We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Perante isto, o Governo só tem de responder: então, não assine. É que isto do necessitado e desesperado andar a chantagear aquele que lhe irá prestar ajuda tem a sua graça. Mas Jardim sempre foi um farsolas. Está na altura de acabar com a farsa.
Alberto João Jardim vai ter de aprender que governar é fazer escolhas, não é a procura constante de expedientes para pôr outros a pagar as suas contas. Se na Madeira não querem perceber tal coisa, abdiquem da autonomia e passem os poderes que agora detêm para o Governo da República Portuguesa. Querem fogos de artificio? Então, é dinheiro que deixa de haver para outras coisas. Querem apoiar clubes de futebol? Mais dinheiro que deixa de haver para outras coisas. Vai sendo tempo dos políticos e dos cidadãos da «ilha desonesta» perceberem isso.
Logo após as eleições na Madeira, recordo-me de alguns bloguistas que criticaram José Manuel Rodrigues por ter abdicado do lugar na Assembleia Regional da Madeira a favor do seu lugar no parlamento nacional. Talvez com isto compreendam melhor a opção tomada. A Madeira não é uma democracia normal e a oposição a Jardim, para ser eficaz, tem de assumir, necessariamente, contornos diferentes dos que são habituais.
1. Pela primeira vez, o PSD obteve menos de metade dos votos de todos aqueles que foram votar. Face a 2007, baixou 15.64 pontos percentuais e perdeu 8 deputados na Assembleia Regional (de 33 baixou para 25).
2. Foi uma oportunidade perdida para tirar o poder absoluto a Alberto João Jadim. Nunca esse sonho esteve tão perto de transformar-se em realidade. Não se concretizou, uma enorme desilusão cá para os meus lados. A garrafa de champanhe fica para outra ocasião.
3. Seguro fingiu apostar forte na Madeira, mas sempre teve o PSD nacional na mira, e a derrota foi estrondosa - especialmente para ele que sai fragilizado deste primeiro teste à sua liderança. O PS não aproveitou o descalabro jardinista e perdeu quase 5 mil votos, reflectidos em menos 4 pontos percentuais, passando de segunda para terceira força política na região.
4. O CDS apostou forte e ganhou. Paulo Portas demonstrou uma vez mais toda a sua inteligência política e José Manuel Rodrigues apresentou-se como um candidato credível e bem preparado. Mais do que triplicaram a votação de 2007 e mais do que quadruplicaram a representação na Assembleia Regional.
5. O BE foi aniquilado, passando de quinta para nona e última força política da região e sendo o único partido a não eleger um único deputado regional, o que nos deve levar a questionar o espaço dado ao candidato regional do BE pelas televisões nacionais face a outros candidatos de outros partidos concorrentes.
6. O PCP, que em 2007 havia ficado à frente do CDS, obteve um resultado muito fraco e viu-se largamente ultrapassado pelo Partido Trabalhista Português, do mediático José Manuel Coelho.
7. Sinal dos tempos: os brancos e nulos subiram de 2,24% em 2007 para 2,65% em 2011.
8. A abstenção terá subido ligeiramente, mas chamo a atenção para o facto de terem ido votar mais 6623 eleitores do que nas últimas eleições, o que nos remete para o tema dos cadernos eleitorais.
9. A vitória de Jardim não apaga os seus erros e o Governo nacional deve ser duro para com a região, obrigando-a a mudar de vida. Mas adivinho pressões dentro do PSD para que exista alguma brandura, até porque Jardim está no último mandato e não faltará quem já esteja a pensar nas próximas eleições regionais. E como estas eleições demonstraram, o poder do PSD na região já esteve mais seguro.
10. As sondagens, é bom lembrar que ainda esta semana a Eurosondagem de Oliveira e Costa dava o PS com 6.5 pontos percentuais à frente do CDS. De igual forma, um dos jornalistas na SIC que acompanhava a campanha na Madeira garantiu que o objectivo do CDS de ficar à frente do PS seria ambição a mais.