isso se não a defesa da renegociação do acordo existente e, em bom rigor, um novo resgate? Perceba-se: por cada ano afastados dos mercados, mais dinheiro tem de nos ser emprestado pela troika. A única diferença é que Seguro defendeu um segundo resgate que nos aliviasse as metas e este Governo, se necessitar de um novo resgate (e tal necessidade era previsível desde a assinatura do memorando), deve tentá-lo negociar nas melhores condições possiveis, ou seja, tendo dado provas de que tentou ao máximo e se possível conseguiu cumprir o acordado no memorando de entendimento original (até porque é bom recordar que também é a nossa soberania que está em jogo). O sucesso deste Governo não se medirá pela existência ou não de um segundo resgate, mas sim pelas condições que nos forem impostas aquando desse mesmo resgate. É bom que se perceba isso.
«Portugal mantém o objectivo de voltar aos mercados em 2013». Passos Coelho dificilmente poderia adoptar um discurso muito diferente neste momento, mas também por isso tudo isto, pelo irrealismo que lhe está subjacente, é muito triste. À falta de definição e clareza, quanto menos o PM falar sobre o assunto, melhor. Estas cimeiras europeias devem ser cá um sufoco.
Agradeço as palavras simpáticas do Adolfo Mesquita Nunes. Quanto à nossa partilha comum com Clara Ferreira Alves do gosto por Graham Greene, enfim, no que se refere à colunista do Expresso não me é novidade, até porque ela faz sempre por o lembrar. O que também me recorda que partilho este Mr. Brown com um tal de Richard Burton que protagonizou a adaptação cinematográfica da obra que dá o título a este blogue. Um filme tão medíocre que, tirando um ou outro momento, podia desaparecer sem deixar rasto que ninguém dava pela sua falta. Resta-me recordar que o Elvis Costello também usou «The Comedians» para título de uma letra sua, popularizada na voz de Roy Orbison; e o Alan Moore baseou-se nele para dar o nome a um personagem de «Watchmen». Está visto que, tal como escreve a Helena Sacadura Cabral no primeiro comentário ao post do Adolfo, «Graham Green tem esse especial condão de unir os mais desunidos. E até as gerações mais distintas.»
Constatação do dia: o jornalismo opinativo, do diz-que-disse, dos boatos, está em alta. E não é de agora, é de há muito tempo. O que é sempre um belo artificio para o jornalista fazer política ao invés de relatar factos e procurar a verdade. É junto das redacções dos jornais que se criam as narrativas que servem determinadas agendas políticas. Quantos casos das escutas em Belém existirão em Portugal?
Última hora, em grande destaque na edição online do Jornal de Notícias: «Mais um idoso encontrado morto em casa». Diz a notícia que tinha sido visto com vida pela última vez ontem. Repito: ontem. E acrescenta a jornalista: «esta semana, é já a quarta pessoa encontrada morta em casa». Permitam-me duvidar que seja só a quarta pessoa encontrada morta em casa esta semana. E acrescento: se isto vai passar a ser notícia, temos «últimas horas» no JN para o ano inteiro e várias vezes ao dia.
Neste caso de Jorge Silva Carvalho há algo que não deve ser ignorado: a Impresa lançou mesmo uma ofensiva contra a Ongoing. E a tal ofensiva não será alheia a provável privatização da RTP que ameaça levar Balsemão à ruína. Jornalistas e vários opinadores do grupo económico do militante número um do PSD, todos eles uns santinhos sem esqueletos no armário, malharam forte e feio em Silva Carvalho e na Ongoing. Mas tinham razão para isso, dirão alguns. Claro, claro que tinham. Tal como já imagino as mil e uma razões para malhar forte e feio na Newshold, sempre com a privatização da RTP na mente. Cuidado com a obscura Ongoing! Cuidado com a obscura Newshold! A transparente Impresa está aqui para vos defender. Ou defender-se, dirão os mais atentos. Pois por mim, que nem tenho simpatia por Relvas e discordo da forma como o processo está a ser conduzido, reitero: privatize-se a RTP tão cedo quanto possível e fique com ela quem fizer a melhor oferta. E a propósito de coisas obscuras, já bastaram as pressões que evitaram que este processo polémico da TDT incluísse um quinto canal generalista novo (que o tornaria, certamente, menos polémico), tal como tinha sido oficialmente anunciado. Mas em Portugal há polvos que julgam ter o poder de mandar mais do que os governos eleitos (e depois há sempre desculpas para manter o actual mercado fechado).