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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Para desanuviar da campanha que já cansa

O futebol. Muito bem o Porto a vencer o Chelsea. Muito bem o Benfica a ganhar ao Atlético de Madrid. Muito bem o futebol português que continua a dar cartas na Europa. Muito bem o Marco Silva que ganhou em Londres ao Arsenal. Muito bem o Villas-Boas que ganhou e já lidera o seu grupo. Muito bem o Nuno Espírito Santo que também ganhou e vai logo atrás do Villas-Boas. Muito bem o treinador português que contínua a dar cartas na Europa (Mourinho abriu o caminho, mas desta vez só ele fica mal na fotografia). Parabéns ao Cristiano Ronaldo, que infligiu a segunda derrota da noite dos espanhóis, tornando-se o melhor marcador de sempre do Real Madrid. Muito bem aquele que ainda detém o título oficial de melhor jogador do mundo. Muito bem o Rúben Neves. Muito bem o Guedes. Muito bem os jovens talentos portugueses. E, para terminar, parabéns a Jorge Jesus, que a esta hora ainda está à espera do prolongamento.

«Quem perde eleições não fica, não faz sentido que fique»

O discurso é feito num sentido, mas pode/deve ser lido no outro: «Se não tivermos maioria absoluta temos de partilhar o poder. Devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance para construir um governo estável, para bem do país», defende. Sem excluir o PSD e CDS? «Sim. Devemos procurar soluções ao centro. E devemos sobretudo aceitar a decisão dos portugueses». Esta, então, todos sabemos a quem se dirige: «Quem perde eleições não fica, não faz sentido que fique». Note-se, aliás, que depois do PS correr com Costa em caso de derrota, a posição tonta de não se aprovar o orçamento da direita desaparece com ele, voltando a estar em cima da mesa o «devemos sobretudo aceitar a decisão dos portugueses». Percebido? Falta saber é se o PS segurista aceitaria governar coligado com a PàF, como parceiro júnior, em nome da construção de «um governo estável», ou se o que tem em mente é imitar Passos Coelho no seguimento das legislativas de 2009. Entretanto, a vingança vai-se servindo fria.

5 de Outubro

Tenho algum receio daquilo que pode ser do país no dia 5 de Outubro: um governo frágil, sem maioria absoluta, seja ele de direita ou de esquerda, será o primeiro passo para começarmos novamente a derrapar e a colocar todo o esforço feito até aqui em risco. E suspeito, por manifesta falta de responsabilidade política, que é para uma situação dessas que o país caminha. Quando, se necessário, a estabilidade poderia estar sempre garantida de forma tão simples e óbvia: CDU, CSU e SPD selam acordo de «grande coligação».

Jornalismo activista, truques e a campanha pela negativa

Depois da demagogia sobre o Novo Banco e o défice, agora a mentira em torno da Parvalorem com base numa notícia do jornalismo activista (a ministra manipulou o défice e tal), contudo (explica o INE): A necessidade/capacidade líquida de financiamento em contabilidade nacional difere do resultado contabilístico das empresas. Existem fluxos nas contas das empresas que não são contabilizados em contas nacionais, como por exemplo as imparidades uma vez que constituem perdas potenciais e não efetivas. Desta forma não se deve utilizar o resultado contabilístico de uma empresa para calcular o seu saldo em contas nacionais. Entenda-se: qualquer que fosse a imparidade registada, tinha impacto zero no défice. O que demonstra como a coisa é um não assunto. Mas não deixemos a verdade estragar uma boa história. Nem falemos de como alguma comunicação social tenta manipular a opinião pública.

