Manifesta lata
Luís Nazaré, o mesmo que assinou um manifesto em 2009 que representava um inequívoco apoio às grandes obras públicas socráticas, cuja conclusão final brindava-nos com o texto que a seguir reproduzo: «Porque pensamos que o progresso não se consegue apenas com apelos à prudência e à parcimónia. Porque pensamos que é necessário ter a coragem e o arrojo de ir mais além na criação de oportunidades de desenvolvimento do País. Parar é sacrificar o futuro», acaba agora mesmo na RTP Informação de defender que, perante certas condições, devíamos reconhecer que a nossa dívida pública é impagável e que a tentativa de a pagar vai atirar-nos a todos para o fundo. A «coragem» e o «arrojo», ainda que tímidos porque o TGV e o aeroporto ficaram felizmente por fazer, deu nisto. Nem mudei de canal, desliguei a televisão. Um país que contínua a dar voz a esta gente é um país que me entristece.