We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Não é uma pesquisa exaustiva, até porque sei que encontraria muitas outras referências em datas diferentes, mas acho que esta é suficientemente esclarecedora:
É o que sai do resultado das eleições na Grécia. Ainda não foi desta que tivemos um qualquer BE a governar um país da zona Euro. Bolas! E o fim da austeridade logo aqui tão perto. Mas no fundo, para Portugal, penso que acaba por ser melhor assim. E no fim é isso o que mais interessa.
Nota: em ambos os quadros aparece um grego chamado Samaras que podia ser o Georgios, o jogador da selecção, mas aposto que terá qualquer coisa do Antonis, o político líder da Nova Democracia.
Este discurso pode ter interesse para a politiquice interna, mas a verdade é que, por muitos defeitos que este Governo tenha, a comunicação para o exterior e o posicionamento adoptado por Portugal no contexto da crise da zona Euro tem sido a todos os níveis perfeito. Melhor era impossível. Excepto se o objectivo fosse colar-nos definitivamente ao destino grego. Só um ser inconsciente é que não percebe a fragilidade da nossa situação. Pelo que o discurso de Zorrinho e do PS até vai de encontro ao que seria expectável, basta recordar que só as opções de gente inconsciente é que podem explicar a situação de fragilidade em que nos encontramos.
Nesta troca de argumentos entre a MariaJoãoMarques e o JoãoMiranda, algumas notas sobre o que escreve Maria João Marques:
1) «Numa redução de despesa pública acompanhada de uma redução de impostos (que é o que defendo), não há qualquer contracção da procura interna, ao contrário do que afirma João Miranda», nem o mais crente dos crentes no voodoo economics acreditará que é possível diminuir o nosso défice e a nossa dívida com a mistura sugerida no excerto citado. No fundo a Maria João acredita que descobriu o milagre para o crescimento e o fim da austeridade, mas a ideia é tão ilusória quanto a que é propagada pelos crentes nos milagres do despesismo.
2) Noutro post diz a mesma Maria João que «as empresas (e os particulares que estabelecem mínimos de ordenados a aceitar) sabem tomar as suas decisões sem recorrer a António Borges», infelizmente esta afirmação peca por erro de interpretação do que Borges e outros pretendem dizer: independentemente da atribuição da culpa, é um facto que tínhamos um nível de vida acima daquele que podíamos ter, isso é facilmente verificável olhando para o nosso nível de endividamento externo (de responsabilidade pública e privada e que, recorde-se, temos de controlar porque entretanto cortaram-nos o crédito), logo, das duas, uma, ou a nossa produtividade dá um pulo gigantesco no curto-prazo e conseguímos manter o nosso nível de vida ou os salários baixam. Como o pulo gigantesco de produtividade não se perspectiva tão cedo, a baixa de salários no curto-prazo torna-se uma inevitabilidade (e uma urgência, até para controlar os níveis do desemprego). Mas para isso acontecer basta o Estado dar liberdade aos agentes do sector privado para tomarem as opções que muito bem entenderem, não precisa de forçar nada (nota: quando se fala da inevitabilidade da baixa de salários, fala-se em termos agregados, não implica que em certos sectores os empresários não possam/devam aumentar os salários dos seus trabalhadores).
3) Por fim, a propósito da problemática do sector dos bens não transaccionáveis vs bens transaccionáveis, o comentário da Maria João no seu último post sobre o tópico é muito interessante, isto porque foca o essencial sempre sobre o prisma errado, vejamos: i) «mania de perseguição dos não transaccionáveis é herdeira directa (só mudam os protagonistas) da anterior mania das obras públicas como motor de crescimento», e eu que pensava que a mania das obras públicas como motor de crescimento tinha contribuído decisivamente para tornar a nossa economia demasiado voltada para o sector dos bens não transaccionáveis; mas contínua ii) «As pessoas que arrisquem, num sector ou noutro, que o mercado há-de premiar as boas ideias», muito bem, é exactamente isso que se pretende, risco em todos os sectores, é preciso é recordar que o Estado desvirtuou durante muitos anos o mercado, contribuindo para diminuir os riscos em largas franjas do sector dos bens não transaccionáveis o que incentivou, para mal dos nossos pecados, que muitas pessoas tivessem optado por esse sector em desfavor do outro.
A propósito dos acontecimentos recentes relativos à crise da zona Euro, recordei-me disto: «The Greek government played it relatively straight but Portugal’s crisis management has been, and remains, appalling. José Sócrates, prime minister, has chosen to delay applying for a financial rescue package until the last minute. His announcement last week was a tragi-comic highlight of the crisis. With the country on the brink of financial extinction, he gloated on national television that he had secured a better deal than Ireland and Greece. In addition, he claimed the agreement would not cause much pain. When the details emerged a few days later, we could see that none of this was true. The package contains savage spending cuts, freezes in public sector wages and pensions, tax rises and a forecast of two years’ deep recession. You cannot run a monetary union with the likes of Mr Sócrates.»