We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
No sistema sul coreano desenvolveu-se a Samsung, a Hyundai, a LG e a Kia, para dar alguns exemplos. No sistema norte coreano desenvolveu-se a bomba atómica. Agora, seguem o modelo Pedro Nunos Santos: ameaça-se com a bomba atómica na esperança de que os ameaçados partilhem com eles alguns dos recursos que o sistema norte coreano não consegue gerar.
Nota: custava muito aos norte coreanos seguirem o exemplo chinês? Talvez custasse tão só porque o sistema chinês aguentou relativamente bem o impacto da abertura da sua economia ao mundo e o norte coreano, até pela presença da Coreia do Sul logo ali ao lado, ruiria que nem um castelo de cartas.
Em Itália estão a desenvolver uma nova forma de democracia: governa quem não foi a votos ou tendo ido a votos tenha ficado longe dos mais votados. Se bem que ainda não percebi muito bem qual é o objectivo da máfia política italiana, se continuar a deixar a responsabilidade pelas medidas dificeis que são necessárias tomar para alguém que não esteja associado aos partidos do poder - a ideia inicial -, se não ter pura e simplesmente um Governo legitimado e com isso continuarem a arrastar no tempo a necessidade de tomarem as medidas que se impõem. A situação é deste tipo: de Bruxelas ninguém dá indicações ao nosso Governo porque pura e simplesmente não temos Governo. Acredito que agora seja mais isto. A guerra política deixou de seguir as regras tradicionais, estamos no campo da política de guerrilha.
Na notícia destacam os indecisos, mas para mim o mais relevante é mesmo a liderança nas sondagens de Berlusconi. Por lá, também não deve faltar quem ache que o homem é «brilhante», que está «em plena forma», enfim, um «animal da comunicação». Estas observações, mais do que qualificarem aquele a quem se dirige, qualificam aqueles que as produzem e revelam, por serem em menor ou maior grau de aceitação geral, a cultura de um povo. Noutras latitudes, onde não foi, nem será, necessário recorrer à troika, tratariam estes «animais políticos» por aquilo que são: demagogos populistas. E seriam, sem apelo nem agravo, imediatamente chutados para um canto. Nos países latinos, por outro lado, são o exemplo perfeito do homem político de eleição. Perceba-se: só são bem sucedidos porque larga franja do eleitorado quer ver num político as qualidades que esta gente evidencia. Infelizmente, onde tanta gente vê qualidades, só vejo defeitos. Mas são animais, sim: cobras venenosas que devem ser mantidas à distância.
Dívida pública engorda mil milhões de euros em 13 dias. «No que respeita à dívida, o Governo tem conseguido fazer engordar o respectivo rácio, agravando assim a responsabilidade que terá de ser assumida pelos contribuintes actuais e pelas “gerações futuras”», lê-se. Espectáculo. Aparentemente, este Governo tem gasto dinheiro como se não houvesse amanhã. Mas é só aparentemente, pois a mesma notícia que sugere que a responsabilidade é do actual Governo - um espectáculo o nosso jornalismo -, acaba por concluir: «Existe muito mais dívida ainda por reconhecer e que o será quando o Eurostat assim o decidir». Ah, portanto falamos de dívida que tinha sido varrida para debaixo do tapete e que agora está a vir à superfície. Quando é que foi varrida? Por quem? A que propósito?
O PSD e o CDS quando foram para o Governo deixaram-se enlear na conversa de que de pouco valia andar a discutir o passado. Pois bem: ontem adormeci e hoje acordei com o país a discutir o passado. Temos, portanto, um país a debater tudo o que já havia sido debatido há dois anos, com os mesmos argumentos - e mentiras - de então, mas com a memória do auditório a quem se dirige o debate muito menos fresca. Sinceramente, não tenho paciência para voltar ao mesmo debate e à mesma teia de mentiras. De resto, é isto: Fool me once, shame on you; fool me twice, shame on me. A culpa já não é de quem «toma a palavra», a culpa é de quem lhe dá valor.