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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Radiografia autárquica

1. Um presidente da Câmara de Portimão que nada sabia das negociatas que faziam elementos da sua direcção e que desata-se a rir quando confrontado com a história do seu vice-presidente que, no decorrer de uma investigação, engoliu um papel potencialmente incriminador. Vice-presidente esse que prepara-se para ir de pulseira electrónica para a sua bela moradia de luxo construída com dinheiro vindo sabe-se lá de onde. A proliferação da construção desse tipo de moradias para habitação de políticos vários e de outra gente que ronda o poder - permitam-me dar um exemplo: veja-se o caso da Madeira -, de tão banal, até começou a passar desapercebida. Era bom que isso mudasse, pois basta prestar atenção aos sinais exteriores de riqueza para não faltar gente em Portugal que merece ser investigada. Enfim, bem sei que a lei do enriquecimento ilícito tinha esta gente em mente, mas permitam-me considerar que uma investigação séria e profunda de toda esta boa gente pode realizar-se sem necessitar dessa lei estúpida, como espero que o caso de Portimão o comprove (caso que parece ter tido origem numa denúncia anónima, meu Deus, as asneiras que ouvi dizer sobre denúncias anónimas a propósito de um caso recente que teve grande destaque mediático em Portugal). 

2. E, no entanto, a maior parte destes políticos são populares? Porquê? Compra "indirecta" de votos. É o brasileirinho «rouba, mas faz». A habitação social, por exemplo, é um dos instrumentos usados para isso mesmo. Algo relacionado, tomo nota de uma história edificante em Vila Franca de Xira - julgo não errar na localidade, mas a minha memória pode estar a pregar-me uma partida -, onde os serviços da câmara parecem ter tido a lata de indicar uma senhora negra para um bairro social onde só habitam pescadores brancos. O bairro foi prometido aos pescadores. E os filhos dos pescadores, os netos e sabe-se lá mais quem? Porquê que não têm prioridade sobre a senhora negra? Interrogam-se os pescadores. Aquilo não é um bairro para habitação social, não, aquilo é o condomínio público-privado dos pescadores. E os pescadores são brancos. Digam não a senhoras negras no bairro "deles". "Deles", pago por nós. Até para fazer a apologia do racismo e da segregação social. Ainda se o problema estivesse só nos autarcas e não no povo, não é? O eleitorado, como se sabe, nunca tem culpa de nada.

3. Como não há duas sem três, segue-se para uma taxa turística em Aveiro. É um caso menor, comparado com os dois já mencionados, mas, ainda assim, interessante. A reportagem dava mais exemplos, mas fico-me pelo seguinte que é elucidativo: queres andar de barco moliceiro na ria de Aveiro? És bebé e pensavas que ias ter uma viagem de borla patrocinada pelo operador privado? Enganas-te que isto de teres acabado de nascer não te livra da enorme dívida que já carregas às costas. Paga um euro à Câmara Municipal de Aveiro, uma das mais endividadas do país, e não chores. Portugal é isto. Ao ponto de um dos sítios também referido na reportagem para aplicação desta ideia da taxa turística ter sido a inevitável cidade de Portimão, afinal, há uma bollywood local para pagar. Investimento que irá trazer milhões. Ou, pelo menos, assim foi vendido.

4. Tudo isto no noticiário de hoje à noite da SIC. Bem sabem que gosto de bater na nossa comunicação social, mas há dias em que também ela gosta de me recordar vivamente o motivo pelo qual devo estar muito grato pela sua existência.

