We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Primeiro eram as eleições francesas que iam mudar a política «ideologicamente extremista» da Europa. Venceu quem os socialistas queriam que vencesse. Mas pouco mudou na política europeia: o socialista Hollande, pelo contrário, adoptou mesmo a política «ideologicamente extremista» como sua (a expressão de Assis é adorável, mas não se preocupem que assim que os nossos queridos socialistas forem para o governo descobriremos que o discurso extremado do actual PS não era para levar a sério). Depois eram as eleições alemães. Nem sequer ganhou quem os socialistas queriam. Ainda assim, Merkel para governar precisou de coligar-se com o SPD e as últimas novas que tivemos numa área tutelada por uma ministra do partido que partilha o partido político europeu com os nossos queridos socialistas foi esta. Agora, são as eleições para o Parlamento Europeu que são decisivas e vão mudar a política europeia (note-se que, para já, o mais certo até é terminarmos com a direita a dominar o Parlamento Europeu e Juncker à frente da Comissão Europeia, embora isso nem interesse tanto quanto isso). Alguém acredita? Enfim, sempre que alguém argumentar a favor da importância das eleições europeias para uma alteração da política que tem vindo a ser seguida pela Europa, das duas, uma: ou é eleitoralismo básico, de quem quer iludir para ganhar votos - atribuindo uma importância a uma eleição que não a tem -, ou é ignorância pura. O eleitor que decida.
Dá para perceber que não é tanto o que gostam de Sócrates, mas mais o que odeiam do actual governo que os faz agir assim. Claro que sim, a recordação de Sócrates tem dois efeitos: 1) lembra que não é este governo quem tem a maior fatia da responsabilidade pelo estado lastimável em que está o país; 2) é, apesar da tentativa de distanciamento de Seguro em relação ao animal feroz, um entrave ao crescimento eleitoral do PS. E isso é algo que quem detesta este Governo não pode suportar, porque Passos, sobretudo ele, tem de ser massacrado e tudo o que prejudique esse objectivo é para contestar. Da minha parte, há uma coisa com que não precisam de se preocupar: nas próximas legislativas, não irei votar em nenhum dos partidos que suportam este Governo. Mas não contem, nunca, que passe uma esponja pelo pior governação que o país conheceu nos últimos vinte e cinco anos. E, se esta coisa das petições for para levar a sério - prefiro não as levar, desculpem -, não mereceria isto reflexão: petição pela reestruturação: 9 mil assinaturas; petição pela recusa da presença de sócrates como comentador da RTP: 140 mil assinaturas (tinha 110 mil ao fim de dois dias).
No longo prazo, os que agora têm muito espaço de antena, Presidente incluído, estarão todos mortos. Os velhos de então, jovens de hoje, que gramem com as consequências óbvias do que ai vem (eles que já gramam forte e feio com as consequências da crise actual em salários mais baixos e desemprego). Só não vê quem não quer: é preciso reestruturar a dívida implícita com a segurança social. Ainda que a contragosto dos pensionistas actuais.
O Banco de Portugal não é credível, segundo o PS. Longe vai o tempo em que as contas do BdP, liderado pelo dr. Constâncio, até para um exercício especulativo de previsão de um défice ainda por acontecer calculado à centésima era intocável. O PS, nos últimos tempos, fruto da radicalização do discurso protagonizada por alguns dos seus deputados, adoptou uma posição de oposição frontal à instituição BdP (até podiam criticar aspectos da actuação do governador da instituição - por sinal nomeado por um executivo socialista -, Carlos Costa; mas isso já não basta: agora até as previsões saídas da instituição são alvo de tentativa de descredibilização; ao mesmo tempo, também deixaram de gramar a doutora Teodora Cardoso, presidente do Conselho de Finanças Públicas, quiçá porque a senhora deve ter-se convertido recentemente ao neoliberalismo ou coisa que o valha, isto depois de uma vida inteira ligada ao pensamento de sectores da esquerda em Portugal). Enfim, está-se a inaugurar uma nova forma de fazer política em Portugal. No novo espírito institucional dos índios socialistas, estamos perto de descobrir que não temos uma única instituição credível - interna ou externa - a fazer previsões sobre a economia portuguesa. Para nos guiarmos, temos de fazer fé nos números sugeridos ou atirados para o ar pelos índios socialistas.
[o que vai fazer crescer a economia é a procura interna: podem crer que vai ser um crescimento sustentado (alerta: ironia), mas as eleições aproximam-se e o governo precisa de ter sinais positivos para mostrar.]
1. Manuel dos Santos conta voltar ao PE (acreditem que ficou chateado pelo lugar em que foi colocado e por ter perdido o estatuto de eurodeputado, mas bem avisou «i'll be back».)
Não deixa de ser irónico que Manuel dos Santos esteja ali pertinho do socrático Silva Pereira, mas se num caso estaremos perante uma promoção - o nono lugar da lista do PS em principio assegura a eleição -, no outro estaremos mais perante um «vai para Bruxelas e desampara-me a loja». De resto, entre deixar cair Elisa Ferreira - a melhor do grupo de eurodeputados do PS nesta última legislatura -, Ana Gomes ou Edite Estrela - a «mais famosa» eurodeputada nas palavras da própria -, a socrática vai de vela. Seguro começou a fazer listas.