We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Esta, que merece destaque em quase toda a imprensa nacional e muitos comentários críticos da turba enraivecida, com acusações de «cunha» à mistura. Sem discutir a justificação para a existência de apoios do Estado - ou a falta de senso em publicar anúncios com candidato escolhido à partida -, só quem desconhece totalmente os procedimentos de contratação da maior parte das empresas é que ignora que estas recorrem, na maioria dos casos, aos apoios financeiros do IEFP quando já têm um candidato escolhido previamente e que o IEFP, naturalmente, dá seguimento às pretensões da entidade empregadora (nota: em relação ao caso concreto que gerou a polémica, até não me admiraria que a candidata referenciada estivesse a ocupar exactamente a mesma vaga na mesma empresa ao abrigo de outro programa do IEFP, o dos Estágios Profissionais). É assim há muito tempo e dificilmente poderia ser de outra maneira, a não ser que se julgue que o Estado deva forçar as empresas privadas a aceitarem os candidatos que os técnicos do IEFP bem entenderem enviar. De resto, basta dar uma vista de olhos por boa parte dos anúncios de oferta de emprego disponíveis na internet para encontrar como requisito para aceitação da candidatura que o candidato reúna as condições para usufruir dos apoios do IEFP. Maior clareza sobre a forma de funcionamento do sistema não podia existir. Resta o aviso para quem está à procura de trabalho: não vale a pena esperar que o IEFP arranje um emprego caído do céu, é preciso ser pró-activo e ir directamente às empresas. Mas se nesta altura do campeonato há quem ainda não tenha percebido isto...
Se há coisa que António Borges sabe fazer é contas: ao contrário do que tem sido sugerido, o modelo de concessão divulgado pode ser considerado excelente se o objectivo do Governo é maximizar a receita imediata do Estado no que toca à resolução da questão RTP. Está longe de ser é o melhor negócio para o consumidor e contribuinte*. Na EDP passou-se o mesmo: o Estado arrecadou uma receita fantástica no imediato com a privatização da mesma, mas passou parte da factura ao consumidor e contribuinte, deixando que a valorização que os chineses fizeram da empresa levasse em conta a existência de rendas excessivas. O que move este Governo é a maximização da receita no curto-prazo e para isso, se necessário, não se coíbe de esmagar o zé povinho. E essa é uma realidade triste quando estes mesmos governantes não demonstram ser igualmente eficientes quando o que está em causa é a minimização da despesa.
* por outro lado, é o negócio que melhor serve os interesses da SIC e da TVI, bem como dos grupos privados de capitais nacionais interessados em ficar com a RTP.
Tem razão João Távora sobre o fenómeno Marcelo. Relacionado com o tema, ainda há uma semana as alcoviteiras socráticas do twitter - entenda-se: na sua devida escala, não falta quem queira fazer no pequeno palco do twitter o que Marcelo faz no grande palco da TVI - punham em causa a credibilidade do comentador da estação de Queluz. Hoje, deliciavam-se com os pormenores de Marcelo sobre o affair RTP como se fossem a coisa mais credível do mundo, excepção feita à referência a esta história que muito as irritou. Há um método na forma de fazer comentário do professor Marcelo. Um método bem sucedido.
A esmagadora maioria da comunicação social está contra a privatização da RTP. O que nesta se escreve, vê e ouve sobre o tema, sendo o caso mais flagrante o do Expresso, é deprimente, por estar recheado de falsidade, má-fé e passar a ideia clara de que para travar a privatização da RTP, para esta gente, vale tudo, até tirar olhos. Relacionado com isto, Carlos Guimarães Pinto diz que a capa do Expresso retrata a «ignorância económica da imprensa», eu digo que o Carlos é, no caso em concreto, ingénuo.
«Esse debate não pode é ser enviesado agora para se saber se deve ou não deve haver a privatização, porque a privatização foi sufragada pelos portugueses no acto eleitoral, ao darem a maioria ao atual Governo». Não devia ser preciso, mas pelos vistos é necessário explicar esta evidência a algumas alminhas - das quais destaco o comentador da estação de Carnaxide e colunista do Expresso, Miguel Sousa Tavares - que dizem não compreender quem mandatou o actual governo para privatizar a estação pública. Acham que a coisa caiu do céu, andam distraídas as alminhas. Fiquem a saber: foi o povo português. Habituem-se. E, acho que é de aceitação geral, aos políticos deve ser exigido que cumpram o que prometem. Já o dr. Aguiar Branco, autor da frase que inicia este post, faça o favor de ir explicar ao seu colega de Governo, o ministro sem pasta Borges, que uma concessão não é uma privatização.
Cada vez pior. A necessidade de contentar todos os lóbis continua a favorecer más soluções. E julgam que devemos aplaudir porque vão baixar os custos? Sim, mas de que forma? Para começar, iríamos ficar com menor oferta televisiva, uma vez que ficaríamos sem um dos canais em sinal aberto. Depois, mantêm essa coisa do "serviço público" sustentado pelo contribuinte, que mais não é do que uma forma de manter a mãozinha do Estado no canal, o que dá sempre muito jeito ao poder instalado. E, para terminar, a RTP continuaria pública e no fim da concessão tudo poderia regressar ao ponto de partida. Aliás, já imagino a história do hospital Amadora-Sintra all over again. Cada vez tenho menos pachorra para aturar esta gente. Toda esta gente.
Digo mais, será outro motivo a acrescentar aos que já existem para este Governo demitir-se. E, para simplificar as coisas, escusamos de ter eleições, é pôr os juízes do Tribunal Constitucional no poder para serem eles a equilibrar as contas públicas do país. Além do mais, compreende-se que os socialistas irritem-se com a mera hipótese de introdução da regra de ouro na Constituição da República Portuguesa, a esperança é que o quadro constitucional actual constitucionalize o défice permanente.