We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
O antigo líder social-democrata diz ainda que alguns destes independentes poderão vir do "think tank" Cidadania Social. Já sabíamos que, tal como o PS, o PSD andava a recorrer a quadros do Banco de Portugal para preparar o seu programa eleitoral, técnicos de reconhecido valor, mas situação que não me parece muito aconselhada (e à qual os partidos sentem necessidade de recorrer porque, na verdade, não há muita gente a pensar o país a sério noutras instituições, não há variedade de think tanks que se aproveitem, sendo essa uma limitação forte da sociedade portuguesa). Agora, esta informação dada pelo Marques Mendes de que pensam ir pescar malta "independente" à Cidadania Social também tem a sua graça e acrescenta mais outra peça ao puzzle: adivinhem quem é um dos promotores desse think tank? Isso mesmo: Mário Centeno. Ou como, repito, o cenário macro do PS foi o primeiro passo de um caminho rumo ao bloco central.
Por vezes, acho que é colocada demasiada ênfase na necessidade de um artista se reinventar. O que não falta são autores consagrados que fazem obras e mais obras sempre com uma replicação dos mesmos elementos que não se perdem/desvalorizam por causa disso (sei lá, estou a pensar num Murakami na literatura ou de um Clint no cinema). Há algum conforto na repetição e na homogeneidade. Os Blur, neste seu último álbum, podem ter feito uma coisa totalmente diferente de qualquer outra coisa que a banda fez no passado, mas não aprecio propriamente o novo som. O Go Out do vídeo acima e o Lonesome Street ainda dão para ouvir, mas estão longe de me entusiasmar como os grandes temas do passado. Talvez seja esse o problema: para mim, nesta fase, Blur é nostalgia. Blur é década de noventa. Não me apetece nada ir a um concerto dos Blur para ouvir uma sonoridade nova.
Como já escrevi, sou algo crítico do excesso de filmes de super-heróis, mas se pensarmos bem na coisa, este período não será muito diferente de outros onde existiu uma insistência temática semelhante, por exemplo, basta pensar nos filmes de cowboys ou samurais. Faz parte: dar ao público que frequenta cinema aquilo que ele quer. Enquanto o público não dar mostras de estar cansado - é olhar para os números do box office do último Avengers para perceber que não está -, continua-se a alimentá-lo com a mesma coisa invariavelmente. Até que a moda passa. Passa sempre. Por falar em bons resultados no box office, dediquei finalmente algumas horas da minha vida a ver toda a série do Fast and Furious. Sim: não é cinema intelectualmente estimulante. Mas isso tem particular relevo? Só para quem acha que não deve existir espaço para o cinema de entretenimento puro. E nesse capítulo, entre filmes melhor ou pior conseguidos, a série até consegue ser competente. E a explicação para o seu sucesso passa muito pelo novo mundo globalizado em que vivemos: um elenco variado (negros, latinos, brancos, asiáticos), locais de filmagem igualmente variados (Los Angeles; Rio de Janeiro; Tóquio; Londes; etc) e um elenco feminino que, parcialmente, não se limita a participar nas cenas de acção numa atitude passiva (nota: se pensarmos no sucesso Game of Thrones, ainda que num tom completamente diferente, verifica-se algumas semelhanças em relação a este quadro de sucesso). Desta forma, algo surpreendentemente, apesar do cliché carros e gajas boas, o que podia parecer uma série de filmes para ser apreciada essencialmente pelo público masculino, é olhar para as votações no imdb (por exemplo: Fast Five; Furious 6; Furious Seven) e notar que elas, em média, avaliam os filmes com melhor nota do que eles.
Por fim e para ir a cinema mais sofisticado, vi pela primeira o Miller's Crossing dos manos Coen. E que belo filme sobre gangsters num jogo interessante de aparências, onde «cima é baixo, preto é branco, e nada é o que parece». Também, «não há nada mais tolo do que um homem perseguindo o seu chapéu». Mas, no fim, não é o chapéu que o personagem do Byrne, numa interpretação absolutamente fantástica, deixa escapar sem perseguição. É sempre um prazer ver um filme que deixa na memória cenas que nem tão cedo vou esquecer. Só a banda sonora já é um luxo.
No Reino Unido, tal como é tradição nos Estados Unidos, alguma imprensa decide declarar o seu apoio por um dos lados em batalha nas próximas eleições. Por exemplo, a The Economist deu o seu apoio ao Partido Conservador, enquanto o The Guardianfavorece o Partido Trabalhista. Quem lê as duas publicações em causa, não estranha este posicionamento, mas o mesmo torna tudo muito mais transparente. Em Portugal, deviam fazer o mesmo: o Público, por exemplo, que anda nos últimos anos a tentar replicar o posicionamento estratégico do The Guardian, podia fazer um editorial com o título «Porque apoiamos o messias Costa e sabemos que com este o pensamento mágico irá triunfar». O Sol também teria o seu editorial: «Depois de anos a spinnar a favor deste Governo, ganhamos coragem para dizé-lo finalmente: Passos é o nosso grande amor». O do Expresso seria mais deste género: «Ainda tentamos um combate de boxe entre o Nicolaço e o Vieira Pereira para decidir quem apoiar, mas no fim decidimos que desde que ganhe o bloco central, nós ganhamos também». O CM não deixaria margem para dúvidas: «O PS cheira a Sócrates, PSD/CDS é a melhor opção». No JN, um director Camões emocionado, com a benção de Proença de Carvalho, deixaria escrito em editorial: «O apoio ao PS arranja emprego, vote PS». E, para terminar, no DN escrever-se-ia: «A secção laranja deixou-nos e foi toda para cargos de nomeação governamental, está na hora de ser dada a mesma oportunidade à secção rosa, vote PS».
A Ryanair lucra certamente. Tão certo quanto, pela primeira vez de que me recorde, ter acabado de passar um spot publicitário à companhia irlandesa na RTP em horário de telejornal. Mas, ok, ainda no outro dia ouvi um gajo no Prós & Contras a chamar a TAP de monopólio natural. Esta ideia de que para além da TAP só existe o vazio é das noções mais ridículas que pode existir. Ou a TAP se adapta aos tempos modernos, ou morre. E se há algum tempo, neste país que é Portugal, isso poderia parecer surreal, depois do que aconteceu nos últimos anos, só alguém muito distraído pode manter essa noção desfocada das coisas.
Só o Relvas usava estas tácticas, certo? Além de candidato a PM, Costa é apenas irmão do director do jornal onde João Vieira Pereira escreve. E se o texto de Vieira Pereira merecia uma resposta violenta deste tipo, o Relvas então tinha mil e uma razões para fazer ainda pior.