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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Formalismo

Dirão que a decisão dos juízes do TC não excluiu a possibilidade de despedimentos na função pública, pelo contrário. Só não aceitam que se siga o caminho que o Governo escolheu. Ora, é possível levantar tantas condições para que se possa despedir que na prática está-se a impossibilitar o despedimento, ainda que se diga o contrário. E nestas coisas das decisões do TC o que me interessa são os resultados práticos das decisões anunciadas que os meandros da retórica argumentativa da malta do direito é coisa para me interessar muito pouco.

Um passo atrás para dar dois em frente

Não é preciso concordar com as políticas de outros para tentar compreendê-las. Fiquem só pelo texto destacado deste artigo de Fernando Sobral. No texto é atribuído ao «pequeno núcleo pensante do executivo» o objectivo de chegar àquilo a que autor julga que chegaremos com a política que está a ser trilhada. Fernando Sobral não só tem direito à sua opinião sobre os resultados a que chegaremos com a actual política como pode muito bem estar certo. Mas equivoca-se ao pretender assumir que os outros partem dos mesmos pressupostos que são os seus, não me parecendo difícil perceber que o que o «pequeno núcleo pensante do executivo» (e da troika) tem em mente é algo deste género (hoje vai com boneco):

 

(a vermelho, esboço do impacto esperado das medidas de flexibilização do mercado de trabalho face à sua ausência, a azul)

 

Isto parece a maior treta que viram na vossa vida? Acredito. Mas é nisto que um «pequeno núcleo pensante do executivo» acredita. E isto é tão claro se se perceber as teorias económicas que estão por trás do que está a ser feito que não precisam de lhes inventar outros objectivos e intenções.

Insiste

Um jornalista do Negócios, jornal que já elogiei por aqui e que vai fazendo por merecer todos os elogios, chegou à conclusão que 27% dos trabalhadores de determinada amostra viram o seu salário reduzido. A SIC, numa capacidade interpretativa digna da melhor escola do jornalismo nacional, achou por bem dizer à hora de almoço que os salários no privado caíram 27%. Podia tratar-se de um erro jornalistico igual a tantos outros. Contudo, à hora do jantar, continua a insistir no erro. Digam lá que isto não é extraordinário.

O Estado irreformável

O Estado não pode falir. O Estado não pode baixar salários. O Estado não pode despedir. O Estado é o melhor dos patrões. Palavra de Tribunal Constitucional. E sem lei da mobilidade especial e trabalhando para um patrão assim, bem pode o Governo avançar para um plano de rescisões amigáveis que o número de aderentes será residual. Além disso, a avaliar pela bitola dos actuais juízes, suspeito que o que o Governo pretende fazer no campo das pensões de reforma também será inconstitucional, pelo que sobra a mesma solução de sempre: recorrer ao contribuinte. Como o contribuinte não paga tudo, porque já não consegue, e não se podendo cortar significativamente nas despesas com pessoal e prestações sociais, vamos ter o Estado a cortar noutras despesas que não essas, comprometendo evidentemente a qualidade dos serviços que presta. Bem, mas como há quem ache que este tipo de decisões ajuda a explicar os dados económicos positivos que apareceram no segundo trimestre, confesso-me expectante, 2014 há-de ser um ano fantástico. Mas, pelo sim, pelo não, deixem-me ir comprar um bom livro sobre a história política e financeira da cidade de Detroit. Deve dar uma boa leitura.

Flexibilização salarial

Não há debate que provoque mais asneiras e demonstração de ignorância do que o do mercado de trabalho e da flexibilização salarial. Nos últimos trinta minutos li uma dúzia de textos, vindos das mais variadas pessoas; das mais variadas tendências; dos mais variados sectores; sobre o tema que conseguiram a proeza, todos, sem excepção, de provocar em mim irritação pelo seu conteúdo de tiro ao lado. Não sei se o tema é difícil de perceber ou se há quem não o queira perceber, mas sei que assim é difícil chegarmos a algum lado. Vou ficar-me por um, de uma pessoa habitualmente sensata e ponderada, a Helena Garrido, que escreve a certa altura: «um economista de mente aberta, colocado perante a observação de redução dos salários por efeito das forças do mercado, ficaria, não se pode dizer satisfeito, mas animado pela flexibilidade da economia. Um país que se adapta é capaz de ultrapassar as suas dificuldades mais rapidamente», absolutamente de acordo, mas, cara Helena, ou bem que há significativa flexibilidade salarial e, «usando a ferramenta mais popular entre economistas», os salários já foram parar ao ponto de equilíbrio de mercado; ou bem que não há e o grau de queda dos salários está longe de ter ajustado ao valor de equilíbrio do mercado. Sei que sou insistente, mas a esse respeito torno a lembrar isto: O Nobel da Economia defende que os salários dos países periféricos da Europa, tais como Portugal e Espanha, precisam de baixar entre 20% a 30% face aos da Alemanha. Isso, já aconteceu? Essa é que é a resposta que devíamos procurar. É que como o FMI não pode pôr-nos a aumentar a inflação, nem pode impor aumentos salariais aos alemães, resta-lhe pedir que flexibilizemos o nosso mercado de trabalho na expectativa de que os nossos salários baixem (ainda mais).

A crença no aluno masoquista

Acreditar que o Governo, sabendo existir diminuição salarial no sector privado, andaria a fornecer propositadamente dados viciados ao FMI para este chegar a outra conclusão que não essa é como achar que se o Governo soubesse que o défice e a dívida estavam a baixar teria interesse em fornecer dados viciados ao FMI para esconder tal situação. A lógica aparente que justificaria isto seria a tentativa do Governo esconder o sucesso das suas políticas, que são também as da troika, para as mesmas serem reforçadas por imposição exterior. É uma espécie de «bom aluno» que finge ser «mau aluno» porque tem tanto prazer em ter aulas que quer ter acesso às aulas extraordinárias dedicadas aos piores alunos. É o aluno masoquista. Enfim, a partir disto, o que sobra das tontarias que leio e ouço é a ideia, pelos vistos enraizada em muito boa gente o que os leva a acreditarem nas coisas mais estapafúrdias, de que os actuais governantes querem fazer mal ao país pelo simples prazer de fazer mal ao país. Assumamos que os dados fornecidos à troika não eram os ideais e a responsabilidade disso tinha sido do Governo: não era mais lógico concluir que estaríamos somente perante um acto da mais pura incompetência?

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