Ar puro (CXXVIII)
Por falar em Wes Anderson, isto está muito bem feito.
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Por falar em Wes Anderson, isto está muito bem feito.
Da série «extraordinária cena de abertura para um filme»:
Foto: Ana Marques Maia
Community Bookshelf, The Kansas City Public Library
«Aumento do IVA teria os mesmos efeitos do corte nas pensões». Ferreira Leite a demonstrar a razão que assiste a César das Neves. Não vale a pena acrescentar um único ponto a mais ao assunto. Está tudo dito.
Tomás Vasques, no Facebook, escreve que o «Estado - este governo - vai pagar 30 milhões de euros de indemnizações para despedir os mais de 600 trabalhadores do Estaleiros de Viana do Castelo, de modo a privatizá-los por uma renda de 415 mil euros por ano. Com a capitalização de juros, nem com as rendas dos próximos 10 anos o Estado recebe o que paga agora. A isto chama-se privatizar por razões ideológicas». A isto chama-se asneirar por razões ideológicas ou, por outro lado, contas à socialista, esquecendo-se de incluir no deve e no haver aquilo que o Estado tem perdido todos os anos por causa dos ENVC, basta atentar nesta pequena informação: ajudas públicas atribuídas à empresa entre 2006 e 2011, não declaradas à Comissão Europeia, no valor de 181 milhões de euros. É preciso um desenho? Enfim, apesar das críticas que possam ser feitas ao negócio - e também tenho algumas dúvidas sobre o mesmo -, sorte teve o Estado em ter encontrado alguém que quisesse pegar naquilo. Aliás, o negócio era tão atractivo que a coisa só teve um concorrente. Porque será que é assim com a TAP, com o BPN, com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo? Porque será que é de outra forma com os CTT? Porque será? E, no entanto, há uns tolinhos - que ou não devem pagar impostos ou fazem-no por gosto, certamente -, que querem muito que o Estado continue a aguentar estas empresas. Por favor, se gostam muito de defender trabalhadores, tenham dó da malta que esgana-se a trabalhar para pagar impostos ao Estado, ok?
No Eurobonds for you. Só admira-se o iludido. [Sobre os ricos mais ricos, em 2012, foi assim: a revista Exame conclui que as maiores fortunas portuguesas somaram este ano 14,4 mil milhões de euros, uma queda de 17,5% face ao ano anterior - a verdade é que estes rankings revestem-se de pouca significância até porque as variações dependem, quase em exclusivo, da evolução de poucas e determinadas acções].
O problema do actual Governo é que, em boa parte, não a tem: por isso depois dá parte fraca.
Uma grande lata. Aceitava esse argumento do imposto se os pensionistas estivessem a receber em função daquilo que descontaram. Contudo, é evidente e sabido que não estão. O que faz com que aquilo que devia ser encarado por mim, os descontos que efectuo para a segurança social, como o pagamento de um seguro pessoal, tenha-se transformado efectivamente num imposto «furtivo» imposto à minha pessoa que serve para subsidiar os actuais pensionistas. De resto, ainda hoje outra instituição internacional tornou a recordar algo de que há muito tenho conhecimento: Tenho uma taxa de desconto não inferior, muito pelo contrário, à que tiveram os actuais pensionistas que servirá para tabalhar mais anos e receber muito menos. Os coitados dos actuais pensionistas estão «indefesos e à mercê da nova legislação sacrificial e expressivamente restritiva do seu direito à segurança social pois já não dispõem da oportunidade de organizar a sua vida de outra forma», pois acho que o que a gentalha de cabelos brancos que usa este argumento me está a dizer é: tu que podes organizar a tua vida, vai organizá-la daqui para fora. E, se ainda é para tentar tornar este país num sítio onde os jovens podem respirar, invés de serem burros de carga, nas próximas presidenciais agradecia que aparecesse gente com menos de 45 anos a concorrer. Obrigado. É que este país, tal como está, não é para novos.