We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Coisas que não deverão acontecer: 1) noticiários abrem com grupo de funcionários do BCP que acha que o banco tem funcionários a menos e, portanto, será necessário contratar mais funcionários; 2) noticiários abrem com grupo de funcionários do BCP que pede demissão de Nuno Amado; 3) noticiários abrem com grupo de funcionários do BCP que protesta contra a descida dos seus salários, nomeadamente dos prémios salariais que há muito eram tidos como "direitos adquiridos"; 4) noticiários abrem com grupo de funcionários do BCP que acha que cortes em salários e funcionários diminuirá a qualidade dos serviços prestados pelo banco e farão este entrar em decadência; 5) noticiários abrem com grupo de ex-funcionários contratados a termo do BCP que não viram os seus contratos renovados e, portanto, tiveram de se fazer à vida e iniciar a procura activa de novo emprego; 6) noticiários abrem com grupo de funcionários potenciais do BCP que acha muito mal que o banco esteja a cortar na contratação dificultando-lhes a vida, logo a eles que sempre se acharam no direito de ser bancários, precisamente naquele banco; 7) noticiários abrem com greve, dia sim, dia não, de funcionários do BCP, que na luta legitima pelos seus direitos levam recorrentemente à incapacidade do banco prosseguir sem contratempos a sua actividade. Enfim, os funcionários públicos, no que à relação laboral diz respeito, além de terem os juízes do TC do seu lado, têm todo um sistema de pressão política-mediática que lhes é extraordinariamente favorável.
Daqui. Mas, também já sei, a OCDE não sabe fazer contas. Além disso, o ministro Nogueira tem grande peso político e no ministério dele não se toca onde mais importava tocar.
Quando alguma empresa privada de média/grande dimensão passa por dificuldades ou fica sobredimensionada e os seus gestores adoptam um plano de reestruturação que passa por uma redução do pessoal, como acham que se sentem os trabalhadores dessa empresa? Sentem exactamente o mesmo que estão sentindo muitos professores e demais funcionários públicos. Contudo, nem por isso avançam para greves. Pelo contrário, muitos sentem igualmente a necessidade de esforçarem-se por fazer mais e melhor de forma a não irem parar ao lado dos dispensáveis. É esta, e não outra, a forma que existe no sector privado para um trabalhador «lutar pelo seu emprego». No sector público nada disto se passa assim e não é preciso grande capacidade de raciocínio para perceber o porquê de assim ser (tentarei voltar ao tema). Também por isto, aquela conversa da treta da equidade entre público e privado esteve tão mal colocada. Não é possível querer pôr no mesmo tabuleiro o que é necessariamente diferente.
Título: «Aumento horário da função pública atenua redução de funcionários». O que foi dito: «Atenua os efeitos de uma redução dos trabalhadores da administração pública». É o contrário do que o título sugere, sem aumento do horário da função pública, é mais difícil diminuir o número de funcionários públicos sem afectar os serviços prestados, logo, se os sindicatos conseguirem levar a sua avante e impedirem o aumento do horário de trabalho, sabem que estarão a atenuar a redução de funcionários, porque o governo terá de levar em conta o efeito que os despedimentos provocarão na qualidade do serviço prestado. Enfim, o secretário de Estado limitou-se a constatar o óbvio: com aumento do horário da função pública, é possível fazer o mesmo com menos gente. Logo, é mais fácil e melhor se justifica que se atirem funcionários públicos para o regime de mobilidade especial. Dito isto, faltando saber o que o Tribunal Constitucional dirá do tema, sou dos que apoia esta medida, mas insisto que preferia uma redução salarial directa.
Uma greve de professores em dia de exames, certamente em nome do superior interesse do estudante, afinal, a figura central de todo o sistema de ensino, seria extraordinário. É deixá-los levar isto até ao fim. Na pior das hipóteses, vai permitir identificar, sem margem para quaisquer dúvidas, alguns dos maus professores que temos. E digo isto não acreditanto que a esmagadora maioria dos professores esteja com o senhor Nogueira.
Numa altura em que se sugere o despedimento de uns milhares de funcionários públicos, esta contratação, ainda que forçada, fica a matar. Ainda assim, se é para tentar diminuir o número de assalariados do sector público, podíamos começar por este, ou não?
Nota: aparentemente, a lei não permitirá o seu despedimento (e até explica a integração nos quadros da Presidência do Conselho de Ministros, basta consultar o Artigo 50º). Ah, que belas leis as nossas!
Isto: «A maioria dos funcionários públicos são eleitores do PS», como argumento para não defender posições que sejam desagradáveis ao grupo de eleitores em causa. É a política, estúpido! E essa é uma ciência que qualquer José "Carreiras" Lello domina.