We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Aproveitando a onda, aviso que a última vez que ouvi falar do processo que envolve o ex-poderoso na imagem, foi nesta notícia onde dava-se conta que só com um expediente jurídico conseguiu adiar o seu julgamento em muitos meses. Tenho tendência para dar muito maior relevância a coisas destas do que à forma como decorreu a detenção do outro senhor "ex-poderoso" Salgado, mas isto deve ser um problema meu.
Este homem já não tem amigos influente, nem saberá nada sobre ninguém que possa prejudicar alguém. Não há quem lhe deva favores. Este homem é um ex-poderoso. Que, por ser ex-poderoso, foi detido de forma cruel pela justiça. Justiça que tem de dar explicações sobre a detenção do homem. Antes essas explicações que outras sobre o motivo pelo qual o rácio de poderosos neste país condenados em tribunal é tão pequeno. São santos os nossos poderosos. Ah, já vos disse que este homem é um ex-poderoso e que há muita gente preocupada com a forma como decorreu a sua detenção? Se fosse poderoso, não tinha essa sorte. Felizmente, entre os nossos opinadores há esta inclinação saudável para a defesa dos pequeninos.
Um empresário que quer comprar a empresa pública TAP, no seguimento disso mesmo, aproveita a onda e decide emitir opinião sobre se determinado político tem ou não condições para ser candidato a Presidente da República, em plena vendetta pessoal, recordando um triste caso, sabendo-se de antemão que no Governo - que decidirá quem ganha o processo de privatização da TAP - não falta quem queira arrumar com o opinador Marcelo e prefira o provedor Santana, ex-PM que está na origem do triste caso. Isto é Portugal!
A TAP está a passar uma má imagem com a suspensão de voos. Os pilotos querem ver o problema resolvido, por isso ponderam avançar para uma greve. E, pimba, acabam-se os voos suspensos. É preciso esclarecer que é isto que se passa, não vá alguém mal intencionado pensar que o sindicato dos pilotos mal remunerados, coitados, quer aproveitar um momento de fragilidade da empresa para, com chantagem, conseguir que a empresa ceda a seu favor. Quando é que avança a privatização desta empresa, mesmo?
Para um capitalismo funcional, é preciso que os prevaricadores sejam não só apanhados com frequência, mas também exemplarmente punidos. Em Portugal, não tem existido essa tradição. Uma mudança seria muito bem-vinda e constituiria uma verdadeira reforma estrutural.
É preciso o Estado acorrer ao BES e até ao GES, clamava o advogado de Ricardo Salgado, sem estar identificado enquanto tal, no Económico (via: Observador). Prefiro mil vezes a postura de Miguel Sousa Tavares que optou anos a fio por não comentar assuntos relacionados com o BES por via das suas ligações familiares ao banqueiro.
A par com o angolano José Eduardo dos Santos, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, Presidente do novo membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, é o líder africano há mais tempo no poder. Por este andar e dada a saída recente do Zimbabwe da Commonwealth, ainda vamos a tempo de angariar Robert Mugabe para o "nosso" lado. Depois, às tantas, tanto fará chamar-lhe Comunidade de «Países de Língua Portuguesa» ou de «Ditadores Africanos Há Mais Tempo no Activo».
Sempre os mesmos, sempre o mesmo: para a Presidência, Costa vê com bons olhos o ex-PM Guterres, Passos o ex-PM Santana. Ambos, ainda que por motivos diferentes, com péssimo histórico no ex-cargo. Venha o diabo e escolha. Renovação, mudança? Tudo ilusão. Não há ninguém que apareça que consiga pôr esta gente de lado? Ninguém, mesmo? Que triste país este. Falhamos; não aprendemos com o erro; falhamos novamente?