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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Primeiras impressões

1. António Costa fica com caminho aberto para a Presidência da República e António José Seguro para Primeiro-Ministro.

2. A humilhação de Seara era esperada, a de Menezes não. E, se ainda fosse necessário, torna a confirmar que as sondagens, sendo um instrumento importante em política, podem estar longe de espelhar a realidade.

3. O PS ganha merecidamente Gaia, tinha por larga distância o melhor candidato. Diga-se, a propósito disso, que a escolha de candidatos por parte do PSD foi um autêntico desastre.

4. Em Oeiras, fico feliz pela derrota de Moita Flores, mas triste por ouvir o nome de Isaltino Morais entre os vencedores da noite.

5. Grande vitória de Rui Moreira no Porto. A vitória de um independente na segunda mais importante cidade do país é um dos factos mais relevantes da noite. Aliás, a força dos mais ou menos independentes, ainda não se sabendo, por exemplo, como ficará Sintra e Matosinhos, é um dos dados a destacar destas autárquicas e que deverá fazer pensar os partidos. O CDS fez bem a colagem a Moreira e nesta noite eleitoral muito dos sorrisos que se vêem em rostos centristas devem-se a isso.

6. Leitura nacional? Muito se falou do assunto nos últimos dias, eu próprio fiz aqui uns posts a mostrar a cautela que se deve ter nessa leitura, mas é inegável que, para usar uma expressão popular, parte do eleitorado terá pretendido mostrar um «cartão amarelo» ao Governo e, sobretudo, ao PSD.

Formatar Portugal

A lei eleitoral e a interpretação que dela passaram a fazer levou a que nas últimas semanas, em plena campanha autárquica, os temas nacionais tenham tido mais relevância que os temas locais. A predominância de temas nacionais facilitou a agenda e estratégia de quem queria fazer da penalização do Governo nacional o mote da campanha autárquica. Nesse sentido, ontem, no anacrónico dia de reflexão - uma estupidez que devia acabar -, a campanha não esteve propriamente suspensa. Mas as leis têm destas coisas: quando se restringem demasiado a aspectos formais e ignoram os efeitos práticos, provocam situações verdadeiramente absurdas. E não se esqueçam que a mesma lei que permite que no dia de reflexão se faça do segundo resgate tema do dia, é a lei que, no entender das cabecinhas pensantes da CNE, proíbe o PM de dar uma entrevista na televisão por culpa do formato adoptado. Algumas cabeças pensantes do reino é que deviam ser formatadas.

Ar puro (CVII)

