We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Na sequência disto. De um lado, a saida do Hulk vem sendo preparada há muito. Do outro, não estão minimamente preparados para a saida do Witsel, ainda por cima no seguimento da saída do outro centrocampista titular da equipa. Ainda assim, e olhando para os valores em causa, fica em evidência uma coisa: Porto e Benfica (até o Braga à sua escala), para além dos milhões da champions, realizam mais valias significativas com as vendas de alguns dos seus jogadores. Entretanto, o Sporting caminha para a insignificância.
Melhor que eliminar 4 feriados é eliminar 52 dias habitualmente de descanso. Uma medida radical, mas que demonstra o esforço sobre-humano a que troika gostaria de submeter os gregos para estes permanecerem na zona Euro. De resto, sabendo que o corte de subsídios a funcionários públicos tinha como objectivo a baixa salarial na economia portuguesa e a sua substituição por um imposto não replica esse efeito, pelo contrário, no sector privado irá ser um empecilho a diminuições salariais, gostaria muito de saber o que andará pela cabeça dos homens de negro que estão a tratar do caso português. E não deixa de ser notável que por esta altura ainda não façamos a mais pequena ideia do que irá substituir o corte de subsídios declarado inconstitucional. Por outro lado, sei muito bem o que os juízes do Tribunal Constitucional tinham na cabeça quando tomaram aquela decisão: nada, um vazio absoluto, uma ignorância brutal sobre aquilo a que a sua decisão nos poderá/irá submeter. Em países como Portugal, Espanha e Grécia, não há só um problema de contas públicas, mas também um problema grave de competitividade, expresso na problemática do défice externo. A resolução deste último problema vai dar tantas ou mais dores de cabeça do que o primeiro.
1) A troika chegou a Portugal com um Governo de Sócrates que prometia no PECIV um défice de 3% em 2012.
2) A troika fez a sua análise das contas públicas nacionais e subiu esse mesmo objectivo para 4,5%.
3) PS, PSD e CDS assinaram o memorando de entendimento com essa meta definida.
4) Depois de assinado o memorando e com novo Governo eleito, foram descobertos buracos e desvios que fizeram disparar ainda mais o défice.
5) Colocava-se um novo problema: o memorando estava desactualizado e o esforço para atingir as metas definidas teria de ser muito maior. Como resolver tal situação?
6) Renegociar uma coisa recentemente acordada só se fossemos malucos e quiséssemos ser imediatamente colados aos gregos.
7) Em 2011, para além do recurso a uma sobretaxa extraordinária, a coisa resolveu-se com uma aldrabice: o fundo de pensões da banca.
8) Em 2012, houve um esforço acrescido - bem presente no corte de subsídios a funcionários públicos e pensionistas -, mas desde a primeira hora que se sabia ir ser muito difícil atingir a meta acordada.
9) Mas a Portugal interessava que para o exterior não passasse a ideia de que a culpa pelo não cumprimento do memorando era responsabilidade nossa, como evidentemente e maioritariamente é. Os buracos e desvios que foram descobertos no défice pós-assinatura do memorando não foram culpa da troika, nem da receita da troika.
10) Logo, deixa-se arrastar a coisa e em momento oportuno atira-se o não cumprimento do défice como responsabilidade da troika, tal como faz Ferreira Leite, o Presidente Cavaco, boa parte da nossa classe política e opinadores em geral. A troika fica como o bode expiatório que, aceitando que a sua receita falhou e era irrealista, vai dizer ao Governo que pode obter outro défice que não o acordado.
1. Louçã, na SICN, ao mesmo tempo que crítica as metas do memorando, crítica a subida da dívida que se verificou no último ano. Curioso, um professor de economia devia saber a relação entre défice e dívida. Também por isso, contra ventos e marés, qualquer que seja a vontade de muitos que por ai andam, o défice vai baixar. Quanto mais não seja porque a certa altura, seguindo pelo caminho da irresponsabilidade, o Estado irá ter de assumir que não consegue pagar a dívida - o propósito de Louçã - e a partir desse momento não existirá forma de financiar qualquer défice. De resto, sobre a evolução do dito cujo, recordemos: 10,2% em 2009; 9,8% em 2010; 7,8% em 2011 (sem fundo de pensões da banca); e, provavelmente, qualquer coisa à volta dos 6% este ano. Não são os 3% de défice para este ano que Sócrates nos garantia o ano passado, mas sempre é melhor que nada. E não esqueçamos: devemos ter o superavit como objectivo. Vai doer? Ó se vai.
2. Seguro, tudo indica, vai ver ser aplicada a estratégia que definiu desde sempre como sua. Meta do défice para este ano aligeirada, mas necessidade de maior esforço para anos seguintes. Por isso, não deixa de ser curiosa a argumentação que usa para passar a ideia de ruptura com o Governo e a troika. Pretendendo parecer coerente, inventa uma história fantasiosa: a de que seria possível chegar ao final deste ano com o mesmo défice que teremos através de medidas menos duras do que as que foram tomadas. Acredita quem quiser, eu limito-me a dizer que estamos perante uma argumentação pouco séria. Se o PS acha que a solução passa por não baixar o défice, diga-o. Não há necessidade de aldrabar.
3. Carlos Botelho cita aqui Manuela Ferreira Leite e usa-a para atacar um certo discurso do Governo. Confesso que em alguns casos não compreendo muito bem a relação estabelecida, até porque a ex-líder social-democrata foi recorrentemente vítima da histeria e gritaria típicas de uma sociedade que opta frequentemente pela barulheira para matar qualquer hipótese de debate sério de ideias. Por outro lado, permitam-me uma pergunta: acham mesmo que há assim tanta diferença entre o pensamento de, digamos, um António Borges e o de Manuela Ferreira Leite e Cavaco Silva? Por favor, estão alinhadíssimos. De resto, julgo estarmos perante uma mistificação: só o discurso e algumas medidas tomadas pelo Governo é que permitem que hoje estejamos em condições de atirar responsabilidades por uma qualquer revisão de metas para a troika. Foi sempre essa a ideia. Só não percebe quem não o quer perceber.
Alegre ataca Amado e pede "separação de águas" no PS. Bem sabemos para onde é que Alegre acha que as águas devem correr. Contudo, na oposição, o PS faz de conta que está mais alinhado com aqueles à sua esquerda do que com o Governo de "direita". No poder, como se viu num passado bem recente, se necessário, recorre aos partidos de "direita" para governar, que os à sua esquerda antes preferem ver o PS fora do poder para ser substituido pelos partidos de "direita". Luís Amado, nesse sentido, está muito mais alinhado com a corrente do rio tal como ele é e vai continuar a ser. Se bem que ter um BE no poder, em posição minoritária, coligado com o PS é algo que muito gostaria eu de ver. Nem imaginam a estabilidade que antevejo a tal coligação.