A campanha pela negativa

A campanha tem sido toda ela, em boa parte por responsabilidade das sondagens - que obrigaram sobretudo o PS a adoptar um registo desesperado -, feita pela negativa. Mas metam negativa nisso. O último grande acto propriamente dito onde houve discussão de ideias foi o debate nas rádios entre Passos e Costa que resultou, como se sabe, num enorme problema para o PS. Onde os socialistas achavam que iam ter mais força do que a coligação, no programa eleitoral, descobriram que tinham uma fraqueza gritante. Mais: Costa foi obrigado a começar a cortar nas promessas que fazia diariamente porque ficou claro que o povo não só já não ia em cantigas, como aquilo acabaria por tirar votos. Restou a campanha pela negativa, que a coligação também ensaia frequentemente, mas nunca com a intensidade do PS (que até teve de ir aos submarinos e outras coisas do género). O problema destas campanhas super negativas é a de que ainda que possam ter algum efeito benéfico para quem as lança, ao fim de algum tempo, com a repetição dos mesmos chavões vezes e vezes sem conta e sem mais nada para além disso, a coisa torna-se cansativa (o efeito Sócrates é muito útil à PàF, mas o discurso Sócrates, Sócrates e mais Sócrates, a que Passos recorreu no primeiro debate, não foi). O registo permanente de campanha pela negativa torna-se evidência do absoluto vazio que domina quem a ela recorre e acaba por afastar eleitores não só do partido atacado, mas também do que ataca. Não estranharei, portanto, elevadíssima abstenção no próximo dia 4 de Outubro.

Os milionários

O desprezo por todos menos pelos milionários, conta a narrativa ficcionada e desesperada do PS. Porque diz a lenda, a esquerda defende os pobres, a direita os ricos. Por isso é que nunca como hoje os bancos tiveram taxas efectivas de imposto tão elevadas. Por isso é que o império da família de Salgado, um grande amigo do PS socrático, ruiu. O «dono disto tudo» sentiu o desprezo do governo e tem o PS a lata de vir com este discurso? Mas há mais: por isso é que os grupos de interesses que se alimentavam da e na PT ruíram. Por isso é que as construtoras, onde se construíam milionários como Carlos Santos Silva, o amigo do outro, ou rebentaram ou tiveram de ir procurar negócio fora do país (mas, não se preocupem, Costa quer pôr novamente a construção a mexer com o dinheiro que descontamos para a segurança social). Só nisto ruiu boa parte do conjunto nefasto de interesses que ajudava a bloquear o país e alimentava o PS, alegado partido amigo dos pobrezinhos que defende os mais fracos (mas que depois atira um país para a bancarrota e não pede desculpas aos que diz defender pelas consequências das asneiras que fez). Porque sou do tempo em que se gastava muito dinheiro para conseguir pôr o milionário Figo a apoiar Sócrates, para depois Perestrello, um dos actuais homens fortes de Costa, sendo informado da história limitar-se a perguntar: «e isso vale muitos votos! Essa merda dá muitos subsídios de desemprego». Belos tempos em que se desprezavam os milionários e se defendiam os restantes. Enfim, só na falta de actuação do governo quer no GES, quer na PT, foram vários milionários que ficaram muito mais pobres. Só nisto desapareceram boa parte dos que antes eram fortes neste nosso pequeno Portugal e que estavam habituados a que o poder político lhes fosse beijar a mão. E deve também ser por isso que na campanha eleitoral quem mais se manifesta na rua contra o Governo são os pobrezinhos e fracos dos lesados do GES, que de tão pobrezinhos que não eram, mas agora são, conseguem correr o país em autocarros em acções de campanha organizada, porque querem recuperar, nas palavras dos próprios, os muito milhões que perderam (milionários virá de milhões?). Mas o Governo, tonto, antes preferiu o incómodo nas acções de campanha do que forçar nos bastidores uma solução que calasse esta gente. Porque, sim, este governo não enfrentou todos os interesses em Portugal: a EDP de Mexia e Catroga, por exemplo, foi relativamente poupada, mas até ai quem é que mais defendeu estas empresas milionárias e de milionários se não o governo PS com as rendas que gerou no sector eléctrico (o Manuel Pinho, esse pequeno milionário, que o diga)? Porque os anos da troika não foram perfeitos e muito ficou por fazer, mas nunca como nesta legislatura se tocaram em tantos interesses, tanta gente forte deixou de o ser e tantos milionários sentiram-se à rasca e sem protecção do poder político. É olhar para aquilo que se pode considerar a estrutura do poder económico do país. Os ramos de poder alargaram-se, estando mais dispersos, mais frágeis e sendo de nacionalidades mais variada. O país mudou, também neste aspecto. Julgo que para desgosto do PS, porque alguns dos seus amigos sofreram muito com a mudança.

