We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Nos primeiros dias do projecto, perguntei-me o que este, alinhado com a direita política, teria a acrescentar de novo ao panorama da comunicação social. Em resposta à minha pergunta e só durante o dia de hoje, já me deu O Capital segundo Piketty por Vitor Gaspar e este bom texto de análise à decisão recente do TC por Gonçalo Almeida Ribeiro. Continuando assim, vai pelo bom caminho. E deixo aqui a pergunta colocada pelo Gonçalo no seu texto: «Estando em causa questões para as quais o texto constitucional não oferece uma resposta minimamente clara, que sentido é que faz a opinião de uma maioria simples entre uns poucos juízes nomeados prevalecer sobre a opinião de uma maioria entre muitos deputados eleitos pelo povo?»
O país entrou no programa de ajustamento com uma convicção: a de que tínhamos uma carga fiscal mais alta do que aquela que a nossa economia permitia suportar. Era preciso, portanto, mudar de vida. Vai sair do programa de ajustamento com uma carga muito mais elevada do que a que tinha quando nele entrou. Não só não mudou de vida, como está mais atolado do que estava. Mais, as decisões do TC permitem perceber que essa carga fiscal vai permanecer elevadíssima durante muitos anos. Não sairemos tão cedo do atoleiro. Neste contexto, é bonito ver a malta conciliar a defesa das decisões do TC com a ideia de que o país precisa de crescer e de apostar em salários altos. É tipo: vou-te amarrar a um pedregulho, agora corre o mais depressa que puderes. É óbvio que o país assim não irá longe. Já o corte na despesa, fosse em pensões ou em salários dos funcionários públicos, garantia condições para o país progredir liberto do pedregulho a que está amarrado. Não é possível o país libertar-se do pedregulho (reparem que as decisões do TC não custam só x num ano; custam x a cada ano que passa: ou seja, uma enormidade de impostos que terão de ser arrecadados e que de outra forma não teriam)? Não temos outra solução que não aguentar e acreditar que o burro de carga vai arrastar-se penosamente, sem que alguma vez faltem-lhe as forças e acabe por cair morto de cansaço.
Quem conhece e percebe as justificações dos juízes do TC para a maior parte das decisões que anda a tomar - totalmente subjectivas, baseadas em príncipios gerais e graus de intensidade -, sabe que não há revisão constitucional que acabe com o problema (isto para quem, como eu, vê nas actuais decisões do TC um problema). A natureza do problema é, portanto, bastante mais grave.