We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Na biografia autorizada por Passos Coelho, elaborada por uma assessora do PSD, a autora não só consegue enganar-se numa data importante, como atribui uma citação a Sá Carneiro que afinal é de Salazar. Pormenores? Talvez, mas suficientemente reveladores sobre o carácter da obra. E, também, sobre a qualidade da assessoria do partido.
Em 2014, a economia grega já tinha crescido 0,8%. Este ano, tal como sucede no caso português, a previsão era consolidar a trajectória de melhoria da economia grega (chegou-se a esperar até que o crescimento, para este ano, fosse acima do nosso). A oposição grega, obviamente, achava que aquilo estava tudo a correr muito mal, como em Portugal também há quem ache o mesmo em relação ao nosso caso. Felizmente, o Syriza foi eleito para mostrar o que vale: o quadro macro só podia melhorar. Como sou do tempo em que os críticos da austeridade explicavam que a alternativa à mesma era o crescimento, presumo que tenham de ir explicar isso mesmo ao actual governo grego.
Um partido que obteve 4.7% dos votos, conseguiu 8.6% dos deputados (MP: Member of Parliament na terminologia britânica). Outro que obteve 12.6% dos votos, conseguiu 0.2% dos deputados. Com 36.9% dos votos chega-se à maioria absoluta. Com as suas vantagens e desvantagens, convém ir lembrando que o sistema eleitoral pode estar organizado de várias formas e o nosso modelo não é necessariamente o melhor. Aquilo que o sistema britânico perde em representatividade partidária, ganha em grau de proximidade entre eleitores e eleitos (o que consiste numa forma do eleitor se sentir mais e melhor representado). Além disso, parece-me claro que um sistema como o britânico é garante de maior estabilidade governativa.
Ontem, a vitória dos Tories no Reino Unido deu-me um enorme gozo: porque deixou a redacção do Público com um grande melão; porque deixou os socialistas com outro melão ainda maior (e preocupados, ó se estão preocupados); porque contrariou escandalosamente o que as sondagens diziam; porque irritou os burocratas e federalistas europeus (o referendo, meu Deus!); porque são os "ventos da mudança" de Costa; porque foi a «grande vitória da democracia» de Manuela Ferreira Leite; porque, enfim, ganhou o lado com que mais me identifico. E as explicações para a derrota estrondosa do Labour? Algumas são maravilhosas: consegue-se ao mesmo tempo argumentar que o mal do Labour foi ter-se colocado demasiado à esquerda ou ter-se deixado ir pelo discurso da direita, não assumindo uma perspectiva radicalmente diferente da de Cameron (há até quem sugira que o Labour tinha um Seguro na liderança, nunca, mas mesmo nunca, um Costa); por fim, a minha argumentação favorita: foi o medo que levou o eleitorado a votar Conservador. O medo que, como se sabe, é essa coisa humana, mas irracional, em que os partidos de direita apostam quando ameaçam que a vitória do partido adversário irá acabar de uma vez por todas com o Sistema Nacional de Saúde.
«Conseguimos infligir um dano de 30 milhões de euros na companhia e penso que isso não devia ser desvalorizado pelo Governo». Apesar de ser um palerma, agradeça-se a honestidade. De resto, ainda ontem havia quem desconfiasse do possível valor de prejuízo com uma greve deste género anunciado pela administração da empresa, considerando-o demasiado alto, não percebendo que se a administração da empresa e o Governo têm algum interesse é em camuflar o verdadeiro valor dos prejuízos e não exacerbá-lo. E porquê? Porque se é possível argumentar que um potencial prejuízo elevado deixa os pilotos mal vistos, por outro lado é ainda mais fácil argumentar que complica a privatização.