Quotas
Do outro lado está o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, que antes sequer de se sentar à mesa com o ministro da Educação sabe à partida que, se a tutela insistir nas quotas, "é certo e sabido que não haverá acordo". Sem quotas, salvo se houvesse uma mudança radical na organização do nosso sistema de ensino, não existirá avaliação digna desse nome. Sem um mecanismo que force a distinção dos avaliados pelos avaliadores, a tendência será a de avaliar todos por igual e não há sistema mais injusto do que esse. Um ministro da educação que não queira ser mero fantoche de interesses instalados devia saber à partida que teria de fazer braço de ferro com o senhor Nogueira. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos, sabendo de antemão que se a maioria dos professores continuar a alinhar do lado da barricada do senhor Nogueira, ficará cada vez mais claro que estes não se opõem necessariamente a um modelo de avaliação, mas à avaliação em si, qualquer que seja o modelo.