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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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A defesa dos privilegiados

«Para pagar o bónus que é dado a 505 mil pensionistas vai-se aumentar o IVA que é pago por todos. Incluindo os pensionistas de pensões mínimas que não são afectados pela CES e, portanto, não ganham nada com isto. Ou seja: quem recebe pensões mínimas vai estar pior em 2015 do que está em 2014. Os trabalhadores do sector privado vão estar pior em 2015 do que estão em 2014. Tudo para pagar a 500 mil pensionistas quando o Governo tinha vindo a dizer que não ia aumentar impostos».

Questão de sobrevivência

 

Gosto desta forma de debater coisas sérias. Mas peguemos na premissa e divaguemos. Há quem queira matar os velhos. A prova? Bem, a prova é a de que há muita gente insatisfeita com aquilo que se paga aos actuais pensionistas e gostava de lhes pagar menos. Malvado de todo o jovem, ou de quem quer que seja para o efeito, que defenda a redução daquilo que se paga aos actuais pensionistas: querem matar os velhos. Boo! Boo! Nem deve passar pela cabeça destes jovens que um dia também vão ser velhos e também poderá haver quem os queira matar. Ah, mas pensemos um pouco: como estes jovens, repita-se esta verdade porque há quem não a queira encaixar, não andam a descontar menos (bem pelo contrário) do que descontaram os actuais pensionistas e irão receber pensões muito inferiores às auferidas actualmente (mesmo com todos os cortes actuais incluídos), sendo que defender a diminuição das pensões actuais é tratar mal os velhos, quase equivalente a defender a sua morte, torna-se assim evidente que estes jovens só não se preocupam com a sua velhice se estão a contar suicidar-se assim que chegarem à mesma (da mesma forma que os actuais defensores dos velhos, pela forma como os defendem, estão-se borrifando para os velhos futuros). Só isso pode explicar as regras actualmente em vigor para o cálculo das pensões futuras dos actuais jovens, futuros velhos, e a forma como foram aceites sem protestos de maior (dava um título bonito, não dava: Governo de Sócrates promove reforma da Segurança Social que visa matar os velhos que estão para vir). Enfim, preocupemo-nos sobremaneira com os actuais velhos, esqueçamos os futuros velhos. Esses, ainda que com muito menos, hão-de sobreviver e não interessam para nada. A vitimização e a simplificação da realidade é uma coisa tão bela.

Distribuição de sacríficios

E eis que, com enorme espanto, houve-se o actual PM falar de um esforço melhor distribuído dos sacrifícios necessários para tornar sustentável a segurança social e que isso é bom para a economia. Pensava, equívoco meu, que quando tomaram medidas que agravaram de forma substancial a forma de cálculo de quem ainda aspira a receber uma pensão, essa fosse a forma de os pôr a partilhar o sacrifício. Está visto que não: ainda têm de lhes aumentar os descontos. Mais descontos e menos reforma? Notável. E descobriu agora que isto é melhor para a economia? Inverteu o discurso e a política a que propósito? Com que lata é que usa os argumentos que eram precisamente os contrários dos que ia defendendo até aqui? Isto é o passismo/portismo a não se distinguirem do socratismo. Tudo vale. Os argumentos são acessórios. As convicções maleáveis. E se hoje defendo uma coisa, amanhã posso muito bem vir a defender o seu contrário. É governar ao sabor do vento (e das pressões, dos lóbis). Uma gaja qualquer do CDS - sei o seu nome, mas nem me apetece pronunciá-lo (os nomes que eu gostava de lhe chamar a ela e a outros eram outros) -, veio até afirmar que a CES é um imposto e que este caiu. Que cara de pau. Notável! Tudo muito notável, isto foi dito por uma ex-secretária de Estado deste Governo; actual deputada que suporta este Governo; o mesmo Governo que não se cansou de afirmar que a CES não era um imposto: e, no fundo, não é mesmo, é apenas uma forma criativa de cortar na despesa e nada mais do que isso. Enfim, é de uma lata monumental cortar no rendimento futuro esperado dos mais jovens, em toda a linha, nos salários actuais e nas pensões, ao mesmo tempo que transforma-se numa prioridade a reposição de todas as pensões de quem beneficiou de regras muito, mas mesmo muito mais generosas do que aquelas com que os jovens podem contar. A prioridade não era baixar impostos? Não era isso uma prioridade ainda antes de os subirem para níveis estratosféricos? Já não é. E se isto é assim com o PSD e o CDS (ex-partido do contribuinte; renovado partido dos pensionistas) a nos governarem, só imagino como será quando chegar ao poleiro o PS. Como isto está, os jovens são triplamente prejudicados: menores salários; maiores contribuições; menores pensões (que passa, também, por começarem a receber a sua pensão completa numa fase muito mais adiantada da sua vida: viverão mais anos, é certo, falta é saber com que qualidade). Relativamente falando, os pensionistas actuais preparam-se para sair desta história quase intocados: belos direitos adquiridos. Isto é bom para a economia? Para quem tem o pensamento centrado no curto-prazo, no imediato, como o dos actuais governantes está inequivocamente, talvez seja (note-se que alguns dos que nos governam são jovens, é certo, mas o negócio da maior parte deles sempre é fazer política e para isso precisam de votos: os incentivos estão desalinhados com os da maior parte dos restantes jovens). De resto, a maior parte dos jovens que continuam a tentar fazer a sua vida em Portugal, muitos deles não percebendo, nem imaginando, o que lhes estão a fazer, ficam quietos e mudos. Nem sei porque alimentei esperança que desta vez fosse diferente. O statu quo ganhou. Os instalados triunfaram. Quem fez as regras que muito lhes beneficiou, são os que agora controlam as manifestações e as indignações a que a comunicação social decide dar voz. Basta um gajo qualquer de cabelos brancos, ex-governante, falar, para que a comunicação social ache muito relevante destacar o que o sujeito diz. E assim vai Portugal. Finalmente, o Governo tornou-se inequivocamente o que diziam ser: fraco com os fortes; forte com os fracos. Jovem: paga e não bufes.

Ler os outros (CLX)

Como já aqui referi, por via das portarias de extensão, os contratos colectivos negociados pelos sindicatos que representam 10% dos trabalhadores têm influenciado 90% dos contratos de trabalho, em empresas e sectores sem condições para pagarem a bitola das maiores empresas e continuarem competitivas. Por esta via, a concertação social tem tido principalmente o papel de defender os «direitos adquiridos» das corporações empresariais e sindicais, aumentar o desemprego e assim manter o statu quo.

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