Rumo à bancarrota oficial
O endividamento de Portugal atingiu os 111,7% do produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano. Precisamos de mais tempo para nos endividarmos ainda mais.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
O endividamento de Portugal atingiu os 111,7% do produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano. Precisamos de mais tempo para nos endividarmos ainda mais.
Lembrei-me disto: «Aquilo que mais me revolta é ver outros primeiros-ministros, que tomaram posse depois do atual primeiro-ministro, como aconteceu com o primeiro-ministro em Espanha, e que já conseguiu mais um ano para proceder à consolidação das contas públicas». E também disto. O engraçado é que esta gente está a ver o governo espanhol repetir muitos dos erros que Sócrates cometeu por cá e alegram-se com o caminho seguido por nuestros hermanos. Aprender com os erros do passado não é lá com eles. Mudar passa sempre pela "destruição" de algo, o problema é que os socialistas não querem mudar nada e é essa ilusão que vendem ao eleitorado. Os outros que mudem para nos mantermos imutáveis. Chamam-lhe solidariedade.
O tipo que pede «estabilidade no discurso» aos outros é o mesmo que sempre que pode tenta colocar em causa o programa de ajustamento que o seu próprio partido assinou. Estabilidade no discurso dos outros, instabilidade na nossa acção?
1. FMI quer cessar ajudas à Grécia, que poderá abrir falência em Setembro
2. Saída da Grécia da zona euro «é possível e já não assusta»
Crise faz disparar procura de cartões de crédito em Portugal
Concordo com muito do que Pedro Braz Teixeira escreve aqui. Mas para já no exterior não há plena consciência da decisão que saiu das cabecinhas pensadoras do juízes do Tribunal Constitucional. E não há porque ainda predomina o efeito da excelente estratégia de comunicação, acompanhada necessariamente pela apresentação de alguns resultados positivos, que foi adoptada pelo nosso Governo. Mas, na melhor das hipóteses, quando as consequências da decisão do TC começaram a fazer efeito, e excepto se existir uma alteração substancial na governação da zona Euro, podem ter a certeza de que não escaparemos incólumes.
Sem corte de subsídios, o caminho passará cada vez mais por aqui: Desemprego entre os professores subiu 151% só num ano. Para já, o governo está a reduzir as contratações de pessoal, mas dificilmente bastará fazer só isto sem tocar no pessoal do quadro - e digo isto com tristeza, genuína tristeza, porque até por aqui se percebe como há motivos mais do que suficientes para aceitar a bondade do corte de subsídios aos funcionários públicos. Assim, a sociedade arrisca-se a ficar com menor quantidade e pior qualidade na prestação de serviços públicos do que se justificaria. E para estes desempregados, reconhendo a dificuldade que é mudar de vida, é certo que não será como «docentes do ensino secundário, superior e profissões similares» que a maior parte deles voltará a ter sucesso no mercado de trabalho. Mas quanto a isso acho que os próprios estão mais do que avisados.
Mariano Rajoy pode aprender com Portugal. Segundo alguns por cá, são os espanhóis que nos dão lições. Entretanto: Juros da dívida de Espanha já superam os da Irlanda em todos os prazos.
Pelo andar que isto leva, parte de mim até gostava de ver satisfeito o dr. Soares. O PS que voltasse imediatamente ao poder: o rumo seria mais ou menos o mesmo e um provável pior desempenho, ainda que ligeiro, da nossa economia devido à governação socialista seria compensado tremendamente pelo facto de deixar de gramar diariamente com as asneiras do dr. Soares e outros que tais. Salvo seja, que bem sei que a bateria das asneiras voltaria a ficar apontada para a dama de ferro alemã e o nosso Governo deixaria imediatamente de ser o máximo responsável pelo estado do país.