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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Coelho entalado

Como deve o PSD responder à vitória de Costa? Pedindo uma remodelação do Governo? Não. O que faz falta é um processo de primárias no PSD em tudo semelhante ao do PS, nomeadamente com abertura a simpatizantes, que permita a Passos Coelho testar a sua liderança. Isso é que era. Até porque estou convencido que à direita, houvesse uma candidatura forte contra Passos nessas condições - por exemplo, encabeçada por Rui Rio -, e mesmo sendo Passos o actual PM - ou até por isso -, militantes e simpatizantes do PSD não deixariam o Coelho passar de candidato a candidato à renovação do seu cargo de PM.

Primárias e humilhação

Ainda que o partido do comité central diga que as primárias do Partido Socialista são «uma farsa», tenho para mim que são o caminho a seguir. E o imenso número de cidadãos que, na qualidade de simpatizantes, decidiram participar neste processo eleitoral do PS ajuda a demonstrar isso mesmo. Simpatizantes e militantes que falaram claríssimo: não queriam Seguro e Costa é muito bem-vindo como novo líder do maior partido da oposição. Por fim, brindou-nos a RTP Informação com o momento da noite: enquanto Seguro fazia um discurso de derrota digno e com elevação, Cristina Esteves corta-lhe a palavra para a passar ao comentador José Sócrates. Opção que fica muito mal à RTP. Para Seguro, foi a derradeira humilhação.

Ónus da prova

1. Note-se que, na sua relação com o soberano, em nada adianta a Sócrates dizer que é inocente até prova em contrário. O soberano não está apenas interessado num primeiro-ministro contra quem não se pode provar nada. O soberano quer um primeiro-ministro que esteja acima de qualquer suspeita. Tendo em conta que o primeiro-ministro é um servidor do soberano, não lhe basta alegar que é o soberano que tem que provar a culpa. Porque não é. O primeiro-ministro é que tem que prestar todos os esclarecimento que provem que merce a confiança do soberano. Ou seja, na relação entre o primeiro-ministro e o soberano, inverte-se o ónus da prova. Quem tem que provar que está acima de suspeita é o primeiro-ministro. O soberano não tem que provar nada, porque é o soberano.

2. «Ele [José Sócrates] não tem que defender-se de provas que ainda não foram apresentadas. Estamos perante uma inversão do ónus da prova.».

3. Diga-se que concordo genericamente com a posição apresentada no ponto #1. Acrescentando que muito me divirto com a forma como, entretanto, alguns dos que eram pelo ponto #1 agora são pelo ponto #2 e vice-versa.

 

(Nota: registe-se contudo que a forma como Passos Coelho respondeu no Parlamento às perguntas levantadas pelos restantes deputados foi mil vezes melhor do que a atitude que Sócrates adoptou nestas situações.)

Activo tóxico

José Sócrates, apesar de ter declarado o seu apoio, não teve presença em qualquer evento da campanha de António Costa. Evidentemente, Costa, ao contrário de Seguro, não é parvo. Seguro foi tão parvo que deixou Sócrates participar na  campanha das europeias, precisamente no último dia, levando agora com esta: «Capoulas Santos, que foi director de campanha de Sócrates nas eleições internas em 2011, recorda que a última vez que o ex-líder socialista apareceu numa campanha foi nas europeias e "não foi agradável a forma como a comunicação social tratou" esse acontecimento. "O centro dessa acção de campanha foi ele, e não o Seguro ou o Assis. Admito que o eng.º Sócrates tenha optado por ter uma posição mais discreta para não se repetir esse filme. Mas ninguém tem dúvidas sobre quem é que ele apoia", diz ao i o ex-eurodeputado.» É a paródia. É óbvio que não há dúvidas sobre quem tem o seu apoio, mas também não há dúvidas que a sua presença teria o potencial de tirar mais votos do que de os dar (os que podia dar, já estão assegurados), mas o reparo ao tratamento dado pela comunicação social é o que mais diverte: não só a direita fez da colagem do PS de Seguro a Sócrates o tema principal da sua campanha, como o homem apareceu e limitou-se a dizer que «a direita e em particular Paulo Portas – que aproveitou para fazer um trabalho sujo dentro da coligação -, alternaram entre o ódio e a imbecilidade». Uma pessoa até pode ser levada a pensar que Sócrates não só quis participar na campanha europeia para dar nas vistas, como fê-lo de forma a prejudicar Seguro tanto quanto possível.

Fosun vs Mello, descubra as diferenças

Ainda que o sindicato bancário nacional gostasse que os endividados Mello ficassem com a ES Saúde, eu também gostaria se, independetemente da sua nacionalidade, os Mello tivessem a capacidade de actuar desta forma: Quando anunciou preliminarmente a oferta, em que o preço a gastar era apenas de 451 milhões de euros, a Fosun garantiu que o dinheiro pago pela seguradora seria todo financiado com fundos próprios, ou seja, sem recurso a financiamento bancário. Mas se assim fosse, os Mello não estariam à rasca com a aprovação da sua OPA por parte da CMVM (que, parece-me, tem tido actuação exemplar neste processo).

Sigílo bancário

Ainda no post que antecede este, por uma questão de transparência, sinalizei que veria com bons olhos que os (candidatos a) primeiros-ministros revelassem as declarações de impostos dos anos que precedem a candidatura, à semelhança do que acontece nos Estados Unidos da América, mas este pedido de levantamento, por parte de António José Seguro, do sígilo bancário do PM é ridículo e perigoso. Há certos limites que não deviam ser ultrapassados em política. Seguro, que aparenta andar particularmente afectado pelo disputa com Costa nesta fase final das primárias, ultrapassou-os largamente. Com alegria nos livraremos deste tipo, pelo menos por uns tempos, em breve.

O jogo

 

Acabei de ver a primeira temporada de The Wire, cujo argumento achei particularmente bom. Desta primeira temporada, a conclusão final a tirar é que por muito que um par de indivíduos tente mudar um sistema corrompido, o sistema tenderá a ganhar. A mensagem não é bonita, mas estará mais próxima da realidade do que qualquer outra. Às tantas, um personagem que no inicio é-nos apresentado como tendo os seus podres e estando a caminho do topo, opta por fazer o que está correcto. Ao tentar inverter as regras do jogo, falha miseravelmente e acaba posto de lado. Foram os podres que o colocaram numa posição na hierarquia capaz de fazer alguma diferença; foi a tentativa de distanciamento destes que o afastou dessa mesma posição. O sistema tritura quem se lhes opõe. E ter e continuar a somar podres ao longo da caminhada dentro do sistema, pela cumplicidade e garantia de controlo que acarreta por parte de quem os conhece, é uma necessidade para quem quer ascender na hierarquia. Finda esta primeira temporada, fiquei a pensar quanto daquilo também espelha a forma como se ascende ao poder em Portugal.

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