We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Irlanda rejeita programa cautelar e regressa sozinha ao mercado. A Irlanda quis ganhar o «concurso de beleza», sem crises políticas; sem mais tempo; sem mais dinheiro; sem juízes do TC tolinhos; sem tanta coisa que em Portugal temos de aturar; e prepara-se para o ganhar.
«The government stuck to a few fundamental principles, managing the cuts in "a progressive way," said Lane. "One was protection of low income groups," he said. "There've not been cuts in the old age pension or the core welfare payment to the unemployed. Everyone's paying more taxes, but the really big tax increases are on the upper income households." Pay cuts in the public sector, for instance, were seen in the context of very big pay increases in the previous years. So despite the cuts, many public sector workers said they understood that they were still well paid in the European context. "This boom-bust cycle is unpleasant, but it's still the case that pay-levels remain relatively good," Lane explained.»
A política económica seguida na Irlanda parte exactamente dos mesmos pressupostos teóricos que definiram a política económica que devia ser seguida em Portugal. Não houve uma receita mais inteligente seguida pelo governo irlandês e outra mais estúpida seguida pelo governo português (que houve diferença de compreensão para com as medidas seguidas, por exemplo no caso dos cortes salariais na função pública é certo, mas a justificação que serviu para cortar forte e feio na Irlanda nos salários do FP é a mesma que serviria para Portugal). Não vale a pena ir por ai. Contudo, existiram, de facto, algumas diferenças nas medidas a aplicar, mas para perceber porquê basta atender a dois aspectos-chave: 1) a Irlanda, ao contrário de Portugal, na sua história recente teve superavits, ou seja, não tinha um problema crónico de finanças públicas desequilibradas; 2) a Irlanda caminhou sempre na direcção que o programa inicial que acordou com a troika estabelecia; Portugal, por força de decisões do TC, não.
O TC é uma boa desculpa. Cabe a quem detém o poder executivo exercê-lo dentro da estrita legalidade. Mas compreendo que o TC seja uma boa desculpa para muita da incompetência que grassa neste Governo e para a infantilidade que abunda nos partidos da coligação governamental (depois da demissão que afinal não o era de Portas, isto: http://expresso.sapo.pt/psd-prepara-guiao-proprio-sobre-reforma-do-estado=f840937).
Não estou a discutir a qualidade dos governantes, estou a referir-me estritamente à política económica que tinha de ser seguida, de preferência por um governo de gente capaz (que o governo tinha gente muito incapaz, ainda que possamos não concordar em todos os nomes, parece-me óbvio). O TC não é uma desculpa, é um bloqueio efectivo: avaliando pelas decisões dos juízes do nosso TC, os cortes salariais na FP com a magnitude dos que existiram na Irlanda não são possíveis de praticar por cá. E mesmo o corte de 5% do Sócrates, é preciso lembrar, passou, mas logo com a implicação de ser temporário. «Cabe a quem detém o poder executivo exercê-lo dentro da estrita legalidade», certo, mas não é menos certo assumir que há leis, ou interpretações de leis, que obrigam à escolha de caminhos que não serão os melhores do ponto de vista económico. Congratulemo-nos então pela legalidade, não fiquemos depois desiludidos é por a economia não passar disto.
Eu não me congratulo por nada disto, muito longe disso. Simplesmente, irrita-me a treta do TC para aqui e para acolá. Por este andar, só falta alguém vir dizer que foi o TC que provocou esta crise.