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Governo revê previsões e espera agravamento da taxa para 15,5% este ano e 16% em 2013. Estas previsões valem o que valem, mas é preferível tê-las em linha com as estimativas das restantes entidades internacionais do que insistir em cenários totalmente irrealistas.
«Diminuir salários não é uma política, é uma urgência». E é algo que no contexto da área euro em que nos inserimos e face aos desequilíbrios existentes iria sempre acontecer, independentemente da vontade política. Claro que dizê-lo abertamente, como faz António Borges, é caminho certo para tornar-se persona non grata junto da opinião pública, a mesma opinião pública que pede para os governantes falarem a verdade. Borges que formalmente não é governante, mas informalmente é como se o fosse, outra peculiaridade portuguesa. E assim temos o governante que não é governante a dizer a verdade que as pessoas dizem querer ouvir mas que no fundo não querem. O que os portugueses gostam é de discursos deste género: Portugal arrisca pôr-se a caminho do Terceiro Mundo, diz Teodora Cardoso. Sempre que se fala de diminuição dos custos unitários do trabalho lá vem a ladainha de que não podemos competir com a China. Esqueçam a China, o nosso problema é com a Alemanha, país com o qual partilhamos a mesma moeda - coisa que, para os mais distraídos, não acontece com a China -, e está bem presente neste simples gráfico:
Governo prepara corte na Taxa Social Única para jovens. A confirmar-se, é o Governo a fazer mea culpa. Como escrevi há não muito tempo a propósito da decisão de não cumprir a promessa eleitoral de baixar a TSU: «foi um erro grave que este Governo cometeu e do qual virá a arrepender-se, se é que já não se arrependeu».