Murakami volta a ser o favorito nas casas de aposta para vencer o prémio Nobel da Literatura que será atribuído em breve. Indicio claro de que não o ganhará. Sabem aquelas listinhas do «top» qualquer coisa em que, ainda mal começamos a correr os listados, nos pomos logo a adivinhar quem estará em primeiro lugar e frequentemente acertamos por ser óbvio? Pois bem, a Academia Sueca tem sempre a tentação de ignorar propositadamente o óbvio. Por um lado pode ser bom, é muito difícil adivinhar quem ganha. Por outro lado é péssimo, porque a lista de vencedores dificilmente acabará representando aqueles que ficarão preservados para a eternidade. E muito maior do que qualquer Nobel é o prémio da imortalidade, ainda que enquanto vivo um escritor só possa, com certeza absoluta, fazer proveito de um deles. Em segundo lugar, aparece a norte-americana Joyce Carol Oates. Não lhe li um único livro, sendo que, se é para torcer por um vencedor norte-americano, preferia que ganhasse o McCarthy ou o Roth, esses sim escritores da minha eleição. Mas na literatura, como se sabe e é da tradição, segundo os iluminados da Academia Sueca, são os europeus que dão cartas. Um pouco como os ingleses, fechados na sua ilha, achavam dominar o futebol que tinham inventado até que um dia foram postos a concorrer directamente com outros povos e levaram um banho de realidade. Mas voltando a Oates, Harold Bloom - nota: que gostava da literatura de Oates -, num texto datado de 2003 em que destilava fel em relação a um prémio atribuido a Stephen King, não a colocou num conjunto reduzidíssimo de romancistas norte-americanos vivos e em actividade que mereciam ser louvados. Desse grupo constavam apenas Pynchon, McCarthy, DeLillo e Roth. Por sinal, de acordo com a cotação da Ladbrokes, todos eles também no top 20 dos escritores com maiores probabilidades de ganhar o Nobel. Qual a particularidade de Oates? É mulher. Na história do Nobel da literatura, em 109 autores laureados, só 12 são mulheres. Misoginia, talvez acrescentasse o Carlos. Mas a verdade é que eu não conseguiria, nem poderia, ir tão longe. Olho para a minha reduzida biblioteca pessoal, acrescento mentalmente todos os outros livros que li e não os tenho comigo, e chego à conclusão que o meu rácio de escritores lidos (limitado aos que poderiam ter ganho o Nobel, para a comparação fazer sentido) em relação ao número desses escritores que eram do sexo feminino é ainda pior do que o de laureados com o Nobel. Venha uma quota imposta a nível pessoal: o próximo livro que comprar, vai ter um nome feminino contemporâneo na capa. Como ainda estou indeciso, só vos digo que não será nem Rowlings, nem Erika Leonard, mais conhecida por E. L. entre os amigos, em quem o ano passado era possível apostar um euro na esperança de receber quinhentos caso fosse ela a vencedora do prémio Nobel. Por falar nisso, se é verdade que as mulheres no campeonato dos prémios ainda têm muito que pedalar, no da facturação a história é, evidentemente, outra.

Ar puro (CVI)

 

Há na simples ideia de ter o consagrado Woody Allen a filmar uma qualquer cidade só porque lhe pagam para isso, algo de profundamente deprimente. Incompreensível mesmo. Dá ares de mercenário. Dai que com gosto não conte que o realizador alguma vez venha a filmar em Portugal. Até porque tendo gostado de alguns dos últimos filmes do Woody feitos fora do seu ambiente natural, como Match Point ou Midnight in Paris, nunca mais foi tão brilhante como quando fazia da cidade que ama uma obra de arte. Se a Mary era de Filadélfia, o Woody é definitivamente de Nova Iorque. E é tão melhor quanto mais o objecto que filma lhe é próximo. Talvez por isso, entre Londres, Paris, Barcelona e Roma, seja fácil perceber que foi nos dois últimos sítios que se deu pior. Enfim, até poderíamos ter turistas - tenho as minhas dúvidas -, mas nunca teríamos Manhattan.

Noite eleitoral

Por aqui, amanhã, não existirá campanha. Não por respeitinho à CNE, mas tão só porque, de livre e espontânea vontade, há muito que o sábado é dedicado a temas onde a política pura e dura não entra. Portanto, só voltarei a falar de política no dia das eleições propriamente dito. E, nesse dia, assunto não faltará. Antes disso e para fechar este último dia de campanha, deixem-me que vos diga que já vi muita coisa desta feita por maus actores políticos, mas neste caso, apesar do timing suspeito, tudo me parece genuíno. E apesar de apelar sempre ao recurso à razão na análise da situação política e económica do país, a política também alimenta e alimenta-se de emoções e estas influenciam a nossa maneira de olhar para este ou aquele candidato, esta ou aquela política. Não há volta a dar. E nisso não sou diferente, nem tenciono ser. Dito isto, muito será dito sobre vencedores e vencidos no dia 29 de Setembro, mas se me querem proporcionar uma noite verdadeiramente alegre, peço ao eleitorado de cada uma das localidades respectivas que faça o favor de incluir nos vencidos, por não gostar de oportunistas políticos, Basílio Horta em Sintra e Abreu Amorim/Guilherme Aguiar em Gaia e, por não gostar de despesistas e governantes que fazem da dívida deixada aos outros a sua forma de actuação, Filipe Menezes no Porto; por outro lado, no rol de vencedores, gostava de ter Ricardo Rio em Braga, por pôr ponto final definitivo no mesquitismo que, enquanto forma de actuação política, só encontra paralelo no jardinismo e no menezismo; e, por fim, Rui Moreira no Porto. A derrota de Menezes, se fosse à custa de um Pizarro, não teria metade do sabor que conto experienciar no próximo domingo.

