We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Uma das coisas mais caricatas nas críticas às provas de avaliação a que a tutela quer submeter os professores são os argumentos utilizados por alguns dos que criticam a realização da mesma. Por exemplo, lendo isto, fiquei igualmente com pena do aluno que «tem uma inteligência menos visual e se pode baralhar na leitura de um diagrama» ou do aluno que «tenha dificuldades com a pontuação ou com a translineação». Aliás, fazer provas de avaliação a alunos pode ser «apenas uma maneira de eliminar aqueles que em situação de maior stress vão falhar». E os coitados de candidatos a empregos que se sujeitam a «testes psicotécnicos» para puderem trabalhar na maior parte das grandes empresas? Porque será que estas grandes empresas usam e abusam de «testes psicotécnicos»? Deve ser porque quem comanda os recursos humanos é pateta. Que há professores medíocres, sem os conhecimentos mínimos para ensinar, quase todos os que passaram pelo sistema de ensino na qualidade de alunos, sabem. Que nunca se fez nada de especial para separar o trigo do joio, também. Que a maior parte dos professores argumenta sempre que também concorda que algo devia ser feito, mas nunca concorda com nada do que é proposto, chame-se o proponente Maria de Lurdes ou Crato, idem.
Daqui. Mas, também já sei, a OCDE não sabe fazer contas. Além disso, o ministro Nogueira tem grande peso político e no ministério dele não se toca onde mais importava tocar.
Muito poderia ser dito sobre o porquê de um ex-primeiro-ministro como José Sócrates não dever regressar com tanta pressa ao palco mediático e logo para um programa semanal de comentário à actualidade política nacional - refiro-me, inclusive, ao ponto de vista do que deveriam ser os interesses do próprio -, mas, de tudo o que poderia ser dito, nada bateria isto: «Greve dos professores é justificada». Há muita gente que acha, em alguns aspectos certamente com razão, que as linhas orientadoras da actual governação são puro nonsense, mas neste filme sem sentido que se desenrola em Portugal, sendo certo que no seu caso agora numa dimensão que não afecta em grande medida a vida das pessoas e, portanto, na qualidade de ser inofensivo - o que retira-lhe importância, mas não lhe dá mais sentido -, nada bate em nonsense aquilo que se desenrola todos os domingos no comentário político do engenheiro animal feroz.
A hipocrisia do PSD, do PS e do CDS nesta questão dos professores e da reforma da educação. O PS finge que não esteve em guerra com os professores e o sr. Nogueira há não muito tempo, fazendo exactamente o mesmo que o actual Governo agora faz (felizmente para o PS, no seu tempo, tinha uma "justiça" mais colaborativa). Por outro lado, o PSD e o CDS fazem-se esquecidos do aproveitamento político que fizeram da luta do sr. Nogueira para o combate ao animal feroz. Estes políticos medíocres que não conseguem olhar além dos interesses imediatos são, pura e simplesmente, uma vergonha.
No direito à greve fala-se sempre da relação de forças entre o patrão e o trabalhador. Infelizmente, quando é uma greve contra o patrão-Estado, como são quase todas neste miserável país, sempre em sectores onde o Estado, não por acaso, é praticamente monopolista, é pena que ao contribuinte, esse ser desprezado e afastado do centro da vida política nacional, também não seja dado o direito de fazer greve ao pagamento dos impostos.
Ainda que o número de professores actual fosse óptimo, há uma coisa que quem conhece os meandros do sistema, quanto mais não seja na qualidade de aluno ou ex-aluno, sabe perfeitamente: há professores que merecem ser despedidos para serem substituidos por outros com mais apetência e gosto pelo ensino. E quando digo que há professores nestas condições não falo de uma minoria insignificante.