We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
No BE grego também há alas mais radicais do que outras. Uma salganhada no fundo, com cada um a defender a sua utopia. De tal forma que os próprios Syrizas nem se entendem entre si e há evidentes sinais de ruptura e descontrolo na coligação radical. De resto, este ataque descabelado dos Syrizas radicais à escolha, por parte de Varoufakis, de uma socialista moderada, Elena Panariti, para representar o país no FMI, é a prova de que não será só no Eurogrupo que o ministro das finanças gregos encontra fortes anti-corpos. E é assim que os ventos da mudança na Europa, da esperança, se transformaram rapidamente numa tonteria, daquilo que não se deve fazer. Depois de uma interessante mas curta luta em Portugal para saber quem era mais Syriza, agora quase ninguém quer ser Syriza.
Por uma política patriótica e contra o pacto de agressão: adoráveis as reacções de Maria Luís Albuquerque, mas sobretudo de Paulo Portas, a este relatório do FMI. Como se não fosse óbvio que este Governo entrou em «modo eleições» a todo o gás. Longe vai o tempo do levamos a cabo o programa da troika não porque nos era forçado, mas antes porque acreditávamos nele, como o senhor PM chegou a declarar. Aliás, a prova de que o passado agora é mesmo para apagar, foi a felicidade com que, pelo menos o Paulinho das feiras, sempre mais descarado nestas cenas, recebeu a adopção de uma política de quantitative easying por parte do BCE, ainda que o PM não lhe tenha ficado atrás, negando algo de que havia prova documental. O mundo mudou. Novamente.
Não, não pode ser: esta previsão não faz sentido. Tenho ouvido o Pedrinho e o Paulinho com atenção e ambos dizem com grande satisfação que vamos ter pela primeira vez em não sei quanto tempo um défice abaixo dos 3%.
Deste relatório do Banco de Portugal. Nesta passagem recente da troika por Portugal, os salários reais dos trabalhadores caíram muito menos do que aquando da segunda intervenção do FMI, em 1983, e menos do que na primeira intervenção do FMI, em 1977. Ou deu-se um milagre desta vez e a intervenção da troika é um extraordinário sucesso, ou temos aqui indicio de que os salários ajustaram menos do que o que seria necessário para voltarmos a crescer a partir de uma posição sustentável. Já sei, os nossos salários são baixos? Verdade, mas ainda eram mais baixos na década de 70 e 80 e nem por isso deixaram de cair. Porque não caem agora? Porque, como o primeiro gráfico demonstra, não é possível fazer os salários cair, subindo-os. No contexto da zona Euro, com inflação praticamente inexistente; com o TC a decidir como decide; e com os políticos a pretenderem discutir aumentos de salário mínimo; isto vai correr bem, pois vai.
Como o caminho de aumento de impostos para pagar a dívida revelará-se insustentável e mantendo-se a visão do Joaquim & Companhia da inconstitucionalidade do corte a sério na despesa, podem ir tomando nota desta sugestão (basicamente, a ideia em Portugal teve como seu mais relevante defensor Miguel Cadilhe): FMI sugere imposto de 10% sobre a riqueza das famílias.
Nunca é demais repeti-lo: no PECIV, Sócrates, em nome do país, comprometia-se para 2011 com um défice de 4,6%. Memorando assinado - por todos os partidos do «arco governativo» -, o objectivo para 2011 pulou para os 5,9%. Nesse mesmo memorando, o objectivo para 2012 ficou acordado nos 4,5% e para 2013 em 3%. Contudo, e perante tamanha inflexibilidade da troika, entretanto o objectivo para 2014 já vai nos 4%. Mero ponto percentual acima do que no memorando original estava combinado acontecer um ano antes. E nós andamos a pressionar para que estes 4% sejam revistos para 4,5%, o que representa esse extraordinário um décimo de ponto percentual abaixo daquilo que Sócrates, nesse fantasioso PECIV, assumia que iria acontecer três anos antes. Entretanto, o PS, não satisfeito com a meta ambiciosa do Governo de 4,5%, já pede 5% e Marco António Costa fala de hipocrisia institucional referindo-se ao FMI. Parece-me evidente que a história da evolução dos objectivos do défice fala por si e os hipócritas nesta história toda são por demais evidentes. No geral, a nossa classe política não presta. É que não vale mesmo nada.
Cavaco Silva fala em reponderar participação do FMI na composição da troika. Dos três membros da troika, o FMI foi o mais amigo dos países intervencionados. De muito longe, o mais realista em relação ao que devia e deve ser feito. Mas a União Europeia e o Euro são para manter e, dos membros da odiada troika, o FMI é o elemento externo à União. Fica como bode expiatório. E nós temos de alinhar na história, até porque é com os outros que teremos de continuar a lidar.