Negócios televisivos

Neste caso, os operadores privados têm toda a razão. Mas há uma solução óptima para o consumidor que ajudaria a resolver o problema: quer a SIC, quer a TVI, deviam ter direito a incluir dois canais temáticos na Televisão Digital Terrestre, ficando em situação de igualdade perante a estação pública, tal como deve ser (diga-se que esta coisa do Estado regulador e proprietário ao mesmo tempo deve levantar, por motivos óbvios, muitas dúvidas). Acrescente-se que nunca foi claro na implementação da TDT o motivo que levou a que oferta de canais em relação à situação anterior tivesse-se mantido praticamente inalterada. Há quem diga que foi para não estragar parte do negócio à Meo e Zon, mas não acredito que neste país se façam coisas dessas. Por outro lado, também só se compreende que estes não possam entrar no mercado, tendo tanta vontade de o fazer, se for para salvaguardar os interesses da SIC e da TVI. Ousasse este Governo fraquinho voltar a tentar enfrentar o lóbi dos canais privados instalados, como fez no ínicio do seu mandato, e caía em poucos dias.

Justa causa dos investidores internacionais para se lixarem para o nosso país

Afinal, não se passou nada. Finjamos acreditar, até porque o Governo tenta salvar a face e tal estratégia de comunicação não é especialmente, nem sobretudo, para consumo interno. É que isto de ter andado a anunciar como grande cartão de visita junto de investidores internacionais que tinha sido feita uma grande reforma laboral - amplamente consensual e, portanto, para vigorar durante longos anos - e depois descobrir-se, mais de um ano depois, que parte da reforma fica pelo caminho parece-me coisa chata. Diz que os investidores gostam de segurança e estabilidade. Dito isto, no Wall Street Journal confunde-se reforma laboral com austeridade: uma vez que o mercado de trabalho americano é super flexível, os americanos vivem em austeridade permanente há séculos, é isso?

Reformas estruturais são inconstitucionais

«A grande reforma estrutural do Governo deixou de o ser». Não sei se será bem assim, mas se a reforma já nem era particularmente grande, agora ainda mais pequenina passou a ser. Contudo, sublinhe-se a coerência do Tribunal Constitucional: a flexibilização do mercado de trabalho facilita o processo de ajustamento salarial no sector privado e nós sabemos que no actual contexto a pressão é para os salários baixarem. Ora, baixa de salários é coisa que não agrada aos juízes do Tribunal Constitucional. Despedimentos, também não. No privado, volta a ser mais difícil despedir: restam as falências e a diminuição de contratações ou outros expedientes para evitar maiores riscos futuros que afectem a capacidade da empresa de reagir a períodos menos bons. Em defesa dos direitos adquiridos, opta-se por favorecer uma taxa de desemprego superior. Para completar o ramalhete, temos este exercício extraordinário de hipocrisia: «o PS saúda o acórdão do TC», afirmou Zorrinho. Votou contra a lei o PS? Não, absteve-se, recorda o mesmo Zorrinho. Para terminar, diga-se que tudo o que é mexer a sério na estrutura da sociedade, mais propriamente nos pilares em que assenta a nossa actividade económica, pela interpretação da CRP feita pelos actuais juízes do TC, não é permitido.

 

Nota: não fosse ser assunto sério isto até teria graça.

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