Obrigado e boa sorte
Obrigado a Vítor Gaspar. Boa sorte à Maria Luís. O primeiro sai derrotado, mas assim é porque só fez o que lhe deixaram fazer e não o que queria e sabia que devia ser feito. Reparem que isto não é um pormenor: perdeu, mas não por culpa do rumo que seguiu e sim porque não conseguiu impor o rumo que pretendia. Além disso, comprova-se que teve a lucidez de perceber o que a decisão do Tribunal Constitucional, bem como a cedência na questão da TSU, tinham significado. Uma lucidez que aparentemente faltou a Passos Coelho, embora um dia destes talvez venhamos a ter outro conhecimento das conversas que terão existido entre o actual primeiro-ministro e o presidente da República sobre a matéria. Quanto à Maria Luís é uma pessoa competentíssima, com provas dadas neste governo, e que há algum tempo andava a acompanhar Gaspar nas viagens à Europa, estando numa posição privilegiada para não perder muito tempo a conhecer os dossiers mais quentes que o executivo tem nas mãos. Mas os motivos que levam à saída de Gaspar, são os motivos que não me levam a esperar grandes proezas da nova ministra das finanças. «Está ferida de credibilidade», já dizem os comediantes. Estes jogos de política baixa e rasteira já me irritaram mais, contudo, agora nesta fase em que o que tenho em mim é sobretudo cansaço, isto vai lá mais com o desprezo: coitados.