Um passo atrás para dar dois em frente
Não é preciso concordar com as políticas de outros para tentar compreendê-las. Fiquem só pelo texto destacado deste artigo de Fernando Sobral. No texto é atribuído ao «pequeno núcleo pensante do executivo» o objectivo de chegar àquilo a que autor julga que chegaremos com a política que está a ser trilhada. Fernando Sobral não só tem direito à sua opinião sobre os resultados a que chegaremos com a actual política como pode muito bem estar certo. Mas equivoca-se ao pretender assumir que os outros partem dos mesmos pressupostos que são os seus, não me parecendo difícil perceber que o que o «pequeno núcleo pensante do executivo» (e da troika) tem em mente é algo deste género (hoje vai com boneco):
(a vermelho, esboço do impacto esperado das medidas de flexibilização do mercado de trabalho face à sua ausência, a azul)
Isto parece a maior treta que viram na vossa vida? Acredito. Mas é nisto que um «pequeno núcleo pensante do executivo» acredita. E isto é tão claro se se perceber as teorias económicas que estão por trás do que está a ser feito que não precisam de lhes inventar outros objectivos e intenções.