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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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«Don't diss my family, get it?»

 

São marginais, não lhes vão passar cartão: Admitindo terem lido com “surpresa” a declaração destas quatro personalidades “favoráveis a António Costa”, os assinantes do manifesto lamentam que as figuras históricas do partido tenham falado agora depois de, por oposição, terem estado “quase sempre caladas” durante os anos de Governo de Sócrates. Anos de, dizem, “descalabro”, onde “o interesse nacional andou a reboque dos interesses partidários do grupo no poder”.

 

Nota: a citação do título e a foto que acompanha este post são do filme Festen, onde numa reunião de família um dos membros decide tirar um esqueleto do armário que põe em causa a figura patriarcal, sendo prontamente isolado e agredido pelos restantes elementos da família que se recusam a lidar com o esqueleto.

Passos/Durão/Santana

A principal arma de Seguro contra Costa foi a principal arma da aliança governamental contra o PS nas europeias: o passado socrático. Não deixa de ser surpreendente, mas ainda que o racional tenha lógica, é má política. O partido acabará por penalizá-lo por isso, até por mecanismo de defesa (nota: a minha opinião até é a de que Seguro mais do que sabe que perdeu o partido e agora limita-se, já em pleno acto vingativo, a jogar para prejudicar Costa tanto quanto lhe for possível; mas ignoremos as intenções do ainda líder do partido). A vergonha com o passado é sempre tida como uma fraqueza pelo aparelho partidário, constituindo munição poderosa que fica ao dispor dos adversários. Afinal, o aparelho já esteve incondicionalmente ao lado de Sócrates, sem piar um protesto que fosse que se fizesse ouvir contra o antigo querido líder, dai que alegar agora que no passado tinham existido erros graves era tomá-los por hipócritas/oportunistas e isso é coisa que a malta do aparelho, ainda que exista quem diga precisamente o contrário, nunca é, certo? Acrescente-se que o PSD sentiu isto mesmo na pele quando a vergonha manifestada em torno do passado barrosista/santanista, causa de divisões internas, era usada por Sócrates abundantemente contra toda e qualquer liderança social-democrata que tivesse pela frente. Já agora e por falar nisto, recordam-se de algum comentário depreciativo de Passos Coelho em relação à governação barrosista/santanista? Provavelmente, não. Um acaso, certamente.

Ler os outros (CLXII)

Antes, todos, emergentes e tradicionais, uniram-se diante da invasão espanhola, com a investida do Santander na década de 1990. Todos não, um vendeu. Defendidos pelo Estado, a proteger o mercado. Ou seja, contra tudo o que defendiam: o próprio mercado. O melhor que se pode dizer, 15 anos depois, é que o mercado venceu. Não há centros de decisão nacional que resistam a capitalistas sem capital.

Mundial Fifa (5)

 

Comecemos por uma evidência: a qualidade do jogo de Portugal neste Mundial tem ido do mau ao péssimo. Perante isso, e com o provável não apuramento da selecção para a próxima fase, tem Paulo Bento condições para continuar como seleccionador nacional? Não me parece. Depois, coloquemos de parte um debate que acho particularmente aborrecido: se devia jogar o manel ou a maria; se o joão ou a joana deviam ter sido convocados. É um debate que me interessa pouco. Para, por fim, concentrarmos toda a nossa atenção naquela que terá sido, sem tirar responsabilidades a Paulo Bento, a principal explicação para o que está a suceder a Portugal: a forma de Ronaldo, Moutinho e Pepe (a que se pode acrescentar a lesão de Coentrão). A discutir nomes, discutam-se estes pela sua relevância: os nossos três (quatro) melhores jogadores, aqueles que em condições normais conseguem elevar o jogo de Portugal a outro nível, estiveram ausentes do Mundial. Sem eles, fazer muito melhor do que o que temos feito, era impossível.

