Novidades do Governo mais liberal de sempre
Ou as empresas fazem o que nós queremos ou iremos forçá-las a fazer.
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Ou as empresas fazem o que nós queremos ou iremos forçá-las a fazer.
Claro que «não é normal». Mas a princesa angolana insiste em tratar Portugal como se de uma República das Bananas se tratasse.
De todos os cenários, o pior é o do poder angolano. Ainda que provavelmente seja o que agradará mais às "elites" económicas portuguesas. O que diz muito sobre as "elites" e o país. Basta conhecer as relações do drº Salgado e do BES com o poder angolano - pai da princesa angolana à cabeça -, para perceber o porquê.
Perante isto e tendo em conta que figuras próximas de Passos Coelho decidiram publicitar o recorte, apresentando-o como a demonstração dos telhados de vidro de António Costa, sem cuidarem de saber da credibilidade da coisa, só se pode concluir que há, no mínimo, alguma desorientação em pessoas próximas de Passos Coelho. Recorrer ao extinto Tal & Qual para jogo sujo contra o secretário-geral do PS, numa tentativa menor de defender Passos Coelho alegando que o adversário não é melhor, para depois o telhado de vidro ser dado como falso, além de transmitir uma ideia de desespero, só pode contar como tiro no pé.
O Governo do Syriza na Grécia vai aprovar a extensão do programa da troika sem recurso ao voto no Parlamento. Parece que se os deputados fossem chamados a votar, como aconteceu na Alemanha, a proposta arriscaria um chumbo (algumas facções do BE grego que alcançou o poder entraram em confronto). É bonito ver o Syriza a ter de lidar com a realidade e a sair da oposição feita na rua. Também é engraçado ver um Governo que acabou de se formar a ameaçar ruir nos seus primeiros dias. A irresponsabilidade frequentemente dá nisto.
O twitter é, para quem gosta de estar informado, uma rede social fantástica. Por exemplo, nos últimos tempos bastou-me começar a seguir umas dezenas de pessoas (gregos e jornalistas internacionais) que twittavam em inglês sobre a situação grega - eu já seguia alguns, mas agora alarguei substancialmente o leque de quem sigo - para ficar com uma ideia muito clara e em tempo real do que ia sucedendo por lá (seguir os jornalistas que produzem notícias a partir de Bruxelas também é bastante interessante). Perante isto, esta extraordinária ferramenta que está ao dispor de qualquer cidadão com acesso a net, qualquer secção internacional da nossa imprensa local é obsoleta e desnecessária.
Sobre Passos Coelho já vamos sabendo umas coisas, sendo que a valorização que decidimos fazer disso mesmo fica ao critério de cada um, garantido é que o eleitorado está sempre melhor defendido quanto mais souber sobre o candidato político que lhe metem à frente para votar, mas, também por isso, agradecia que os jornalistas investigassem, por exemplo, esta história (não faço ideia de onde é o recorte, nem que dados há para a sustentar: pode muito bem ser de um qualquer jornaleco sem qualquer credibilidade).
António Costa lembra que diminuiu a dívida da Câmara de Lisboa. Pudera: Estado assume 43% da dívida da Câmara de Lisboa.
Este comediante não a tem, vergonha na cara: Deputado próximo de José Sócrates quer demissão de Passos Coelho. E enquanto o PS não se livrar desta gente no partido está muito mal servido e não pode ser levado a sério. Porque não pode ser levada a sério qualquer pessoa que rasgue as vestes a propósito das histórias mal contadas de Passos Coelho, mas mantenha silêncio ou relativize a sem-vergonhice a uma escala mil vezes superior que são as histórias em torno de José Sócrates. Para essa gentinha, o ataque à seriedade e autoridade moral de um político é apenas matéria instrumental para o ataque político do momento, dirigido a alguém que defende e aplica ideias diferentes das suas, mas nunca uma questão de princípio. O único principio é defender os nossos e atacar os outros. A indignação é selectiva. A indignação esconde uma peça de teatro. E o país tem sido isto, não passa disto e vai continuar a ser isto.