A história deste navio merece um filme
Estado não conseguiu vender o Atlântida a “pirata” grego
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Estado não conseguiu vender o Atlântida a “pirata” grego
Lello desafia Seguro a fazer queixas na Justiça sobre casos de corrupção
Aquilo em que vai dar a operação Monte Branco: em nada.
A «pipa de massa».
Afinal, António Costa, tal como Seguro, sempre tem uma "alternativa", solução milagrosa que é sugerida na notícia a que me refiro no post anterior e que se resume à ideia de pôr a UE a nos pagar as contas: «Juncker defendeu que, para além do envelope já definido, tem que pôr em cima da mesa mais 300 mil milhões de euros nos próximos três anos para relançar a economia», diz o nosso querido edil lisboeta. Mas o nosso tenebroso Governo, o mesmo que apoiou Juncker como Costa reconhece, «em vez de aproveitar esta mudança de orientação política, a primeira ideia que tem é mandar para Bruxelas como comissária a personificação da austeridade da 'troika' que é a nossa ministra da Finanças». Portanto, deixem ver se percebo: Juncker, candidato que também contou com o apoio da chanceler Merkel, rosto do Eurogrupo que lidou e definiu toda a estratégia europeia de combate á crise, membro inegável da direita que «falhou no diagnóstico e na resposta», para citar Costa, terá virado o novo messias da esquerda e ninguém me avisou? Maria Luís é má e Juncker é bom, como se não fossem a mesma moeda? É a esta treta argumentativa que se reduz o pensamento socialista por estes dias?
«Direita falhou no diagnóstico e na resposta», diz António Costa, numa crítica fortíssima aos governos de José Sócrates que começaram a aplicar forte e feio a austeridade, isto depois de terem aplicado, com os resultados que se conhecem, forte e feio a expansão keynesiana. Começa a ser recorrente este distanciamento de Costa em relação a Sócrates, há poucos dias fez o mesmo quando recordou que havia um acordo de concertação social para o salário mínimo que deixou de ser cumprido. Pois bem: o acordo foi patrocinado pelo governo socrático e quem deixou de o cumprir, embora dissimulando o incumprimento do mesmo (eram peritos nisso), foi precisamente esse mesmo governo socrático quando em 2011 limitou a subida do SMN para os 485€ (e não para os 500€ com que se havia comprometido). E deixou de o cumprir, por insistência de Teixeira dos Santos para insatisfação da ministra Helena André, porque na altura era já evidente o impacto deste no aumento do desemprego. De resto, Costa insiste em imitar Seguro, na vacuidade: «O que o país exige não é que mudemos o ritmo nem diminuamos a dose, o que o país nos pede é que façamos diferente, com uma alternativa clara a este Governo». Que alternativa é essa? Obras públicas? PPPs? Aumento do emprego público? Aumento do défice? Não se sabe: deve ser por isso que é clara, basta acreditar.
Outro lóbi que é preciso agradar. Uma minoria da "cultura" não descansará enquanto não conseguir chular a maioria. Se é para isso que serve, até uma secretaria é um excesso, quanto mais um ministério.
A miss swaps era uma menos valia para o governo, agora é uma mais valia de tal forma que não pode deixar o cargo. Enfim, parece-me evidente que, mais Maria Luís, menos Maria Luís, só se fosse tolo é que Passos Coelho deixaria passar a oportunidade de nomear para comissário(a) alguém que faça parte do seu círculo político e/ou que tenha concordado com a sua estratégia no âmbito do relacionamento do país com a União Europeia. Mas é natural a irritação de alguns com a possível escolha: falamos dum cargo de poder relevante, com prestígio, que garante, no mínimo, que Passos e os seus mantêm influência política independentemente do resultado das próximas eleições legislativas.