We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Queixa-se o instalado. Por causa disto. Enfim, se há sector que nem tão cedo será destruído, pelo menos enquanto não se inventar a poção mágica para a imortalidade, é o dos funerais. Podem é ter de baixar os preços. Uma chatice.
Fui aproveitar a promoção da livraria Bertrand. Lembrei-me de ir lá graças à publicidade gratuita que teve nos últimos dias. Desculpas humildes às restantes livrarias que ficaram prejudicadas por eu, na condição de consumidor, ter decidido aproveitar esta vergonhosa campanha.
Neste caso, os operadores privados têm toda a razão. Mas há uma solução óptima para o consumidor que ajudaria a resolver o problema: quer a SIC, quer a TVI, deviam ter direito a incluir dois canais temáticos na Televisão Digital Terrestre, ficando em situação de igualdade perante a estação pública, tal como deve ser (diga-se que esta coisa do Estado regulador e proprietário ao mesmo tempo deve levantar, por motivos óbvios, muitas dúvidas). Acrescente-se que nunca foi claro na implementação da TDT o motivo que levou a que oferta de canais em relação à situação anterior tivesse-se mantido praticamente inalterada. Há quem diga que foi para não estragar parte do negócio à Meo e Zon, mas não acredito que neste país se façam coisas dessas. Por outro lado, também só se compreende que estes não possam entrar no mercado, tendo tanta vontade de o fazer, se for para salvaguardar os interesses da SIC e da TVI. Ousasse este Governo fraquinho voltar a tentar enfrentar o lóbi dos canais privados instalados, como fez no ínicio do seu mandato, e caía em poucos dias.
Pingo Doce: Bruxelas não vê violação das regras comunitárias. Isso é porque não conhece os "especialistas" em política da concorrência deste país chamado Portugal. O Arrastão está cheio deles. Curiosamente, ou então não, um dos argumentos mais usados por estes "especialistas" foi o de que na maior parte dos «países sérios» as leis não só penalizam duramente qualquer venda abaixo do preço de custo, como as autoridades desses países actuariam de forma implacável. Mal sabem eles que a nossa legislação neste campo é particularmente restritiva quando comparada com a da maior parte dos «países sérios». Mas entendamo-nos: na parte em que procuram distinguir-nos dos «países sérios» acertaram, sendo os «países sérios» aqueles onde se dá particular relevância à opinião dos especialistas a sério.
Um diz que «este tipo de iniciativas é muito comum noutros países» a outra fala em «práticas inadmissíveis» num quadro «desequilibrado e chocante». O ministro Álvaro, ao contrário do que era habitual, não tentou fazer do seu ministério um espaço que representasse os interesses de uns quantos empresários nacionais muito influentes. De tal forma que os interesses instalados tentaram correr com ele. A ministra Cristas é mais "esperta" e segue a linha antiga, o ministério da agricultura está ao serviço dos interesses dos agricultores, um grupo que do ponto de vista eleitoral o CDS há muito namora. O Álvaro governa a pensar no todo, a Cristas governa a pensar num grupo específico. E há quem aplauda esta última posição. Das duas uma: ou são agricultores, ou é gente que ainda não aprendeu nada com as práticas passadas. Depois não venham com o lamento de que existem sectores económicos em Portugal que beneficiam de rendas injustificadas.
Numa entrevista muito interessante que deu aqui há uns meses na SIC Notícias, Alexandre Soares dos Santos falava dos desafios que enfrentava na instalação da sua cadeia de supermercados em países com diferentes culturas. Explicava o empresário que a Colômbia seria preferível ao Brasil exactamente por apresentar uma sociedade com traços culturais mais próximos dos nossos - e da sociedade polaca - do que o Brasil que em muitos aspectos está mais próximo da cultura norte-americana. É por isso notável e surpreendente que seja o primeiro a provocar em Portugal algo que se aproxima do que estamos habituados a ver em eventos tipo Black Friday nos Estados Unidos da América - que, para os mais distraídos, não é propriamente um país do terceiro mundo. Como acção de marketing, se me fosse pedido que apostasse, arriscaria que a coisa acabará por correr-lhe bem, mas exactamente por essa vertente ligeiramente radical para os hábitos da sociedade portuguesa, há sempre o risco do tiro sair pela culatra.
Dito isto, permitam-me pensar que apesar de ter sido estabelecida uma ligação entre o sucedido e o período de crise que atravessamos - o que faz sentido e terá certamente ocorrido em algum grau -, tenho a certeza que se um evento do género tivesse ocorrido há cinco ou dez anos a reacção das pessoas teria sido em quase tudo semelhante - não ignoremos a magnitude da promoção: 50% de desconto em todo e qualquer produto é muita fruta. Que a coisa tenha ocorrido no 1º de Maio, pois tem o seu quê de provocatório, mas como resposta ao pedido, recorrente, de boicote ao Pingo Doce, confesso que não me chocou nem um pouco. Contudo, se é para boicotar o Pingo Doce, estejam à vontade, tão à vontade quanto aqueles que optem por coisa contrária.
Nota: num assunto relacionado, que pelos vistos está sob investigação da famosa ASAE, falar neste caso numa prática anticoncorrencial, nomeadamente de preços predatórios, quando a duração do fenómeno é de um dia é absoluto nonsense, sem prejuízo de eu até pensar que a legislação portuguesa - estupidamente, está claro - penaliza tal coisa.
Comissão Europeia processa Portugal por não proteger as galinhas poedeiras. Haja quem na Europa se preocupe com o bem estar das galinhas e com a concorrência "desleal". Não se riam porque o assunto é sério. Reparem que entre os países processados, por mero acaso certamente, estão Portugal, Espanha, Itália e Grécia. Os países periféricos do sul, portanto. Que deslealdade a nossa para com os países ricos do norte mais as suas regrinhas de protecção das galinhas. Este mercado único tem muito que se lhe diga.