O bom político

«Já não há rendas excessivas no sector elétrico». Deve ter razão, por isso é que o trabalho do ministro tem passado despercebido. Enquanto o Álvaro tentava fazer alguma coisa, tudo fizeram para o deitar abaixo. Já com o amigo Moreira da Silva é um mar de tranquilidade. Será porque já fez tudo ou porque faz pouco? Ora pensem lá sobre o assunto.

Intelectual de esquerda a sair do armário

Isto é delirante, nada menos do que delirante: «O actual governo mereceu também da banca todos os elogios e retribuiu em espécie, impedindo que qualquer legislação que diminuísse os lucros da banca passasse no parlamento, ou ficando como penhor de bancos que em condições normais iriam à falência, mesmo numa altura em que já era difícil alegar crise sistémica». Vamos ignorar que o «penhor de bancos» resultou de imposição da troika e era inevitável dada a forma como foi planeada a intervenção pelas instituições europeias, mas fiquemos pela legislação que não tem permitido que a banca diminua os seus lucros. Quais lucros? Sim, quais lucros? Façam favor de avisar o panfletário Pacheco de que há três anos a esta parte a banca está mais para o prejuízo do que para o lucro. Mas não deixemos este pequeno pormenor estragar uma boa história: a banca lucra; o pobre sofre. Enfim, há outros pontos delirantes no texto do prezado intelectual e historiador - que parte sempre da premissa de que se algo estava mal, com este executivo piorou -, mas este basta para demonstrar a capacidade extraordinária que o ódio tem de cegar. Para Pacheco, tudo vale para incitar nos outros a mesma raiva que sente por quem um dia lhe barrou o caminho. O barbudo é um recanto permanente da luta interna no PSD que mimetiza o que se assiste agora num âmbito mais alargado no PS.

A política e os seus financiadores

O domínio da família Espírito Santo no BES, banco financiador de muita da megalomania de Sócrates, entrou em ruína parcial e a coisa chega a ser deliciosa - ainda que a solução encontrada esteja longe de dar garantias de que o BES entrou num novo ciclo -, só assombrada pelas nuvens negras de que o contribuinte ainda venha a ser chamado a dar uma ajudinha ao banco. Mas, admitindo que, como devia sempre acontecer, o contribuinte vai ficar à margem desta vez, diga-se que a delicia advém desta ser outra machadada no jogo que era habitual por cá entre o poder político, a banca e alguns empresários nacionais. As grandes obras públicas precisavam de financiamento; a manutenção de grandes centros de decisão nacional, também; e a banca queria negócios apetecíveis que gozassem do favorecimento do Estado. Era assim que funcionava o regime pré-troika (com menor intensidade, ainda funciona) e é desses tempos dourados que muitos têm saudades (o BES nem esconde e atira-se logo a Paulo Mota Pinto para chairman da instituição). O que compreende-se: neste jogo de acesso restrito, os interesses de um pequeno grupinho eram protegidos e estavam sempre em primeiro lugar. Políticos, banqueiros e empresários, tudo gente com muito poder; todos a dependerem uns dos outros; todos a protegerem-se uns aos outros. Que Passos, por opção ou outro motivo qualquer, pelo menos na aparência, não tenha cedido à tentação de dar guarida à poderosa família Espírito Santo ou, pior ainda e numa jogada também ela dentro do espírito socrático, aproveitado a fragilidade do banco para levar a cabo um assalto ao BES semelhante ao que fez Sócrates no BCP, são bons sinais. Mas é atentarem na conversa socialista e perceberão que a promiscuidade, provavelmente, não tardará a regressar e em força. O socialismo português, por paradoxal que pareça, uma vez que a aversão à banca encontra-se com maior força à esquerda, é por questões de circunstância muito mais propício a insistir nela (precisa desesperadamente da banca para os seus intentos). A conversa de Costa com a reindustrialização, por exemplo, cheira que vai nesse caminho (e nestas coisas só podemos confiar no olfacto porque medidas específicas nunca as há). Ou seja, mais do mesmo. E não nos esqueçamos, nunca, dessas palavras sábias ditas igualmente por Costa na Quadratura do Círculo: «é preciso pôr a construção a mexer». Mais do mesmo, a dobrar. Concluamos, então, com notícia do início do ano passado: Banqueiros apostam em António Costa. Ó se apostam.

