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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Da mais pura má-fé

Borges admitiu que esta diferença está na origem do descontentamento. “A crise é mais injusta, mais penosa e mais difícil e leva mesmo a sentimentos profundos de revolta que todos devemos sentir”, afirmou na abertura do encontro da Pastoral Social este sábado, acrescentando que “não foram os mais pobres” a beneficiar da política do Governo de Pedro Passos Coelho. Quem ouve as palavras de António Borges percebe que este se refere às políticas erradas do passado que estão na origem desta crise. Crise que, obviamente, não afecta todos por igual (por exemplo, os desempregados estão entre os que mais sofrem com a crise e estão longe de terem sido os que mais beneficiaram com as políticas erradas do passado, se é que beneficiaram alguma coisa). Basta alguma honestidade intelectual para perceber o que Borges quis dizer. Lendo a imprensa portuguesa, sendo que o Público está longe de ser caso único - o próprio faz referência a uma notícia da SIC; a TSF escreve que «António Borges entende que não foram os mais pobres a ganhar com a política do Governo»; e no dinheiro Digital diz-se que «O consultor do Governo António Borges reconheceu que a distribuição dos sacrifícios tem sido desigual, estando uns a ser beneficiados e outros prejudicados pela política do actual Governo» -, o que se nota é que as palavras de António Borges, num exercício da mais pura má-fé - são tantos os casos em que isto acontece que é preciso muita ingenuidade para acreditar em erros de interpretação -, são completamente deturpadas. Não quero ser confundido com o intérprete de Borges como o Pacheco Pereira era da Manuela, mas uma coisa vos digo: com "intérpretes" jornalisticos destes é que não vamos longe.

De do do do, de da da da

They're meaningless and all that's true. «Os serviços da Presidência da República identificaram um erro no texto publicado em Diário da República sobre a controversa Lei da Limitação de Mandatos em 2005. A notícia foi avançada na edição online do Jornal de Notícias, que adianta que os serviços da Presidência da República descobriam que houve um erro na publicação da lei com a troca de um “de” por um “da” da Lei de Limitação de Mandatos» [fonte]. Sou dos que acha que nunca houve intenção do legislador de impedir que um determinado presidente da/de (riscar o que não interessa) Câmara estivesse impedido de se candidatar à mesma função noutra autarquia. Mais: nem acho que fizesse sentido essa limitação. Dito isto, esta da troca do "da" pelo "de" é a cereja em cima do bolo de um processo todo ele vergonhoso, mas sintomático de como se fazem as coisas em Portugal. Mas o que realmente gostava de realçar é isto: também não gosto de Menezes, sobretudo esse, mas derrotem o homem nas urnas e deixem de pretender usar a justiça para o afastar da corrida ou atacá-lo politicamente. Disputas internas de poder no PSD arrastadas para o palco da política nacional desta forma só diminuem os intervenientes. Paulo Rangel, pessoa por quem tenho o mais sincero apreço, neste caso em concreto tem andado francamente mal. E note-se: Rangel pede a clarificação de uma lei que o próprio gaba-se de ter redigido. Notável, não?

Quem mais ordena

Junta-se a vontade do dr. Leal "Taliban" da Costa com as pressões do Dr. Pires "Unicer" de Lima e do lóbi do vinho muito acarinhado pelo CDS e deparamo-nos com uma lei ridícula que expõe uma das muitas fragilidades deste Governo. Os grupos de pressão com acesso facilitado aos ministros deste Governo são quem mais ordena. Que é como quem diz que para o Governo uns são filhos e outros são enteados. O que nos vale é que já nem fazem por esconder isso, é tudo muito transparente e clarinho.

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