A história repete-se
Saiu enaltecendo o trabalho do ministro da economia, o que demonstrará que não foi Álvaro quem quis correr com o seu secretário de Estado e aposto que se só dependesse do ministro este teria contado com todo o apoio possível na batalha que travava. Não, Álvaro se tem culpa de alguma coisa é a de não ter força política para defender adequadamente a equipa que o rodeia junto do primeiro-ministro. Henrique Gomes pretendeu enfrentar interesses instalados, acabou sendo a primeira baixa do governo. O Álvaro pretendia fazer o mesmo, está com um pé fora do governo. Sócrates deixou péssimas indicações, que foram mais do que confirmadas posteriormente, no dia em que forçou a saída de Luís Campos e Cunha; Passos Coelho parece tentado a repetir a história. E o Álvaro hoje será das pessoas mais habilitadas para compreender Campos e Cunha quando este afirmou que «estar no Governo é como a Alice no País das Maravilhas, o mundo altera-se».