À espera do milagre

A troika tem dúvidas. Eu não as tenho. É prestar atenção à voz grossa utilizada por todos os lóbis. É ver os ratos que já saíram da toca porque sabem que agora podem recriar uma nova narrativa. É ver os outros ratos que abandonam o barco. É conhecer os partidos por dentro e saber que a principal motivação dos que por lá andam é a manutenção do poder. E as primeiras eleições estão ai ao virar da esquina. É ouvir os comentadores do regime. Os comentadores de sempre. Os políticos de sempre. Os parceiros sociais de sempre. O status quo. O Tribunal Constitucional unido, jamais será vencido. Ler a comunicação social é entrar num mundo de doce ilusão. É ouvir o governo. É prestar atenção ao que o governo faz, mas principalmente ao que não faz. O governo está no ponto. Está onde sempre o quiseram deixar. É preciso flexibilizar o défice. Deixem de escavar. Não queiram cortar salários aos funcionários públicos e baixar pensões. Não queiram despedir. O défice sobe. É a prova do completo falhanço da política governamental. Preso por ter cão e por não o ter. O governo foi triturado e mastigado. Só falta cuspi-lo fora. Mas não há crise. Don't worry, be happy. Até por isso, daqui para a frente a nossa vida tem tudo para melhorar. E pelo sim, pelo não: mais jardins floresçam. É keynesianismo puro e ainda nos garante locais de culto onde ir rezar. Rezem muito. Um milagre precisa-se.

Ar puro (LXXIII)

Desta cena.

 

Desta cena.

 

Gosto muito destas duas cenas: captam perfeitamente o espírito do filme respectivo e provocam aquela sensação de que estamos perante actores que parece que não estão representando, ou seja, genuinidade. Em ambos os casos, é a partir delas que fica estabelecido definitivamente o ponto entre os que se preocupam e gostam dos personagens e os que não se preocupam. É ali que decidimos se abraçamos os filmes ou desistimos deles. E eu abracei os dois completamente. Entretanto, o Linklater, num dos mais interessantes projectos cinematográficos que conheço, levou o Jesse e a Celine ao terceiro e derradeiro capítulo, dezoito anos depois do primeiro filme. Por outro lado, em Blue Valentine, Cianfrance suspendeu as filmagens por um mês, durante o qual os actores continuaram a viver juntos na mesma casa, para que estes perdessem o encanto de quem acaba de se conhecer e entrassem na fase em que estão cansados de estar um com o outro, o que no filme correspondia a um período de cinco anos. Cianfrance confessou que pretendia que a suspensão das filmagens durasse cinco anos, só lhe deram um mês. Não que a coisa tenha corrido particularmente mal, apesar de ter os seus defeitos, gosto de Blue Valentine, mas foi pena. No fundo, Cianfrance queria pouco mais do que 25% daquilo que foi possibilitado a Linklater.

A novela

1. Tribunal Cível declara-se incompetente para avaliar caso Seara

2. Tribunal Constitucional rejeita recurso de Luís Filipe Menezes

3. Não perca as cenas do próximo capítulo. No episódio especial final, em ambos os casos, ao contrário do que uma mera leitura do segundo título poderá indicar, será o Tribunal Constitucional a decidir se Seara, Menezes e restantes em igual situação poderão candidatar-se ou não.

4. Até ia escrever como tudo isto é uma vergonha e da especial responsabilidade dos brilhantes redactores da lei. Mas, pensando melhor, percebi que o principal sentimento que este tipo de novela provoca em mim é o de cansaço.

Excelente escolha

O cargo de presidente executivo da Fundação Francisco Manuel dos Santos vai ser ocupado, a partir de novembro, por Nuno Garoupa, professor de Direito na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. Um dos nossos melhores. Muitos gostavam de o ver como ministro, não me excluo desse grupo, mas confesso que ainda fico mais satisfeito por o ver num lugar de destaque, com capacidade de influência na nossa sociedade, com origem na sociedade civil e não sujeito às habituais lógicas político-partidária e dependências do Estado típicas do regime. Mais disto houvesse e o país estaria definitivamente melhor.

Paisagem

As greves gerais servem sempre para mostrar o único país que interessa para os meios de comunicação social: o país que vive do e para o Estado e o país das grandes zonas urbanas, sobretudo Lisboa logo seguida do Porto. O resto é paisagem. O país parou? Para quem vive fechado numa redoma e afastado da realidade, talvez tenha parado. No sector privado, foi um dia praticamente igual a todos os outros. É assim desde que há greves "gerais", esta não foi excepção.

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