Mundial Fifa (4)

 

No país tropical, o futebol tem sido de qualidade e com muitos golos. Uma festa. Fico-me por alguns países do continente americano, que, talvez favorecidos pela geografia, andam a dar mais nas vistas do que é habitual: a Costa Rica é, até agora, a grande surpresa do torneio e já merece a minha simpatia; a Colômbia e o México, igualmente, têm praticado muito bom futebol, sendo que Quintero por um lado e Herrera pelo outro têm ajudado a demonstrar que o plantel do Porto este ano não era tão mau quanto aparentou ser, apenas faltou treinador que o soubesse aproveitar.

 

 

Menos festivo anda o ambiente em torno da selecção nacional, com os abutres do costume a perorarem sobre a selecção de Paulo Bento e o trabalho do técnico. Reparem que não acho que Paulo Bento esteja imune à crítica, não conheço ninguém perfeito ao ponto de acertar sempre, mas a má língua permanentemente dirigida a quem tem responsabilidades de qualquer nível nunca deixa de me surpreender. Por exemplo, um tal de Rui Santos passa a vida a falar da selecção de Jorge Mendes, contudo, se prestarem atenção, praticamente todos os jogadores apresentados como alternativas aos escolhidos pelo seleccionador nacional são, também, jogadores de Jorge Mendes (Adrien; Bebé; Danny; Quaresma) e muitos dos que são apontados como sendo os que não deviam ter sido convocados, não o são (Nani; André Almeida; Vieirinha). Confusos? Não estejam, a malta que faz comentário precisa de criar polémica para gerar audiências. É uma guerra e a verdade às tantas torna-se um dano colateral. Jorge Mendes tem muitos dos seus jogadores na selecção? Claro que tem, representa quase todos os bons jogadores portugueses, pelo que tal coisa seria sempre inevitável. O resto é treta.

 

 

Depois, há o caso dos invejosos e ressabiados. Em 2012, a táctica já havia sido ensaiada, mas como Paulo Bento e Ronaldo levaram a selecção à meia-final do Europeu - memória, gosto de ter memória, há muitos que falam de Paulo Bento e destes jogadores como se não tivessem histórico -, tiveram de meter a viola no saco. Agora, lá aparecem novamente a sair do buraco. Carlos Queiroz, até por treinar outra selecção no Mundial à qual devia dedicar atenção exclusiva, invés de se meter em assuntos de uma selecção que, neste contexto, é sua adversária, acaba por se tornar, nesse aspecto, o pior de todos. Tempos houve em que tinha opinião favorável dele, nos dias que correm prefiro nem dizer o que realmente penso sobre o que as suas atitudes vão revelando sobre o seu carácter. Ainda assim, sempre digo que se a sua passagem pelo comando da nossa selecção feriu-lhe o ego e não recuperou do trauma, há solução para isso que não aquela em que se tem especializado.

 

 

Para terminar, permitam-me acrescentar que não tenho pachorra para Luís Freitas Lobo. E não é por ele ter dito, ainda antes do jogo com a Alemanha, que não tinha pachorra para um certo discurso de Paulo Bento: acho que a interpretação que fizeram dessas declarações foi abusiva e naquilo que Luís Freitas Lobo criticava Paulo Bento até teria alguma razão. Mas não tenho pachorra para Freitas Lobo porque tem sempre aquela aura de mestre da táctica quando não passa de um mestre da retórica. Por outro lado, o melhor comentador da bola neste momento na televisão é Carlos Daniel. Alguém que combina espírito crítico com qualidade na análise, sem grandes floreados, e que tem a vantagem de fazer comentário desportivo, exibindo conhecimento na matéria, sem depender dele. Antes de ser um grande comentador desportivo, é um grande jornalista. Chapeau!

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