We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
O Governo aguentou os outros chumbos, agora tem de aguentar este também. Que o TC criou uma casta especial na sociedade portuguesa, já se sabia. Dizem, alguns, com manifesta falta de vergonha ou conhecimento, que o TC com estas decisões defende os mais fracos. Então não defende, tanto os defende que aposto que se o Governo subir o IVA, como se perspectiva como alternativa, dado o impacto que tal medida terá junto dos mais pobres, o TC também chumbará essa medida. Ou então não. Enfim, venham de lá essas alternativas.
Nota: casta da qual fazem parte os majestosos juízes do TC, porventura, também eles, parte integrante do grupo dos fracos.
O mediático: está em peso com Costa. Mas não julguem que o aparelho mediático é muito melhor do que o dos partidos. É o mesmo aparelho mediático que promoveu Sócrates a "querido líder"; é o mesmo aparelho mediático que promoveu Passos pela novidade/juventude. Agora é Costa, a nova moda. O problema do aparelho mediático é o mesmo dos partidos: está centrado em pessoas, em amores/ódios pessoais, foge da discussão de ideias.
Seguro depois da "grande" vitória do PS nas eleições europeias, corre na manhã seguinte a anunciar o voto favorável do PS à moção de censura que o PCP tinha dito que ia apresentar, sem sequer conhecer o seu texto. Chegado o dia de discutir tal moção, ausenta-se nas primeiras horas do debate. É certo que boa parte do grupo parlamentar do PS - que, recorde-se, não foi escolhido por ele -, quer fazer-lhe a folha, mas não é menos certo que o homem não faz ideia do que está a fazer.
A reacção de Seguro ao avanço de Costa é tão medrosa e titubeante que a mera possibilidade do gajo chegar a primeiro-ministro não me provoca outra coisa que não um enorme receio. E sendo verdade que Costa traz aquela aura irritante de messias que nos vai salvar e faz com que a tralha socrática prontamente apareça em bicos de pés, se é para nos livrarmos do risco de apanharmos com um banana a liderar o país, ainda para mais num mais que provável bloco central, venha dai o Costa.
O que é um partido? Um sitio onde debatem-se ideias? Olhe-se então para a disputa à liderança do PS. Os com lugar garantido, estão com Seguro. Os que já perderam o lugar - vem-me à memória Capoulas Santos e Edite Estrela, por exemplo - ou estão em risco de o perder, estão com Costa. É certo que falta saber com quem está António Capucho, mas, enfim, querem um desenho?
Como por várias vezes escrevi, não esperava que António Costa decidisse colocar em causa a liderança de Seguro. Colocou: quando está longe de garantido que consiga tirar o poder no partido a Seguro e, perdendo, pode acabar por colocar em risco aquele que achava até hoje ser o seu principal objectivo: a Presidência da República. É, portanto, um acto de coragem. Resta esperar que vença. E digo isto porque apesar de Costa ser um adversário muito mais perigoso para o espectro político onde me situo, é, pelo menos na aparência, muito menos banana que Seguro. E Seguro foi banana até ao fim, quando não soube a propósito das europeias distanciar-se de Sócrates. António Costa, pelo contrário, não avançou há uns meses quando a sua candidatura seria colada a manobras socráticas e avança agora quando a coisa, pelo menos na aparência, parece um acto que parte sobretudo da sua vontade. Dito isto, ao actual líder do PS não resta outra alternativa que não a de permitir que Costa dispute com ele a liderança do partido. Não o permitindo, até pode acabar a disputar as legislativas como líder do PS, mas jamais deixará de ser um banana.
O resultado dos partidos do Governo é uma derrota estrondosa. E, no entanto, os coitados parecem estar algo satisfeitos: é a esperança de verem o PS, apesar de tudo, ali tão perto. «Estamos mal, mas calma que eles não estão muito melhores», pensarão. No fundo, está de acordo com a «corrida para o fundo» que foi a campanha eleitoral: cada um tentou demonstrar qual dos dois governa pior; agora entretêm-se a analisar qual dos dois está em pior situação. Ainda assim, esta luta taco a taco entre PSD+CDS com o PS só é possível por um motivo: não há quem apareça a colocar no mapa um novo partido de direita. Assim, como se viu nos discursos eleitorais, PSD e CDS em conjunto são conotados com toda a direita. Isto torna quase impossível que sejam varridos do mapa; isto tornará mais fácil uma recuperação de ambos os partidos se entretanto saírem do poder.
O problema do PS é óbvio, embora alguns finjam não o perceber: ninguém acredita que o partido promova uma «Mudança» enquanto este andar com Sócrates ao lado e a maior parte dos rostos serem os de sempre ou, pelo menos, os mesmos do governo socrático. Deixarem Sócrates aparecer na sua campanha, na recta final desta, para andar a falar em «ódio» e «imbecilididade», foi tiro no pé. Se insistem em não compreender isto, que é básico, azar do PS.