Não acredito nas sondagens

Seguro foi corrido do PS depois de ter concorrido às Europeias com o moderado Assis como cabeça de lista e o PS ter vencido o acto eleitoral (a moderação era mal vinda). Apesar da vitória, os jovens turcos não gostaram. Os opinadores também não gostavam. A oposição ao governo era fraca. Era preciso radicalizar para chegar à maioria absoluta. Vitórias por poucochinho é que não (agora até já ensaiam cenários onde a derrota do PS permite deixar Costa como PM ou, como dizia o outro, «o mundo mudou»). É por isso que não acredito nas sondagens, instrumento, aliás, agora desvalorizados por quem antes aplaudia efusivamente esta opinião: António Costa diz que sondagem demonstra urgência de nova liderança no PS (até 4 de Outubro já não dá para trocar a actual liderança, mas depois disso estejam á vontade). Mas porquê que não acredito nas sondagens? Porque malta como o deputado João Galamba e o opinador Adão e Silva só podiam ter razão na altura e, por arrasto, nestas eleições o PS vai ganhar folgado. Ou lembram-se de alguma vez esta gente ter falhado estrondosamente em alguma coisa que defenderam? Enfim, acabaram-se as vitória por poucochinho, ou vitória folgada... ou derrota humilhante.

Porquê que a PàF pode ganhar?

mw-1360.jpg

Foto de Luis Barra, tirada daqui.

 

Existem vários motivos para explicar e antever uma possível derrota da coligação (a principal, para mim, continua a ser a colagem emocional que o eleitorado faz de Passos às medidas de austeridade adoptadas no nosso país), mas, ao contrário do que algumas pessoas insistem, também não é assim tão difícil explicar a situação inversa, caso venha a ocorrer. A coligação pode ganhar as legislativas porque:

 

1. a PàF é a única força política razoavelmente de direita, moderada, que se apresenta a eleições (basta fazer um teste na bússola eleitoral). Com PSD e CDS coligados, alguém de direita que queira ir votar, vota em quem se não na PàF? Branco ou nulo?

2. o PS foi evidentemente o grande responsável pela bancarrota e por muito que existam queixas em relação à governação dos últimos quatro anos, foi dai que nasceram a maior parte dos sacríficios que se seguiram, não estando essa responsabilidade varrida da memória das pessoas (aqui entra, igualmente, o efeito Sócrates nesta campanha).

3. o que sobra, excluindo o PS, são partidos anti-sistema e/ou da esquerda radical, com soluções tipo Syriza ou ainda piores que assustam a maior parte do eleitorado. Até porque em Portugal nunca entramos na situação de desespero em que entrou a Grécia (quanto maior o desespero, maior a vontade do eleitorado procurar alternativas fora da caixa).

4. o país deu de alguma forma a volta à bancarrota, tendo obtido crescimento económico nos últimos dois anos (sim, há muito que não se ouve falar em recessão, nem sequer em quedas da economia, o que evidencia que já não estamos perante mero ressalto temporário da actividade económica depois de uma queda muito abrupta). E este crescimento tem-se feito sentir na economia real, na vida das pessoas. São inúmeros os indicadores que demonstram isso mesmo.

5. a campanha da PàF parece dispor não só de mais recursos - por exemplo, mero pormenor: o enquadramento cénico de Passos e Portas tem sido quase sempre melhor do que o de Costa -, como foi, até ver, muito melhor organizada do que a do principal adversário (ter duas máquinas partidárias no terreno deve ajudar): a estratégia da coligação foi clara e a mensagem qie passa tem sido precisa, objectiva e sem desvios, enquanto o PS, entalado entre a esquerda e a direita, deixou-se enredar por um conjunto significativo de ziguezagues que nem deram para perceber muito bem qual a estratégia, nem facilitaram a divugação de uma mensagem coerente.

6. este PS de Costa, com demasiada arrogância, não só desprezou o valor da coligação, como desprezou o quanto a batalha interna para tirar o poder a Seguro lhe iria custar: parece existir maior união entre Passos e Portas do que entre Costa e algumas pessoas do seu próprio partido (ou como o poder uniu uns e separou os outros).

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