Interesses e pessimismo
O travão nas obras públicas e a inversão moderada na política sobre as renováveis é ou não um ataque aos interesses que agora todos dizem que têm de ser atacados? E digo agora porque a maior parte chegou tarde à identificação desses interesses e à necessidade de não os defender. De igual forma, não deixo de achar graça aos medinas carreiras que se multiplicaram por ai no último ano, quando durante anos a fio, e quando mais importava prestar-lhe atenção, não ligaram peva e fizeram orelhas moucas ao pessimista original. Antes tarde que nunca? Nem isso, pois quando se faz uma leitura mais atenta do que estes neopessimistas andam a dizer percebe-se que mais não fazem do que criticar todo e qualquer esforço de mudança mais profunda. O optimismo destes neopessimistas voltaria num ápice assim que o discurso do "investimento" e do "crescimento" sustentado nos interesses da malta do betão e das renováveis voltasse a ser posto em prática.